quarta-feira, 24 de julho de 2013

CARGOS DE SANTO (OYÈ).






Atualmente, face à interseção havida entre as Nações, muitos cargos de origens diversas convivem no mesmo Candomblé, reproduzindo tradições pontuais, mas já perdendo-se a origem histórica, regional e até liturgia.

Outro fator complicador para a identificação precisa de cada “oyè”, é a questão gramatical. Devido à dificuldade com as línguas de origem, a correta denominação, tradução e pronúncia dos cargos foi se perdendo no tempo, ou até mesmo modificando-se.

É importante não confundir o cargo (oyé), com o orunkó, e com o título. Ou seja, o cargo diz respeito à função a ser exercida. Exemplo: Ìyágbasé - a mãe que cozinha. Já o orunkó, é o nome pessoal do Orixá, o qual, em determinadas Casas, passa a ser o nome pelo qual o respectivo iniciado passa a ser chamado. Ex.: Odé Kaiodê – O Caçador Tráz Alegria. O título, diz respeito exclusivamente ao Orixá, à sua bravura, feitos ou características, o que, por muitos é confundido com as qualidades daquele mesmo Orixá. Ex.: Oya Messãn Orun, título de Iansã que a designa como a Mãe dos Nove Espaços Siderais.

Muitas vezes o filho de Santo pode exercer um cargo na Casa e ser chamado apenas por seu Orunkó. Ou ainda, na mesma situação, ser chamada exclusivamente pelo cargo que exerce. Registre-se ainda, que no mesmo Candomblé, pode haver aquele que é chamado pelo cargo, enquanto outro, por razões aleatórias, é denominada pelo Orunkó. Não há normas rígidas quanto a isto.

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