quarta-feira, 27 de março de 2013

Mudança de Axé



 No mês de Janeiro, ocorreu as obrigações do Ogã Othor de Oti, Kelly de Oxum, Tainã de Odé, Ekedi Claudia de Oxum e João de Oxaguiã. E o que todos tinham em comum? Como a grande maioria, conheceram o Orixá em outras casas e por força do Orixá chegaram a nossa casa de axé. Eu posso falar com propriedade desse assunto, pois eu passei pela mesma coisa e sei quanto é difícil, é um mundo novo, passei por cima de tanta coisa, preconceito e tudo mais,  para poder ter uma nova família, principalmente o fato de cada casa ter a sua verdade como absoluta, sendo que até de casa para casa da mesma nação existe diferença.

O que antes era uma exceção, hoje acabou virando quase regra, onde o candomblé precisou se adaptar para receber filhos de outros axés, de outras nações. Um dos procedimentos que hoje se adota nas casas de candomblé, é raspar a cabeça da pessoa quando ela dá sete anos, ou então dá sete anos de novo na pessoa, e isso é para que o individuo receba todos os seus direitos daquela nação, ninguém está diminuindo sua idade de santo. Outro ponto também é para que nunca ninguém tenha o que falar de você, afinal você também é raspado naquela casa, assim você não é nenhum "enxerto", como dizem os maldosos.

Só que uma coisa eu digo, só mude de nação se realmente você precisar, pois existe um choc inicial e que precisa ser superado, no final as coisas dão certo, porém pese as coisas. E o mais importante busque sempre o conhecimento, abra sua mente. Não tenha a sua verdade como absoluta. Nunca somos velhos de mais para aprender e melhorar as coisas.Se você se acha velho de mais para aprender, é porque não tem mais o que fazer aqui. O gostoso da vida é isso, a transformação. Errou aqui, arruma li e as coisas caminham.

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