sexta-feira, 31 de maio de 2013

Orò




Orò é uma palavra yorubá que significa segredo, para nós que somos do candomblé, é também o dia de prestar homenagem e dá oferenda aos orixás. E para isso devemos nos preparar para que tudo dê certo. Os filhos precisam deixar tudo arrumado e para facilitar podemos esquematizar e escrever o que vai precisar e os principais são:

- Se os orixás que vão receber a obrigação, já foram limpos (ossé)

Quais folhas serão necessárias

-Quais comidas serão feitas

- Arrumar a bandeja de oro, com mel, dendê, sal, folha da costa e etc...

-Deixar as facas amoladas

-Os acaçás prontos

-Os laços que serão usados

-Verificar se colocou água no fogo antes, para o preparo dos bichos

- e outros

Isso tudo é trabalho para os egbomis, mas nada impede de um Yao tomar essas atitudes. Além disso, devemos verificar se todos presente tomaram o seu banho de ervas (omin eró), e estão trajados corretamente. Temos sempre o costume de vestir roupa de ração branca, porém não é errado usar roupa colorida, exceto alguns casos como Oxalá e Nanã, onde o uso do branco é essencial para suas obrigações.

Temos também que prestar muita atenção quanto os ewós (quizilas, preceitos), de um determinado orixá, lembrando que em todo oro Exu come, afinal é ele o responsável por levar aos demais orixás nossos pedidos. Tenha ciência da importância deste dia, para mim é o verdadeiro dia do candomblé. Então toda vez que tiver um oro, tenha cuidado para não esquecer nada, sente antes com o seu zelador (a) e liste o que ele precisa que seja feito, pergunte e caso você ache que estão esquecendo algo, diga,mesmo sendo novo de santo, pois é assim que você vai aprender.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

FATOS.




"Há quem diga que ser celta não envolve necessariamente ter uma ancestralidade celta, assim como para ser cristão não é preciso ter nascido na Galiléia. Igualmente, não é preciso ter nascido no Tibete para ser budista ou ter sangue árabe para ser muçulmano. Concordo. Mas, então o que é ser celta?
De uma forma, ser celta é ver o mundo com outros olhos, respeitando-o, fazendo dele uma extensão de sua própria existência; é ver a si mesmo com outros olhos, fazendo de si mesmo uma extensão do mundo à nossa volta. Ser celta é reconhecer a importância dos nossos ancestrais, que andaram por essas colinas e vales muitas gerações antes de nós; é não aceitar esta vida como uma provação, mas sim como um prêmio, um tesouro a ser desfrutado. É ver o mundo, a matéria, como um dom que os deuses nos deram, e não como um fardo, ou algo negativo a ser negado. Ser celta é viver intensamente, é vencer desafios, é cantar quando um ente querido morre, é ver a morte como amiga sem desejá-la, é apreciar as curvas ao invés das retas, o infinito ao invés dos limites. Ser celta é compreender que ninguém nem nada é perfeito, e que é justamente aí, nessa imperfeição e imprevisibilidade, que reside a grande magia da vida. Ser celta é, no fim das contas, SER HUMANO."

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Oxum





Oxum é concebida por Iemanjá e Orunmilá
Um dia Orunmilá saiu de seu palácio para dar um passeio acompanhado de todo seu séquito. Em certo ponto deparou com outro cortejo, do qual a figura principal era uma mulher muito bonita. Orunmilá ficou impressionado cm tanta beleza e mandou Exu, seu mensageiro, averiguar quer era ela. Exu apresentou-se ante a mulher com todas as reverências e falou que seu senhor, Orunmilá, gostaria de saber seu nome. Ela disse que era Iemanjá, rainha das águas e esposa de Oxalá.
Exu voltou à presença de Orunmilá e relatou tudo o que soubera da identidade da mulher. Orunmilá, então, mandou convidá-la ao seu palácio, dizendo que desejava conhecê-la. Iemanjá não atendeu o seu convite de imediato, mas um dia foi visitar Orunmilá.
Ninguém sabe ao certo o que se passou no palácio, mas o fato é que Iemanjá ficou grávida depois da visita a Orunmilá. Iemanjá deu a luz a uma linda menina. Como Iemanjá já tivera muitos filhos com seu marido, Orunmilá enviou Exu para comprovar se a criança era mesmo filha dele. Ele devia procurar sinais no corpo. Se a menina apresentasse alguma marca, mancha ou caroço na cabeça seria filha de Orunmilá e deveria ser levada para viver com ele.
Assim foi atestado, pelas marcas de nascença, que a criança mais nova de Iemanjá era de Orunmilá. Foi criada pelo pai, que satisfazia todos os seus caprichos.
Por isso cresceu cheia de vontades e vaidades, o nome dessa filha é Oxum.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás

Onde se começou a usar o Akodidé (Ekodidé)

Shangó era comerciante e quanto chegou a sua terra, viu que Olófin (Deus) estava triste e mudo. Não havia ninguém que lhe fizesse falar e estava enclausurado em seu Ibo Bororo (sua grande floresta). Shangó ao ver isto disse aos Orishás que ele tinha um meio de por Olófin contente de novo e pegou de “Ago” um pacote de quatro cores que ao desembrulhá-lo, do seu interior saiu um lindo “loro” (papagaio) que disse: Abde agua foja ade ai Olófin (de todos os filhos, eu sou o que vejo a coroa de Olófin).17354143_1
Olófin ao ouvir o loro disse: “mas ele fala” e começou a rir. Pegou o loro e o colocou em sua cabeça muito contente. Olófin voltou a ser feliz, mas todos os orishás ao verem que Shangó, por haver devolvido a alegria a Olófin, era de sua confiança, ficaram chateados e decidiram atentar contra Olófin.
Um dia encapuzaram o loro e o levaram ao centro da floresta. Quando Olófin notou a ausência da ave, voltou a cair em sua tristeza e a não falar com ninguém. Shangó ao ver que o loro havia desaparecido, foi em sua busca encontrando-o em poucos dias faminto e encapuzado e lhe perguntou: Quem te pôs assim? E ele respondeu: Não sei, todos são traidores e o loro Otoku. Shangó foi a ver Orunmilá e ele lhe fez um osode (jogo) onde deu a Shangó um loro ao qual lhe soprou o seu ashé e Shangó o levou para Olófin, voltando esse a ser feliz. Olófin mandou a chamar todos os orishás e lhes disse: Para cada um de vocês determino que respeitem ao loro desde hoje tenham seus “juju” (penas) em suas coroas. To Iban Eshu.

terça-feira, 28 de maio de 2013

ORIKI DE OGUM





Ògún laka aye
Osinmole
Olomi nile fi eje we
Olaso ni le
Fi imo bora
La ka aye
Moju re
Ma je ki nri ija re
Iba Ògún
Iba re Olomi ni le fi eje we
Feje we. Eje ta sile. Ki ilero
Ase.

Ogun poderoso do mundo
O próximo a Deus
Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue
Aquele que tem roupa em casa
Mas prefere se cobrir de mariô
Poderoso do mundo
Eu o saúdo
Que eu não depare com sua ira
Eu saúdo Ogun
Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue
Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranquilidade
Axé

segunda-feira, 27 de maio de 2013

FEITIÇO PARA CONSEGUIR UM EMPREGO



Fase da Lua: Crescente
Você vai precisar de:
- 1 vela para representar você mesmo
- 1 vela verde para a prosperidade
- 1 vela preta para remover obstáculos
- 1 vela marrom para o emprego propriamente dito
- 1 vidro pequeno de óleo de patchouli
- 1 pouco de canela
- 1 incenso de prosperidade
Coloque cada vela em um suporte a prova de fogo. Acenda o incenso. Unte a vela preta da base ao pavio com o óleo de patchouli e coloque-a num suporte. Limpe o óleo de patchouli das mãos, pois ele não deve estar nas outras velas. Unte a vela verde, marrom e astral do pavio à base com o óleo de canela e coloque-as nos suportes. Coloque a vela preta no centro de seu local de trabalho. A marrom à esquerda. A verde à direita. Deixe a vela que representa você acima da vela preta. 
As velas devem estar sobre uma superfície segura, pois deverão queimar por completo. 
Acenda a SUA vela e diga: Eu peço mudanças; é meu direito. Abro meus caminhos e limpo minha visão.

Acenda a vela PRETA e diga: O azar foge. Os obstáculos caem. Os invejosos desaparecem!

Acenda a vela VERDE e diga: Boa sorte e prosperidade são minhas. Ajudem-me, ó Grandes.

Acenda a vela MARROM e diga: Vejo oportunidades, trabalho e recompensas. E o que desejo deverá acontecer.

Deixe as velas queimando completamente e livre-se da cera depois.Todas as noites, durante uma semana, acenda uma segunda vela MARROM por 9 minutos enquanto medita e obtém equilíbrio preparando-se para o bem, e certamente o emprego virá. Se já tiver um emprego em vista, visualize-se já empregada(o). 

FEITIÇO DO SONO DAS FADAS (1 DE AGOSTO)
Gente esse feitiço é divino, e funciona rapidinho. No dia 1º de agosto, quando entra Imbolc, as fadas dormem. Nesse dia pela noite faça travesseirinhos bem pequenos, e coloque numa planta, arvore, flor, o que você achar, e de para as fadinhas dormirem. No dia seguinte, tire os travesseiros e carregue com você, pois se tornará um poderoso amuleto. Todo o ano eu faço e renovo os meus trevesseirinhos. 

PRÁTICAS SIMPLES DE SORTE E PROSPERIDADE
• Para acentuar o lado prático e explorar a prosperidade, é costume oferecer uma pedra ou uma maçã para os gnomos, os senhores da Terra.

• Para afastar a má sorte e os obstáculos, escreva em um papel tudo o que quer afastar de seu caminho. Você terá de jogar esse papel de uma ponte que passe sobre um rio. As águas vão levar todos os males para bem longe, e quando você atravessar a ponte terá deixado todas as coisas ruins para trás.

• Uma pena amarela é um amuleto muito eficiente. Se você encontrar uma (jamais arranque-a de uma ave, você deve encontrá-la no chão), coloque-a dentro do seu travesseiro e estará com a sorte a seu lado. Lembre-se de acender, de vez em quando, um incenso em agradecimento ao elemento ar.

• Uma prática para atrair a boa sorte pode ser feita com facilidade e a qualquer momento. Desenhe estrelas coloridas e pendure uma em cada cômodo de sua casa. Deixe-as aí durante 7 dias. Esta é uma maneira eficiente e muito antiga para atrair a harmonia e a sorte para você e seu lar.

• Para atrair a prosperidade, esculpa moedas em rodelas de batata. Faça sete moedas de batata e enterre-as sob os raios de sol e peça que seu tesouro se multiplique. Na Natureza, o conteúdo depende muito da forma.

• A pirita de ferro tem o dom de atrair prosperidade. Enterre uma pirita nas raízes da árvore mais próxima de sua casa. Depois de três noites desenterre-a e leve-a com você. Magnetizada pelo poder da Terra e da Lua sua pedra estará ainda mais poderosa. Faça isso de preferência em noite de Lua Crescente.

• Colha uma flor amarela em um dia de Sol (antes peça permissão para as fadas). Pegue o caule da flor e faça com ele um anel que caiba em seu dedo indicador. A flor deve ser enterrada junto a um papel com seus desejos de prosperidade escritos. Use o anel por três dias e aguarde!

• A turquesa é uma pedra nobre e sempre foi associada à fortuna. Pegue um turquesa e energize-a deixando por uma noite de Lua Crescente dentro de uma taça de cristal cheia de água. Sua turquesa estará energizada e pronta para lhe trazer prosperidade.

• Numa manhã de outono, escolha uma árvore, aproxime-se dela e tente apanhar as folhas que se despregam antes que caiam no chão. Quanto mais folhas você conseguir pegar neste período, mais a prosperidade lhe será favorável.

• Faça uma caixinha com uma casca de noz e coloque ali três grãos de milho, três trevos de três folhas e um cristal. Enterre este tesouro e ofereça-o aos gnomos. Eles ficarão tão contentes que logo retribuirão.

• As plantas são as "mãos" da casa. Por isso, para ter prosperidade e uma energia bastante ativa em seu lar, coloque em seus vasos pedras que potencializem esta energia, como o citrino, a cornalina ou a ágata.

• Se quer prosperidade em algum projeto, escreva-o em um pedaço de papel e queime-o com uma vela amarela. Junte as cinzas do papel com um pouco de fermento, e coloque-os em um vidrinho. Mantenha esse vidrinho com você até seus planos se concretizarem. Depois enterre-o.

• Para resultados rápidos em questões de dinheiro, poucos encantamentos são mais eficazes que o altar de canela. Acenda num mesmo lugar uma vela e um incenso aromatizados com canela. Enquanto queimam, coloque ao lado três pedaços de canela em casca e um recipiente com essência de canela.

• Domingo é o dia consagrado aos deuses solares como Hélio, Apolo e Mitras. Por essa razão, é um ótimo dia para se fazer qualquer ritual de prosperidade. Uma boa maneira de harmonizar-se com as energias deste dia, é acender um incenso de canela, de preferência por volta do meio-dia.

• Dizem que se colocarmos balas e doces no batente da janela na última noite do ano, os elfos agradecerão a oferenda trazendo sorte e prosperidade durante todo o ano.

• Os leprechauns são os famosos duendes irlandeses que adoram consertar sapatos e outras peças do vestuário. Por isso, é uma antiga tradição daquele país deixar na janela um sapato velho com três moedas dentro. Dizem que eles ficam tão contentes com este gesto, que em troca trazem sorte e prosperidade para o lar.

• Enterre um pequeno objeto de prata o mais próximo possível da porta de entrada da sua casa, para trazer sorte e prosp. para o seu lar.

• O Crescente Lunar é o símbolo da Deusa, do princípio feminino e da magia. Uma Lua Crescente de prata é um valioso talismã que traz sorte e prosperidade para seu possuidor. 


DICAS DE PROTEÇÃO E PODER
 Dizem que romãs abertas colocadas na janela de casa afastam todo o mal. Isto porque a romã representa a união fraterna e a família feliz.

• Para afastar um mal que nos incomoda, escreva as palavras-chaves desse problema em uma vela branca, de preferência com mais de 20cm. Acenda a vela e peça aos seres do fogo que queimem esse mal que você quer destruir. Quando a vela acabar, seus problemas terminarão. Assim conta uma antiga tradição da bruxaria galesa.

• Toda planta possui seu elemental próprio. Se você tem vasos com plantas em casa e quer conquistar a simpatia do duende que ali habita, coloque no vaso balinhas coloridas, amoras ou outras pequenas frutinhas. Dizem que assim eles ficam tão felizes que trazem alegria e proteção para o lar.

• Guarde pregos, agulhas e outros objetos pontiagudos dentro de um pote fosco e lacre-o hermeticamente. Coloque-o em um lugar bem visível da sua casa, mas jamais revele seu conteúdo. Este é um dos mais potentes amuletos contra mau-olhado para nosso lar ou ambiente de trabalho.

• Dois pedacinhos de canela colocados em forma de cruz na porta ou atrás da escrivaninha formam um bom amuleto protetor para seu local de trabalho. A canela é consagrada ao Sol e este afasta as trevas.

• Uma boa maneira de afugentar as energias negativas de sua casa é colocando na porta de entrada o desenho de uma espiral ou pendurando uma espiral de prata. A espiral é um símbolo da Deusa e funciona como uma armadilha que aprisiona todas as forças negativas.

• Para atrair os espíritos guardiões, costuma-se enfeitar a casa no último mês do Ano com um arranjo feito com todos os tipos de conchas. Coloque no centro do arranjo uma vela verde. Quando o final do Ano se aproximar acenda a vela e peça que seus guardiões mágicos protejam seu lar durante todo o Ano que vai entrar.

• Esta oração mágica tem o poder de atrair os espíritos guardiões do nosso lar. Pronuncie-a sempre que se sentir desprotegido:


"Pequeninos guardiões / Seres da luz infinita / De dia me tragam a paz / De noite os dons da Magia / Invisíveis guardiões / Protejam os quatro cantos da minha alma / Os quatro cantos da minha casa / Os quatro cantos do meu coração!"

• Amarre uma chave, de preferência daquelas bem antigas, numa fita vermelha e pendure atrás da porta. Esta tradição mediterrânea ajudará você a guardar a entrada da sua casa, garantindo-lhe proteção a cada saída.

• Corte uma batata grande, faça um buraco no meio e coloque ali uma noz-moscada. Ela ficou parecida com um olho? A idéia é essa mesma. Isto é Magia imitativa. O "olho de batata" serve contra a inveja. Deve ser colocada em algum lugar bem alto em sua casa. Depois de dois dias jogue-a fora e faça outra sempre que quiser.

• Ao acordar pela manhã, sente-se e cubra-se com o lençol de maneira que seu corpo esteja totalmente envolvido como uma tenda. Pense no dia que está pela frente e medite sobre aquilo que você mais necessita. Este pequeno exercício de meditação teve origem entre os sacerdotes celtas e chama-se "A Tenda de Merlin". Com ele você leva para seu dia somente as coisas boas.

• Segundo a tradição cigana pode-se fazer uma pergunta às salamandras acendendo uma vela laranja. Se a chama ficar alta a resposta é sim, se ficar baixa a resposta é não.

ÁGUA DE GUERRA

É utilizada para obter proteção ou lançar ataques mágicos. É um poderoso portador de energia.Pegue 350gr de pregos de ferro e coloque dentro de uma garrafa de água mineral ou da fonte. Deixe repousar por 10 a 15 dias num lugar fresco, pode até ser na geladeira, abrindo a garrafa de vez em quando para permitir o processo de oxidação. Quando a água estiver com um tom claro, produto da oxidação, estará pronta para o uso.Usada como banho protetor, basta colocar ½ xícara em 2 litros de água e jogar no corpo após o banho de higiene, do pescoço para baixo.Usada pura na soleira da porta é um magnífico protetor, fazendo retornar qualquer feitiço enviado.

FEITIÇO DE PROTEÇÃO DOMÉSTICA
Faça este feitiço na lua cheia.Tire a casca de 9 limões com as mãos (não use qualquer objeto). Coloque as cascas dentro de uma vasilha cheia de água da fonte ou mineral (suficiente para borrifar toda a casa). Pegue uma colher de pau e mexa esta mistura em sentido horário. Enquanto mistura, visualize somente coisas boas entrando na sua casa. Faça durante uns 10 minutos no mínimo, depois deixe a mistura descansar por uns 30 minutos. Coe e coloque num borrifador. Borrife as portas e janelas e todo o ambiente.Repita o feitiço a cada lua cheia. 

FEITIÇO DE PROTEÇÃO DA TERRA
É um feitiço muito eficaz contra mau-olhado e possíveis maldições a nós mandadas com intuito de não prosperarmos financeira e afetivamente. Recolha, você mesmo, um pouco de terra de uma floresta e coloque dentro de um pote de cerâmica branca até a metade. Numa noite de lua cheia, coloque este pote atrás da porta de entrada, exatamente onde ela encontra com a parede, no cantinho de quina. Depois repita o seguinte encantamento: "Terra criadora de toda a vida, Recolhe em ti todo mal mandado. Fertiliza os meus sonhos, e os germina com teu manto sagrado. E que assim seja, e assim se faça!". Deixe o pote no local durante 7 dias, depois leve-o até o portão, vire de costas para a rua e jogue a terra para a rua (pelas costas). Faça isso todas as luas cheias e verá que sua vida se tornará mais próspera.

FEITIÇO DO VENTO
É muito eficaz contra as "pragas".Num dia com muito, muito, muito vento, coloque na palma da mão um pouco de açúcar, um pouco de farinha de trigo e um pouquinho de sal. Levante a mão aberta com os ingredientes misturados na direção do vento e diga: "Vento que sopra nos campos, vento que carrega as sementes, leva a maldição a mim enviada e a alegria na minha vida tu ventes. E que assim seja, e assim se faça!". Depois que o vento levar os ingredientes, dê um forte sopro na mão e lave-a em água corrente.

GOTAS AFRODISÍACAS
Quando a lua cheia estiver em escorpião, pegue um pouco de seu perfume e coloque dentro de um pequeno vidro. Adicione 9 sementes de coentro + uma pitada de areia da praia + um pouco de canela em pó + pétalas de jasmim + gotas de seu próprio sangue. Tampe o vidro e deixe tomar o sereno da lua e retire antes do sol nascer. Escreva o nome do amado num papel e pingue 3 gotas deste perfume. Enterre o papel num jardim e sempre que for ver o amado, use este perfume.

ALTAR DE CANELA

Para resultados rápidos em casos de dinheiro.
Quando a lua estiver crescente ou cheia acenda num mesmo lugar 1 vela amarela + 1 incenso de canela. Coloque um potinho com essência de canela e 3 pedaços de canela em pau ao lado. Faça seu pedido em matéria de dinheiro e prosperidade.

PARA TRAZER CHUVA EM ÉPOCA DE SECAdesenhe um círculo na terra ressecada, usando uma espada ou vara de condão cerimonial consagrada. Espalhe um pouco de sal e água sobre o círculo para limpá-lo de qualquer força negativa ou maléfica. Desenhe um pentagrama dentro do círculo e coloque uma vela azul em cada ponta da estrela. Acenda as velas e depois queime treze folhas de samambaia no centro da estrela e cante:
CHUVA VENHA CÁ, SENHOR ADAD ORDENA
CHUVA VENHA CÁ, SENHOR BAAL ORDENA
CHUVA VENHA CÁ, SENHOR ILYAPA ORDENA
CHUVA VENHA CÁ, SENHOR THUNOR ORDENA
CHUVA VENHA CÁ, SENHOR ZEUS ORDENA
QUE ASSIM SEJA!

Enquanto canta, visualize nuvens de chuva se formando acima e a chuva caindo do céu para a terra. Continue a cantar e a se concentrar na visualização até sentir a energia crescendo dentro de você e, então, direcione o poder para a terra, energizando a região para atrair chuva.
Após a vinda da chuva, expresse espiritualmente sua gratidão aos Deuses e desfaça o círculo. (Por favor, lembre-se: ao executar magia para o tempo, os resultados podem levar vários dias ou podem ser imediatos. É também importante lembrar que trabalhos com o tempo só deveriam ser feitos em casos de emergência, pois pode ser ecologicamente perigoso mexer com o delicado equilíbrio das forças que formam o clima e o meio ambiente.) 
(A Magia das Velas – Gerina Dunwich – ed. Bertrand)
PARA DESTRUIR NEGATIVIDADE e forças maléficas, pegue uma garrafinha de vidro e encha-a de agulhas, alfinetes, pregos, pedras picadas e pedaços de vidro colorido. Acrescente as ervas alecrim, manjericão e louro. Feche bem a garrafinha com rolha ou tampa e depois lacre a tampa com a cera derretida de uma vela branca. Segure a vela nas mãos e diga:

GARRAFA MÁGICA DE ERVAS E ENCANTAMENTOS
ACABE COM O MAL E AFASTE OS DANOS.
PROTEJA-ME DE TODOS OS INIMIGOS
SEGUNDO MEU DESEJO. QUE ASSIM SEJA!

Esconda a garrafa num armário ou enterre-a no canto mais afastado de sua propriedade, quando a lua estiver minguante.
PARA PROTEGER A CASA DO MAL E DA FEITIÇARIA

Pregue uma ferradura acima da porta da frente ou amarre uma pedra que tenha um buraco no meio a um cordão branco ou corrente de ouro e pendure-a na janela. Desenhe ou pinte sete estrelas de seis pontas (símbolos de feitiçaria) na porta da casa ou celeiro para protegê-la de feitiços maléficos. Pentagramas (estrelas de cinco pontas) pintados, desenhados ou entalhados nas portas ou janelas também são eficazes.
PARA QUE A COZINHA FIQUE A SALVO DE MAUS ESPÍRITOS E AZAR

Coloque conchas, cebolas ou uma cabeça de alho no peitoril da janela. Pendure flores de aloé no lintel da porta ou esconda uma garrafa mágica num armário. (Para fazer uma garrafa mágica para a cozinha, encha uma garrafinha com pregos, alfinetes, agulhas, raiz de erva-benta, artemísia, sal e vinho tinto. Feche bem a garrafa, sacuda-a nove vezes e depois deixe que a cera de uma vela vermelha pingue e sele a tampa ou rolha. Toque o topo da garrafa mágica com o atame consagrado, abençoando-a em nome da Deusa, e então queime incenso de sândalo para selar o feitiço.)

PARA EXORCIZAR FANTASMAS DE UMA CASA

Deixe que a sálvia apodreça sob um monte de estrume. Isso dará origem a vermes que, ao serem jogados no fogo, provocarão um barulho ameaçador que espantará todos os espíritos indesejados. Afaste todos os poltergeists batendo cada porta da casa três vezes. Um antigo método de exorcismo usado na Nova Inglaterra do século XVII para livrar as casas de fantasmas travessos e espíritos hostis de índios é o seguinte: acenda uma vela branca após o pôr-do-sol num domingo. Segure uma vela na mão direita e sal na esquerda enquanto entra em cada cômodo da casa caminhando de costas, começando pela adega e subindo até o sótão. Ao entrar em cada cômodo, jogue um pouco de sal e diga:

SAL SAGRADO E FOGO QUE QUEIMA LUMINOSO,
PONHAM OS ÍMPIOS DEMÔNIOS EM VÔO.
REMOVAM TODA A MALDADE DESTE LUGAR.
QUE TODOS OS FANTASMAS MALÉFICOS
SAIAM SEM VAGAR.
MALIGNOS MAIS PÉRFIDOS,
AGORA ESCUTEM-ME BEM:
PARTAM SEM DEMORA E, EXPULSOS DE VEZ,
VOEM PARA LONGE DAQUI E NUNCA RETORNEM;
OU NO ABISMO DO FOGO EU OS FAREI PERECER.


SIMPATIA DE PROTEÇÃO CONTRA ASSALTOS, ROUBOS E SEQÜESTROS 
Esta magia, conhecida como "água de prego", traz proteção contra todas as formas de violência e banditismo que ameaçam principalmente os moradores dos grandes centros urbanos.

Coloque em um recipiente grande de vidro 1 litro de água, 1 galho de alecrim e 7 pregos enferrujados. Deixe o recipiente por nove dias na geladeira. No dia 28 de cada mês, lave com essa água os vidros de seu carro, e também as portas e as janelas da sua casa. Troque o galho de alecrim todos os meses, adicionando mais água após cada uso, para que o preparo nunca acabe.

POÇÃO PARA PROTEÇÃO
2 xícaras de água de fonte ( mineral)
1 colher de sopa de limalha de ferro (aparas de ferro)
1 colher de chá de essência de verbena
2 colheres de sopa de essência de mirra
2 colheres de sopa de essência de olíbano
2 colheres de sopa de sal marinho
Ferva todos estes ingredientes numa panela esmaltada . Guarde em uma garrafa escura. Use sempre que precisar de proteção, passando-a em seus pulsos, testa, nuca e sola dos pés.
Pode usá-la também nos pneus de seu carro antes de viajar.


POÇÃO PARA SONHOS - Para conjurar os sonhos proféticos, beba uma infusão de botões de rosa ou açafrão antes de dormir, isso facilitará seus sonhos e os deixará vívidos na memória quando acordar.




ENCANTAMENTO PARA ESQUECER UM AMOR 
1 incenso de rosa vermelha
1 vela vermelha
Alguns dentes de alho
No 1º dia da lua minguante, acenda o incenso e a vela; em seguida comece a descascar o alho, vendo-se feliz e realizada com um novo amor ao seu lado.
Queime as cascas de alho, se possível, nas brasas de um punhado de carvão, enquanto repete o seguinte encantamento:

"Na fumaça os fantasmas se vão retornando ao seu lugar de origem.
Com certeza, nunca mais voltarão e estou livre para viver outro amor".

Queime todas as lembranças que tiver desta pessoa na chama da vela (escreva num papel branco sem linha e com lápis), enquanto repete o seguinte encantamento para invocar a força da Lua em seu auxílio:

"Lua que alivia os males e cicatriza os ferimentos,
espalhe-os por todos os mares e que se faça o encantamento".

Jogue as cinzas ao vento.

ENCANTO DA SEMENTE DE COENTRO
De acordo com a sabedoria tradicional, o coentro contém as propriedades do amor, da sexualidade, da paixão, da cura e da longevidade. Use-o para trazer mais dessas qualidades para a sua vida.
Você precisará de 63 sementes de coentro e uma meia vermelha.
Pegue cada uma das sementes e coloque-as dentro da meia vermelha. Ao fazer isso visualize sua vida enchendo de amor e paixão. Depois que todas as sementes estiverem dentro da meia, dê um nó para que elas não espalhem. Segure a meia entre as palmas das mãos e diga:

“Deméter, deusa da terra fértil, venha abençoar as sementes do amor,
para que elas cresçam generosamente, e alcancem o céu acima de nós”.

Após carregar a meia com as sementes com o poder divino, coloque-a embaixo de sua cama. Você pode, eventualmente, retirar o encanto e recarregar sua energia amorosa repetindo o feitiço e visualizando mais amor, sexualidade e paixão, para sua vida.

FEITIÇO DA TRANSFORMAÇÃO
Use este feitiço para transformar algo ruim em algo bom, como um ato de reconciliação após uma briga ou desentendimento com alguém que você ama.
1 vela branca + 1 vela marrom + 1 vela preta + 1 prato ou bandeja que caiba as velas com espaço para que uma não derreta com o calor da outra + papel alumínio + caneta + sal grosso (bata um pouco no liquidificador para não ficar muito empedrado).
Na vela preta, escreva “briga com (o nome da pessoa com quem você brigou)”, na vela marrom escreva “transformação”, na vela branca escreva o nome da pessoa com quem você brigou e as iniciais do seu nome ao lado do nome desta pessoa e faça um círculo em torno do nome e das iniciais para unir as duas pessoas. Cubra o prato com papel alumínio; depois coloque as velas (que devem estar em castiçais) no prato de modos que fique nesta ordem: Preta – Marrom – Branca. Só que você vai colocar primeiro o castiçal da vela branca no prato da direita para a esquerda, e depois as outras.

Agora faça um círculo envolta dos castiçais com as velas no sentido horário. Agora acenda as velas da esquerda para a direita dizendo:

“Chamas das velas preta, marrom e branca, tragam mudanças positivas para a minha vida,
ajudem a desfazer esta situação, para que algo que se tornou ruim fique novamente bom”.

Olhe para a chama das velas e imagine a energia mudando do negativo para o positivo. Faça isso durante vários minutos. Após as velas se apagarem, jogue fora seus restos, a folha de papel alumínio e o sal. Limpe os castiçais e o prato para serem usados novamente.

PÓ PARA DIZER A VERDADE




1 colher de chá de sálvia desidratada + 1 colher de chá de cedro desidratada + pétalas de 1 rosa branca ou amarela seca + 1 colher de chá de alecrim desidratado.
Usando um pilão ou um moedor de ervas, moa todas as ervas de uma vez e depois coe, até se transformarem em pó fino.
Ao fazer isso pense em como você gostaria que pessoas que são próximas a você, especialmente as pessoas amadas, fossem mais verdadeiras contigo. Pense no quanto é mais fácil quando dizemos a verdade, principalmente para nós mesmos e as pessoas que amamos. Tenha em mente o objetivo de ser uma pessoa mais verdadeira em seus relacionamentos.
Coloque o pó em um pequeno recipiente e espalhe um pouco pelo chão do seu local de trabalho ou em casa, a fim de trazer mais verdade para comunicação entre você e as pessoas próximas a você.

Esse é um dos Itã que mais amo, pra mim foi contado no quarto de santo. E agora vou passar para vocês!



Esta é a história de Omo Òsún. Uma jovem e bela mulher que, cumprindo feliz o seu destino nesse mundo de cuidar da coroa e dos paramentos do mais velho, mais nobre e mais sábio rei o Grande Pai Òsáàlá, transpirava alegria, felicidade e riqueza para todos os cantos do mundo.
Graças à sua dedicação e alegria, Omo Òsún, nome que significa filha da Grande Mãe Òsún, passou a ser admirada pelas pessoas importantes do reino e muito querida pelo Grande Pai Òsáàlá. Mas neste mundo visível - áiyè e no mundo do além - orun nem tudo são flores e ocorreu que a satisfação do rei e seus ministros com os serviços de Omo Òsún, infelizmente, gerou entre algumas mulheres da corte o sentimento de inveja e o desejo constante em prejudicarem Omo Òsún.
A primeira maldade das invejosas contra Omo Òsún foi tentar dar sumiço na caríssima e valiosa coroa prateada do grande Pai Òsáàlá. Imaginem que as invejosas conseguiram entrar nos aposentos proibidos do rei, que eram da responsabilidade de Omo Òsún, pegaram escondida a valiosíssima coroa e jogaram-na no mar. Omo Òsún, ao perceber o que ocorreu, desesperada com o sumiço da coroa, com o auxílio da sua pequena filha procurou em cada centímetro do imenso palácio e nada de encontrá-la.
Retornando aos aposentos do rei, Omo Òsún, sem saber mais onde procurar e o que fazer, encostou-se na cama e de tão cansada dormiu.
A garotinha filha de Omo Òsún, muito preocupada com a sua mãe, ao deitar fez uma prece a Olorun, o Deus Supremo, mãe e pai do universo, solicitou sua ajuda, e depois foi dormir também. A criancinha já estava no seu terceiro sono quando teve um sonho. Nas nuvens do seu sonho, a menina se viu na grande feira da cidade sagrada de Ilè Ifé, a feira estava repleta de peixes prateados. Então, um peixe desajeitado e muito engraçado, caminhando como se tivesse comido um boi de tão cheia a sua barriga, aproximou-se da menina no sonho, olhou-a bem nos olhos e deu uma cusparada de água fria bem no meio do seu rosto. Depois da brincadeira, o peixe malandro, com sua barriga gorda, saiu correndo e dando risada. Assustada com o jato d’água no rosto que recebeu do peixe no sonho, a garota acordou.
Já era de manhã e a garotinha correu para os braços da sua mãe Omo Òsún que ainda dormia, tentando acordá-la para contar o seu estranho sonho. Omo Òsún acordou e, ao ouvir o sonho da sua filhinha, resolveu ir correndo para o local onde normalmente acontecia a feira.
Logo que chegaram ao local, elas verificaram que naquele dia não estava acontecendo a grande feira, só havia alguns poucos feirantes comercializando banana, inhame, leite de cabra, azeite e vinho da palma, e, para decepção das duas, nada de peixe.
Omo Òsún então puxou conversa com um feirante em busca do tal peixe do sonho. O homem disse. “Ô minha senhora, peixe só encontra na feira dia de sábado, hoje é segunda dona, não tem peixe não!”.
Preocupada, Omo Òsún pensou em desistir de procurar o tal peixe dos sonhos, mas a garotinha, puxando o vestido da mãe, disse que queria ver o peixe malandro com sua barriga gorda. Omo Òsún resolveu continuar procurando. Andando, andando pelo grande espaço onde se realizava a feira, entre as muitas barracas fechadas e alguns poucos vendedores, não é que de repente, lá no encontro das ruas, no centro da feira, apareceu um vendedor alegre gritando: “Ói o peixe, ói o peixe!”. Omo Òsún, apreensiva, se aproximou do homem e perguntou o preço do quilo do peixe. O vendedor brincalhão abaixou o cesto no chão e, para surpresa de Omo Òsún e alegria da sua filhinha, lá estava o peixe barrigudo e malandro do sonho da menininha.
Omo Òsún gastou todas as suas economias para comprar o enorme peixe e correu com sua filha ao palácio e nos seus aposentos abriu a barriga gorda do peixe malandro e lá estava a maravilhosa coroa prateada de Òsáàlá, inteirinha, linda!
A menina sorriu! Desta vez não levou nenhuma cusparada no rosto do peixe malandro que terminou bem fritinho na panela!
As invejosas, ao ficaram sabendo da impressionante história, surpresas com a sorte de Omo Òsún e da sua filhinha, resolveram articular outra maldade.
Percebendo que não tinham conseguido prejudicar Omo Òsún anteriormente, as invejosas, descontroladas e dominadas pelos sentimentos negativos de inveja, ódio e despeito, resolveram fazer uma mistura poderosa, uma espécie de cola mágica. Depois, pegaram essa mistura e passaram em cima da cadeira de Omo Òsún, ao lado do trono do rei. A intenção das invejosas era que, na cerimônia de apresentação do rei à comunidade, Omo Òsún ficasse presa na cadeira e não pudesse cumprir as suas tarefas de zeladora, desapontando assim a todos.
Tudo ocorreu como as invejosas planejaram e Omo Òsún, a querida zeladora de Òsáàlá, ao sentar-se ficou presa na cadeira e, pior, devido ao imenso esforço para soltar-se, começou a sangrar.
Os movimentos estranhos de Omo Òsún na cadeira e depois o sangue que saia entre as suas pernas causaram a imediata indignação de todos os presentes que correram para proteger o Rei. Algumas pessoas muito revoltadas pensavam: “Como a zeladora do grande Pai Òsáàlá se comportava daquela maneira?” “Como alguém pode ofender tão gravemente ao Grande Pai – rei do pano branco – trazendo à sua presença sangue?”.
Na imensa confusão que se formou, enquanto as invejosas davam altas gargalhadas, Omo Òsún tentou explicar que não sabia o que estava ocorrendo, que não teve culpa, mas todos os presentes, indignados com a situação, expulsaram-na do palácio.
Omo Òsún, sentindo-se humilhada e desamparada, sozinha no mundo, separada da sua filhinha que ficou com uma família do reino, saiu caminhando à procura de ajuda, tentando reverter aquela situação tão estranha.
Procurou a família do chefe dos caçadores, o Òrìsá Òsóòsi, depois a família do chefe dos ferreiros, o Òrìsá Ògún e assim por diante. Mas, sabendo do ocorrido no palácio do Grande Pai Òsáàlá, todos se recusaram a recebê-la.
Após longa caminhada, muito triste e envergonhada, Omo Òsún dirigiu-se ao palácio da Grande Mãe, o Òrìsá Òsún.
A Mãe Òsún, já sabendo da injustiça que praticaram contra a sua filha no palácio de Òsáàlá, amparou Omo Òsún e disse para ela não se preocupar que tudo seria resolvido.
A partir daquele dia, devido à atitude negativa de pessoas invejosas que geraram uma grande onda de injustiça contra Omo Òsún, tudo, tudo no mundo virou de cabeça para baixo!
Os rios começaram a secar, os peixes morriam, os frutos apodreciam nos pés, as mulheres perdiam seus filhos, os animais adoeciam. Ocorria uma grande calamidade na terra.
As pessoas, preocupadas e estranhando o que estava acontecendo no mundo, apreensivas, resolveram consultar o grande sábio Orumilá e o oráculo de Ifá para saber o que estava sucedendo. Chegando à morada do grande adivinho na densa floresta sagrada de Ilè Ifé, as pessoas contaram ao sábio o que estava acontecendo no mundo. Orunmilá, percebendo que havia algo de realmente misterioso, resolveu consultar o oráculo de Ifá para perceber o que estava por trás de tudo aquilo.
Depois de algum tempo vendo, ouvindo e sentindo o que Ifá dizia, Orunmilá falou ao visitante o que ficou sabendo através do oráculo: “Fizeram uma grande injustiça à filha de Òsún, atrapalharam o destino da moça, por isso está acontecendo tanta tragédia no mundo!”.
As pessoas, espantadas e muito preocupadas perguntaram o que poderiam fazer para reverterem aquela situação tão drástica. Orunmilá jogou novamente os búzios e obteve a resposta de Ifá. “Todas as pessoas e òrìsás, em sinal de desculpas pelas injustiças praticadas contra Omo Òsún, devem urgentemente levar oferendas à Grande Mãe Òsún no seu palácio e solicitar que se restabeleça a harmonia e o mundo não se acabe”.
Os conselhos de Orunmilá se espalharam rapidamente pelo mundo visível àiyé e pelo espaço do além orun e assim foi feito. Todos se dirigiram ao palácio da grande Mãe Òsún, levando oferendas de frutas, perfumes e jóias de cobre, solicitando as suas desculpas pela injustiça que foi cometido contra Omo Òsún. Em respostas às solicitações e às delicadas oferendas feitas pelos muitos visitantes, oferendas que enriqueciam cada dia mais a jovem Omo Òsún, a grande Mãe Òsún retribuía os presentes dos visitantes com uma pena vermelha do papagaio africano chamado ekodidé, infinitas penas vermelhas da fertilidade e da riqueza que surgiram do sangue derramado por Omo Òsún.
O Grande Pai Òsáàlá, sabendo do que estava se passando no palácio da Grande Mãe Òsún e da injustiça que todos cometeram contra a sua querida servidora Omo Òsún, resolveu dirigir-se ao palácio da Grande Mãe Òsún com sua imensa e rica comitiva no dia do Sirè, dia da festa.
No dia do sirê, todos os òrìsás e pessoas presentes no palácio da Grande Mãe Òsún ficaram surpresos com a presença ilustre do maior dos òrìsás, o grande Pai Òsáàlá e sua linda comitiva. Foi um rebuliço danado recebê-los, era uma beleza só.
Era tanta gente vestida de branco: chefes das aldeias com suas mulheres e filhos, guerreiros, bailarinos, cantores, cavaleiros e, bem no centro da grande comitiva, o Grande Pai Òsáàlá cercado com suas esposas que traziam nas mãos vasos repletos de flores, perfumes, búzios da costa, jóias e os mais finos vinhos de palma. Presentes que inundavam vida, paz, alegria e força por todo o àiyé/orun.
Era muito lindo ver os habitantes das terras de Òsáàlá, com suas peles negras e retintas como a noite mais profunda, todos envolvidos nos tecidos brancos mais alvos e finos a homenagear o Grande Pai Òsáàlá, a Grande Mãe Òsún e Omo Òsún.
A Grande Mãe Òsún, com seu jeito delicado, e orgulhosa em receber aquela comitiva no seu palácio, reverenciou o Grande Pai Òsáàlá e ofereceu a ele em retribuição pela sua importante visita um pena ekodidé. Então, surpreendendo a preocupada segurança real e a todos os presentes, Òsáàlá dirigiu-se a Òsún e sua filha Omo Òsún e, agachando-se, levou a pena do pássaro ekodidé à cabeça e disse: “Como exemplo da minha gratidão à dedicação de Omo Òsún e como reconhecimento da importância do poder feminino para que haja vida no mundo, a partir desse dia usarei preso ao centro da testa, próximo a minha coroa, o "ekodidé”.
A atitude de Òsáàlá, o Grande Òrìsá, em adotar o ekodidé na sua vestimenta branco alva, repleta de pureza, força masculina e vida, mostrou a todos a dimensão e importância da harmonia entre o princípio feminino e masculino. Forças que se complementam e devem permanecer sempre harmonizadas.
A Grande Mãe Òsún, emocionada com os gestos de Òsáàlá, tomou sua filha Omo Òsún pelo braço e entregou-a novamente sob a proteção do Grande rei para que assim ela continuasse a cumprir feliz o seu destino no mundo, cuidar da coroa e dos paramentos do mais velho, mais nobre e mais sábio rei.
E começou o sirê, a grande festa no palácio de Òsún! Os alabès, tocadores de percussão, dos diversos reinos yorubás se uniram para saudar aquele dia de reconciliação.
Os òrìsás presentes fizeram uma linda roda e, ao ritmo potente do toque dos alabès, dançaram belíssimas coreografias saudando a terra, a água, o ar, os animais, o vento e os ancestrais!
Enquanto isso, as invejosas, sozinhas no palácio de Òsáàlá, temendo a ira do rei, saíram correndo pelo mundo tentando esconder as suas maldades. Elas não haviam percebido que o problema não estava na vingança do rei, o problema estava naquilo que elas semearam de bom ou ruim no seu destino, sementes que por certo um dia iriam colher de volta.
Òsáàlá, o Grande Pai dança no sirê, festa, que ocorreu no palácio da Grande Mãe Òsún. Omo Òsún, lá no palácio da Grande Mãe Òsún, muito feliz, se divertia naquela festança com comida farta, bebida em abundância. A comemoração do começo de um novo ciclo de renovação da vida no universo.

okó




Oko é o Òrìsá da agricultura. Está ligado à colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Òrìsá Nagô, pouco conhecido no Brasil. Na época em que os escravos chegaram, não deram muita importância a este Òrìsá, afinal, ele regia exatamente as plantações, que eram de propriedade de seus Senhores e malfeitores, que os obrigavam a grandes sofrimentos nas lavouras. Por ser da agricultura, se alia
 a Ògún, pois Òrìsá Oko, é o grande rezador e plantador, com suas idéias sobre plantação, colheita e lavoura, e Ògún, traz as suas ferramentas para ajudar a cavar a terra, o arado, o machado, a foice e a enxada. Okô tem o poder de curar a malária, à qual estão expostos aqueles que lidam com agricultura. É árbitro de conflitos, especialmente entre mulheres, e não raro, juiz das costumeiras disputas entre os Òrìsás. Na época da colheita do inhame, ninguém comia o inhame novo sem antes fazer uma festa para Oko. Na África, nas suas festas, se cozinha todo tipo de vegetais, que são colocados nas praças e ruas para que todos se sirvam. Ele traz um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, além de uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Òsáàlá, pois ambos vestem o branco. Seu cajado, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Òrìsá raro, tem poucas qualidades conhecidas. Seu nome vem do yorubá, e significa Òrìsá da Palavra. É representado por uma estátua de madeira provida de um imenso falo. Além do cajado e da flauta, traz uma chibata de couro e uma faca com fileira de búzios. Na África usam uma barra de ferro como símbolo. Possui o título de Eni Duru, aquele que é erigido, personagem em pé, referência a seus atributos fálicos. Suas comidas devem ser brancas como o akasá de Òsáàlá. O inhame, cozido em fatias com mel, e canjica branca também com mel. Não aceita dendê.
Uma bandeja de madeira contendo côco, cana de açúcar, milho, inhame, todos os produtos da terra, todos crus, como oferenda.

Itan de Òrìsá Oko

Òrìsá Oko cria a agricultura com a ajuda de Ògun

No princípio havia um homem que se chamava Oko.
Mas Oko não fazia nada o dia todo,
não havia o que fazer, simplesmente.
Quando os alimentos na Terra escassearam,
Olorun encarregou Oko de fazer plantações.
Que plantasse inhame, pimenta, feijão e tudo mais que os homens comem.
Oko gostou da sua missão, ficou todo orgulhoso,
mas não tinha a menor idéia como executá-la.
Até que viu, debaixo de uma palmeira, um rapaz que brincava com a terra.
Com um graveto ele revolvia a terra e cavava mais fundo.
Oko quis saber o que fazia o rapaz.
"Preparando a terra para plantar, para plantar as sementes que darão as plantas", explicou o rapaz de pele reluzente.
"Que sementes , se nem plantas ainda há?!", perguntou, incrédulo, Oko.
"Nada é impossível para Olòdùmàré", foi a resposta.
Começaram então a cavar juntos a terra.
O graveto que usavam como ferramenta quebrou-se e passaram então a usar lascas de pedra.
O trabalho, entretanto, não rendia e Oko saiu à procura de alguma maneira mais prática.
Outro dia, quando Oko voltou sem solução, o rapaz tinha feito fogo, protegendo-o com lascas de pedra.
Viram então que a pedra se derretia no fogo.
A pedra líquida escorria em filetes que se solidificavam.
"Que ótimo instrumento para cavar!", descobriu efusivamente o inventivo rapaz.
Ele pôde então usar o fogo e fazer lâminas daquela pedra, e modelar objetos cortantes e ferramentas pontiagudas.
Ele fez a enxada, a foice, e fez a faca e a espada e tudo mais que desde então o homem faz de ferro para transformar a natureza e sobreviver.
O rapaz era Ògún, o Òrìsá do ferro.
Juntos revolveram a terra e plantaram e os alimentos foram abundantes.
E a humanidade aprendeu a plantar com eles.
Cada família fez a sua plantação, sua fazenda, e na Terra não mais se padeceu de fome.
E Oko foi festejado como Òrìsá Oko, o Òrìsá da fazenda, da plantação.
E Ògún e Òrìsá Oko foram homenageados e receberam sacrifícios como os patronos da agricultura, pois eles ensinaram o homem a plantar e assim superar a escassez de alimentos e derrotar a fome.

A Falta de Compromisso – A esperança vazia de uma colheita, sem o plantio


A partir do momento que você decide entrar em uma casa de santo e se iniciar, tem que estar ciente dos seus direito e dos seus deveres. É um verdadeiro relacionamento com o Axé e como toda relação, deve existir ajuda, compromisso e dedicação MUTUA, pois se só uma lado se dedicar, com certeza não dará certo. E é exatamente o que eu estou podendo ver e avaliar dentro e fora da minha casa de santo.

Comigo pelo menos, não há tempo ruim, quando se tem algo a fazer pela vida e pelo Orixá de um filho, não importa se é meio dia, meia noite, uma ou duas horas da manhã. Já perdi aniversários, datas comemorativas, já passei por cima do cansaço, para servir a fé e ao ser humano. Mas o que me deixa muitíssimo chateado é o pouco caso e a tal da “falta de tempo”, que sempre serve de desculpa para justificar a descompromisso com a casa de axé. O engraçado é que quando precisam, estão sempre disponíveis, mostram boa vontade e não pensam duas vezes em ligar ou ficar duas ou três horas no jogo de búzios, pois nós zeladores, temos que encontrar a solução para suas dores e para suas más escolhas, a qualquer custo. Isso cansa uma hora, quantos pais e mães de santo que no passado se dedicaram e só receberam “nãos” e ingratidão, e que hoje continuam na religião, mas não conseguem ver seus filhos de santo, como mais nada além de apenas números.

Peço muita atenção por parte do povo do axé, abiãs, yawòs, novos egbomis, para que dê a atenção devida à sua casa, ao seu Orixá e ao seu zelador(a), para que ele(a) continue zelando bem do seu Ory. Não decepcione quem te deu a mão e o colocou dentro do seu axé, dentro do seu quarto de santo, tendo apenas a sua palavra como garantia. Não estou generalizando, vejo que a cada ano que passa a consciência vem mudando e hoje muitas pessoas não tem mais o candomblé como um “pronto socorro”. Todos nós temos problemas, e existem casos onde o filho realmente não pode se dedicar naquele período e deve sentar e conversar com o seu líder religioso. Salva essas exceções, para mim não existe falta de tempo e sim falta de vontade, pois Olorun criou o dia com 24h e a semana com sete dias, por isso temos que nos organizarmos e separar um tempo para tudo, inclusive para a religião, onde buscamos força.

Uma ótima quarta e que Xangô e Oyá nos protejam dos “desnecessários” do candomblé.

Provas do Orixá


Ontem acordei “virado” e repensei minha visão e o meu lugar no candomblé, me senti no filme 300, naquele instante onde meia dúzia lutam contra o tempo e contra todos os inimigos. Tentamos fazer o melhor, levar o candomblé de forma limpa, descente e parece que em todo momento o povo está torcendo para que não dê certo, criticando antes de até mesmo te conhecer, porque? O que fazemos de mal? Por inveja? Por despeito? Para mim nada justifica.

Fiquei assim até que abri minha caixa de mensagem e ver um e-mail, onde o assunto era “Eu, Oxum e Você”, no corpo do texto uma jovem da Bahia, de trinta e poucos anos, relatou que cresceu no candomblé e foi feita ainda criança e já a alguns anos não pisava mais em uma casa de axé, por conta dessa rivalidade sem sentido, um querendo ser mais do que o outro e esquecendo do que realmente importa que é servi ao Orixá. A moça disse que apesar de ter virados as costas para a religião, nunca deixou de amar Oxum e que pesquisando sobre Opará, chegou ao meu blog e continuou lendo. Postagem após postagem, acendeu na vida dela a chama da religiosidade e encerrou assim:

- Não o conheço pessoalmente, mas estou escrevendo para dizer um muito obrigado, pois graças a você me aproximei do axé e pude reviver aquilo que me fazia falta. O candomblé faz parte de mim. Kolofé

Eu comecei a chorar de emoção, pois Odé mediante a uma pessoa que eu nem conheço, deu exatamente a resposta para a pergunta que eu passei o dia todo a me questionar, que era sobre a minha função na religião dos Orixás.

Obrigado a Odé e a Oxaguiã por cuidar de mim e não me deixar fraquejar!

Sobre IROKO e os fundamentos deste Orixá

O orixá Iroko ou Iroco tem como sua moradia a gameleira branca (representada por uma arvore ancestre). Um dos fundamentos deste Orixá é o seu a assentamento fica no pé desta árvore e após preparo ritual da raiz, seu tronco é enfeitado com um ÒJÁ FUNFUN ( pano BRANCO). Este Santo tem  relação com esta árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados (o culto aos Egum). 


Como Exú, Iroko carrega para longe os fluídos maléficos (espíritos ruins e todas as negatividades). Quando manifesta-se os fiéis jogam sobre ele os fluídos que querem se livrar e ele corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. As vezes bebe tanto que cai no chão. 

Orixá iroko

Cobre-se então com um alá branco e , pouco depois, já recuperado ele ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o BRAVUN, ritmo GEGE, como Oxumarê (Bessen). Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão como seus instrumento. Suas contas são verde musgo e riscadas de marrom. As vezes veste-se de palha comoOMOLÚ (Obaluaiê). Sua incorporação é pouco vista , seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barracão antes de caírem fulminados, logo levantam-se e põem-se a dançar. O culto dele resume-se no Brasil a Nação de Candomblé, no caso ele não tem culto na Umbanda.

O assentamento de Iroko é feito numa gamela oval, pega-se um pedaço do tronco da gameleira branca e faz-se uma pequena estátua de um negro africano com um IDÈ branco no nariz, na cabeça um colar de búzios e moedas. Na gamela põe-se uma corrente em volta , 6moedas e no meio da gamela uma seta e a estátua.

QUALIDADES de Iroko
 - GIROKOSSI
- LOKOSSI

SUAS FOLHAS
 - Milame, colônia, saião, Iriri, mãe boa, barba de velho, erva prata, crista de galo, noz moscada, abilzeiro, jaqueira e cajueiro. Quando se faz o Orixá, põe-se uma folha de saco-saco embaixo do pé do IYAÓ uma folha de saco-saco e na boca uma folha de assa-peixe.

SEUS BICHOS deste Orixá :
- Um cabrito de chifre virado;
- Quatro frangos de esporão grande;
- Um galo d'angola;
- Um pombo branco.

D'Oxum



"A menina de Oxum

Navega nas águas calmas do teu leito, mãe.
Cada filho parido é solto num correr riacho
Entre pedras e gotas saltitantes.
Queda d'água, que dá asas à menina.
Completamente
Solta...
Ela tem os quadris dançantes.
Petulantes olhos hábeis.
Frágeis e tocantes
Seus encantes...
Feminina, menina de Oxum.
Dança de criança
Lança de aço , fita de laço.
Orvalhada lágrima
Na pétala de flor.
Fecunda o mundo
Inunda a vida de água doce.
Sábia ingenuidade
Astuta mulher em milhares.
Esperta aos olhares.
Faz cortina de véus de sonhos.
Caída a chuva fina
A menina molhada de Oxum
N’água língua transparente
Jangada lambe o manto.
Nua a menina de Oxum.
Passeia pelo mato.
Guarda os segredos sedutores.
Fonte divinal exangue.
A menina de Oxum acalanta o trovão,
Amante da beleza, do vento e
Da prenhês de teu ventre.
Debaixo da sua saia
Sua sanha voraz.
Não caia
Não traia a menina de oxum.
Menina e própria mãe.
Sofre em seu interior.
Chorosa e vingativa
Serpenteando o algoz.
Envenena o doce
Prazer do traidor.
E deixa que as águas o levem.
Lavado na alma.
Aprendiz de coisa alguma!
Aiê menina
Iê ieu mamãe
Toda menina é de oxum!"