sexta-feira, 28 de março de 2014

Odé Erìnlé

































O culto de Erínlè nasce no Odu de Òkànràn Ogbè. Seu culto está centrado ao redor do rio Erínlè, um rio tributário do rio Òsun, que atravessa a cidade de Ìlobùú (Ilú Òbú ou cidade de Òbú), localizada ao sul da Nigéria Ocidental, na estrada de Ogbomoso para Osogbo (estão situadas aproximadamente dez milhas a oeste de Osogbo). Ele é a divindade patrona de Ìlobùú. Ìlobùú é um centr
o de comércio para o inhame, milho, mandioca, óleo de dendê, abóbora, feijão, quiabo e está em uma área de savana habitada principalmente pelos Yoruba.
Òbú é um tipo de giz nativo (efun) e é comestível. É usado para temperar comida e era um dos temperos principais, muito antes do sal, da mesma forma que o aró-àbàje (uma tintura azul comestível) é usado para temperar comidas como o ekuru aró.
Tido como filho de Ainá, Erínlè é considerado por muitos como filho mítico de Yemoja e de Olokun. É um Òrìsà caçador, pescador e um médico, por conta do seu grande conhecimento da floresta e da flora.
Este Òrìsà, enquanto médico dominou, antes que Osányìn, o poder da botânica.
Não é incomum para os sacerdotes de Erínlè carregarem um cajado (òsù) semelhante ao que carregam os sacerdotes de Osányìn e de Ifá devido à importância deles como curandeiros medicinais.
Sabe-se que ele conhece o poder curativo do Eja aro. Essa medicina nasce em Òkànràn Òfún. O peixe seco (eja aro) é conhecido em Nupeland e isso é revelado pelo caminho de Òkànrànsodè descrito abaixo e na conexão entre Erínlè e o exilado rei da Nupeland.
Há muitas variações no nome pelo qual Erínlè é conhecido. Assim, ele é comumente conhecido como Erínlè dentro de Egbado, Erínlè em Ìlobùú, Enlè em Okuku. Em Cuba e Trinidad ele é conhecido como Inlè ou Erínlè "Ajaja". Ajaja é um título honorífico que significa "Ele que come cachorro", "o que é feroz".
No Brasil, no Candomblé Ketu, ele é conhecido como Inlè e Òsóòsì Ibualama. Erínlè quer dizer: elefante (Erin) terra (ilè) ou terra-elefante. Erínlè é considerado por alguns como uma divindade hermafrodita, mas ele é adorado principalmente como uma divindade masculina em Yorùbáland. Ele é pensado por alguns estudiosos como sendo o aspecto masculino de Yemoja Mojelewu. O que parece consenso é que Erínlè mora na floresta com os irmãos Osányìn,
Ògún e Òsóòsì, no cultivo com Òrìsà Oko, nas águas com Yemoja, Otin e Òsun.
A residência verdadeira dele seria o ponto onde o rio encontra o oceano, onde docemente se misturam as águas doces e salgadas.
No Candomblé Ketu é considerado que Erínlè tem dois caminhos ou aspectos.
Um aspecto é considerado um velho caçador, Òsóòsì Ibualamo.
O outro caminho é mais jovem, mais delicado e bonito, normalmente chamado Inlè.
Na tradição Lukumi, Erínlè é acompanhado por Ibojuto e Abátàn.
Abátàn (ou Abàtà = pântano) é a divindade da baixada.
Abátàn normalmente é considerado como a companheira feminina de Erínlè mas alguns reconhecem Abátàn como masculino. Quando Erínlè é assentado dentro da cerimônia de iniciação, Abátàn também é assentada. Ela tem canções e oríkì separados. Abátàn come com Erínlè e participa de todas as suas oferendas e sacrifícios.
Erínlè seria acompanhado por Abátàn, sua contraparte feminina. Duas divindades que se unem como um, embora distintos, eles funcionam juntos, como uma unidade. Há um equilíbrio, dando uma visão instantânea do caráter de Erínlè, uma mistura perfeita de energias masculina e feminina.
Na Nigéria, Erínlè tem muitas manifestações ou caminhos, conhecidos como ibú: Ojútù, Álamo, Owáálá.
É o oríkì de cada ibú que distingue entre os caminhos diferentes ou manifestações de Erínlè, como um se apresentando na sua coragem, outro como um caçador, outro ainda no poder presente na profundidade do rio. São cantados oríkì individuais a Erínlè no seu festival anual da mesma forma como também são invocados coletivamente.
O awo ota - Erínlè ou otun Erínlè, é o nome dos recipientes usados dentro do culto de Erínlè (em Okeho é adicionalmente conhecido como aawe - Erínlè, onde tem uma forma totalmente diferente das encontradas em Ìlobùú e na maior parte da Yorùbáland).
Potes fechados que guardam pedras e água são predominantemente associadas com divindades fluviais femininas, como aqueles encontrados nos cultos de Yemoja e Òsun. O awo ota - Erínlè é o recipiente tradicional para guardar os ota de Erínlè.
Sacerdotes de Erínlè dançam em procissão como parte do festival anual de Erínlè em muitas partes de Nigéria. Para o festival, sacerdotes trazem com eles o próprio awo ota - Erínlè para o festival no rio de Ìlobùú.
Quando a possessão acontece, Erínlè dança com o áwo ota - Erínlè colocado no alto da cabeça.
O òpá òrèrè (osu/cajado com o pássaro de ferro) de Erínle representação para os seus seguidores da importância de Erínlè como curandeiro. A divindade mais amplamente conhecida com o mesmo símbolo é Osányìn. O cajado é feito de ferro.
Sempre é mantido em pé. Pássaros de ferro empoleiram-se no topo. A maioria dos exemplos mostra um grande pássaro central cercado por pássaros menores. Não há diferenças significativas entre os cajados de Erínlè e de Osányìn encontrados na Nigéria, cada cajado é uma peça autorizada e única e assim os estilos variam imensamente.
Porém há dois desenhos comuns do cajado de Osányìn feitos dentro da perspectiva dos awo em Yorùbáland.
É comum se ver um cajado relativamente curto com um grande pássaro em seu topo e com 16 pássaros menores, em um arranjo circular, que olham para o pássaro mais alto, central. Lá também pode ser encontrado um òpá osu, de Osányìn, alto, com um só e único pássaro e quatro cones de metal invertidos, as aberturas deles coberta por disco de metal para guardar medicamentos; seguro levemente na parte mais baixa do cajado (este cajado também é encontrado na tradição Lukumi, sua especificação é considerada um requisito de Odù).
Deve ser acentuado que os cajados de Erínlè e Osányìn nas terras Yorùbá são encontrados em muitas variações no número de pássaros, formas e estilos. Foi sugerido que os 16 pássaros menores representam a divindade Odù e os Olódù de adivinhação. As curvas graciosas destes pássaros estáticos também podem ser confundidas com um agrupamento permanente de folhas de metal.
Tais folhas, que não morrem, são uma lembrança visual forte de Osányìn e os medicamentos de Erínlè!
O pássaro de coroamento é, segundo muitos, um símbolo do poder sobre o pacto de Osányìn e Erínlè com as Ìyáàmi.
São os medicamentos herbários de Erínlè e Osányìn que podem neutralizar ou contrapor-se aos ataques pelos aspectos negativos de Ìyáàmi. Eleye significa "mulheres que possuem e são pássaros", sendo os pássaros os mensageiros de Àjé/Ìyáàmi. Estes mensageiros também podem ser vistos em muito da estatuária religiosa e do simbolismo real, como por exemplo, no alto da coroa dos Obà.
Ìyáàmi é em essência o feminino primordial, que pode ser potencialmente benéfico ou maléfico (em condições judiciosas). Os símbolos de pássaro lembram aos líderes de congregações que ninguém está acima das forças invisíveis que precisam ser apaziguadas.
As Ìyáàmi representam a gênese, as guardiãs e as doadoras do àse na terra.
Boyuto ou Ibojuto é descendente do òpá Erínlè encontrado entre os Yorùbá. Boyuto leva seu nome a uma das qualidades ou caminhos de Erínlè.
Este aspecto de Erínlè está ligado a profundidade impressiva do rio Erínlè. É dito que nesta profundidade é encontrado o reino mítico de Erínlè, chamado Ode Kobaye.
"Esta profundidade escura do redemoinho é chamado Ojuto.
Acredita-se assim, profundamente, que as duas casas históricas (ilé pètésì) teriam sido tragadas para cima (emergido) dentro das correntes coloridas de índigo. Do fundo do ibu Ojuto, assim é acreditado, bandos (escoltas) de pombos voam para acima das águas e desaparecem no ar."
(Baba Erinlè de Ílobúù falando com R. F. Thompson no local de rio Erínlè, em Ílodúù, 1994).
Boyuto ou Ibojuto é também conhecido comumente com osu de Erínlè.

Òkànràn Ogbè - O nascimento do culto de Erínlè

Um Itan do Odu Ònkànràn Ogbè conta a história de um homem Nùpe (Tápà) com o nome de Àyònù que veio para a região de Ílobùú. Ele era o herdeiro da coroa em sua terra natal porém devido a algumas manobras políticas o título lhe foi usurpado e ele foi forçado a fugir da cidade - ele teria sido morto para destruir a possibilidade de qualquer reivindicação futura à coroa.
Àyònù veio para Ìlobùú para caçar e ajudar a um caçador nativo que tinha uma estranha aparência. O amigo percebeu que Àyònù, embora mostrando-se apto nas habilidades da caça e agudo em aprender todos os segredos possíveis, não vivia sua vida conforme um caçador. Àyònù contou sua história para o amigo caçador. O amigo era Erínlè mas ele não o conhecia pelo nome porque os caçadores não mencionam nomes no mato para não serem afetados por nenhum dos espíritos animais.
Caçadores referem-se uns aos outros simplesmente como Àwé. Erínlè, por seu turno, contou para Àyònù sobre sua casa, um palácio que ele tinha embaixo da terra. Ele golpeou o chão com a palma de sua mão, a terra abriu-se e os dois desceram para o palácio subterrâneo.
Erínlè tinha estado caçando por um longo tempo e, assim, ele decidiu fazer um pacto com Àyònù. Erínlè prometeu para Àyònù um nova coroa para recompensá-lo pelo título que ele havia perdido em sua terra natal. Ele disse para Àyònù que, por tanto tempo quanto ele continuasse a lhe trazer comida de caça, ele o compensaria com um título novo. Erínlè também prometeu que a guerra nunca afetaria o reino dele. Erínlè e Àyònù consolidaram seu pacto e Erínlè retirou-se para seu palácio na terra. Ele disse para Àyònù que se ele precisasse dele novamente deveria chamá-lo golpeando a terra com a palma da sua mão. Àyònù nunca mais viu seu amigo novamente.
Àyònù construiu sua casa lá e logo outros caçadores vieram viver com ele, seguidos por fazendeiros. Uma cidade tinha sido estabelecida e disse: ire! Desde esta época a cidade de Ìlobùú nunca foi invadida ou afligida por guerra, mesmo durante o tumultuoso século dezenove marcado por muitos anos de conflitos civis na Yorùbáland.

Àwá ti Erínlè fi sodi o
Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza,
o Àwá ti Erínlè fi sodi
Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza,
o Ogun ò jà jà
A guerra não pode nos atacar,
Kógun ó jà¹loòbú
A guerra não pode nos atacar e afetar Loòbú.
Àwá ti Erínlè fi sodi
Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza

Porque a guerra e a escravização tiveram pouco efeito sobre o povo de Ìlobùú a fama de Erínlè espalhou-se através da Yorùbáland e o seu culto foi a partir daí estabelecido, expandindo-se além de sua região de origem.
Oke Aro Erinlé, Ajàjá, Bábá mi.
Todos os dias quando eu acordo, lembro dos meus Caminhos…
Erinlé aponta para o amanhecer e me diz: “está vendo aquele sol ali?
Agradeça a Deus que o deu a você, sem ele você não sobreviveria”. E continua: “está sentindo esse ar enchendo os seus pulmões?
Agradeça a Deus que o deu a você, sem ele você não sobreviveria”.
E Erinlé me pergunta: “gostou da noite que você dormiu e do conforto do seu sono?
Agradeça a Deus que os deu a você, sem eles você não estaria pronto para o dia de hoje”.
E por mais este dia, Erinlé me diz: “agradeça a Deus que hoje você está vivo para aprender mais, crescer mais e evoluir mais.
Agradeça a Deus que te deu mais este dia pela sabedoria ao trilhar os seus caminhos de aprendizado, crescimento e evolução”.
Começo a caminhar, e então, Erinlé aponta para o chão e me diz: “está vendo esta terra que você está pisando?
Agradeça a Deus que a deu a você, sem ela você não seria quem será amanhã”.
Tomo meu banho, escovo meus dentes, bebo água, uso perfume, sabonete e roupa limpa, e Erinlé me diz: “veja quanto conforto você tem. Agradeça a Deus que você tem saúde para trabalhar e conquistar tudo isto e muito mais. Cuide da saúde que Deus te deu”.
Preparo meu café e, quando vou comer, Erinlé me diz: “está vendo esta comida que você vai comer? Agradeça a Deus que a deu a você. Quantas pessoas lá fora gostariam de comê-la e ela é sua por direito. Agradeça!”.
Saio de casa, chego ao trabalho e Erinlé me diz: “está vendo quantas pessoas há ao seu redor? Está sentindo quanta coragem você tem de enfrentar o mundo e vencer?
Agradeça a deus pela sua Vida, pois o trabalho é seu e coragem muita gente pede, mas mesmo assim nem todos que pedem-na aceitam tê-la”.
E Erinlé me disse: “Deus te deu a Vida como professora, para você aprender a viver neste mundo, para você creser e servir de norte aos pequenos, e para que você evoluir mais e cumprir sua missão”.
Erinlé me disse: “agradeça a Deus!”.
E eu agradeci a Deus por todas estas coisas e por muito mais. Agradeci a Deus mais ainda por ter colocado Erinlé na minha vida, meu amigo, meu pai, minha raiz, do qual eu descendi, e que me lembra todos os dias da minha pequenez diante de Deus e do quanto eu tenho de suar para me tornar um grande motivo de viver aos que ainda são pequenos.
Agradeci a Deus por ter me dado um amigo tão bom quanto o Caçador, que me acompanha por toda a Vida neste mundo tenebroso, nesta terra maravilhosa, nestes caminhos de aprendizado do que é viver. Agradeço à Vida por tudo o que aprendi e ainda vou aprender.
Ai de mim, pela minha pequenez, porque sou nada e recebo tantos presentes todos os dias. E nenhuma dor eu senti, nenhuma dificuldade eu passei, nenhuma mágoa eu recebi ou em nenhuma prova me decepcionei que não me fossem necessárias para aprender, crescer, evoluir e perceber o quanto ainda sou pequeno e tenho de crescer.
E Erinlé mais uma vez me fez lembrar de Deus e disse: “você foi colocado aqui para viver!”. ♐
oloje iku ike obarainan

quarta-feira, 26 de março de 2014

ÀBÁMODÁ.







Também chamado de folha-da-fortuna, fortuna, folha-grossa e milagre-de-são-joaquim. O abamodá está ligado aos orixás Oxalá, Sangò, Ifá e Osun. Além, de ser muito usada em ebós e oferendas (adimú) para o Odú Obará Mejí. Utilizada em agbòs, banhos de purificação, sacralização de objetos ritualísticos dos orixás e na “(...) lavagem dos búzios e das vistas e para assentar Exu de mercado”; na tradição africana, é uma planta que pertence “(...) aos orixás-funfun (originais), pois, quando um vegetal é usado para vários orixás é porque, com raras exceções, normalmente ele está ligado a Ifá ou Oxalá”.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Òbà








Òbà mo pe o o
Òbà eu te chamo
Òbà mo pe o o
Òbà eu te chamo
Sare wa je mi o
Venha logo me atender
Òbà ojowu aya Sàngó sare
Òbà, mulher ciumenta esposa de Sàngó, venha correndo
Wa gbo àdúrà wa o
Ouvir a nossa súplica
Enì n wa owó, ki o fún ni owó
A quem quer dinheiro, dá dinheiro
Enì n wa omo, ki o fún ni omo
A quem quer filhos, dá filhos
Enì n wa àláfíà, ki o fún ni àláfíà
A quem quer saúde, dá saúde
Sare wa je mi o.
Venha logo me atender.

terça-feira, 4 de março de 2014

ogum - mege






É colaborador de Iansã; seu nome significa “Sete”. É o guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando diretamente com a Linha das Almas. Toda sua oferenda será em vermelho e branco, próxima ao cruzeiro do cemitério (calunga pequena).

oxosse-dada-dana




Olá a todos! Hoje, quinta, dia de Oxossi e decidi escrever sobre uma das mais fascinantes qualidades, Odé Danadana, senhor da noite e do mistério da mata fechada. Espero que gostem e comentem! 

Para muitos, um orixá a parte, existem vários mistérios em torno desse caminho. Os antigos dizem que Danadana seria o único odé que enfrentou a morte e não a teme, tem fundamento com Exu, Ossãe e Oyá, está profundamente ligado a noite.

Seus presentes são entregues entre a 1h e 3h da manhã, nos caminhos estreitos e fechados das matas. Seu grito (ilá) imita um gavião. Sempre colocamos junto às frutas entregues a ele, um cabaça com otin (água ardente) e outra com farinha de mandioca e fumo de rolo, assim como acarajés.

Suas roupas e aparamentas, geralmente são rústicas, com imitações de peles, pode usar o azul ou até mesmo em suas roupas podemos colocar o azul noturno, fazendo alusão à noite. Carrega Ofá e Erú, mas também pode carregar uma lança de madeira, ou até mesmo um ogó pequeno, segundo os mais ortodoxos usa chapéu de coro, enfeitado com peles negras.

Seus filhos têm sorte quanto a emprego e a dinheiro, sendo ótimos comerciantes. E tudo que é oculto os intriga. Tem poucos amigos, mas muitos seguidores, por serem inteligentes e convictos em seus ideais. São ótimos feiticeiros, porém muitas vezes não conseguem colocar limites em seus atos, contudo buscam sempre o aprendizado com as experiências, porém nunca esquecem quando são ofendidos.



Olá a todos! Hoje, quinta, dia de Oxossi e decidi escrever sobre uma das mais fascinantes qualidades, Odé Danadana, senhor da noite e do mistério da mata fechada. Espero que gostem e comentem! 

Para muitos, um orixá a parte, existem vários mistérios em torno desse caminho. Os antigos dizem que Danadana seria o único odé que enfrentou a morte e não a teme, tem fundamento com Exu, Ossãe e Oyá, está profundamente ligado a noite.

Seus presentes são entregues entre a 1h e 3h da manhã, nos caminhos estreitos e fechados das matas. Seu grito (ilá) imita um gavião. Sempre colocamos junto às frutas entregues a ele, um cabaça com otin (água ardente) e outra com farinha de mandioca e fumo de rolo, assim como acarajés.

Suas roupas e aparamentas, geralmente são rústicas, com imitações de peles, pode usar o azul ou até mesmo em suas roupas podemos colocar o azul noturno, fazendo alusão à noite. Carrega Ofá e Erú, mas também pode carregar uma lança de madeira, ou até mesmo um ogó pequeno, segundo os mais ortodoxos usa chapéu de coro, enfeitado com peles negras.

Seus filhos têm sorte quanto a emprego e a dinheiro, sendo ótimos comerciantes. E tudo que é oculto os intriga. Tem poucos amigos, mas muitos seguidores, por serem inteligentes e convictos em seus ideais. São ótimos feiticeiros, porém muitas vezes não conseguem colocar limites em seus atos, contudo buscam sempre o aprendizado com as experiências, porém nunca esquecem quando são ofendidos.











OXÓSSI DANA OU CAÇADOR DE ALMAS: 


tem seu fundamento com Exú, Obaluayê Saponã, Ossain, Oxumarê e Yansã Ygbalé, ele é o Orixá que entra na Mata da Morte e sai sem temer Egun e Ikú (a própria morte) tem quizila com Oxum e não entra no Xirê de Oxum. É feiticeiro, tribal, sendo cultuado como o pajé da tribo, nas suas danças faz um bailado arcando seu corpo apoiando em seu cajado, que tem poderes mágicos, é muito temido e respeitado, traz o iru kere (cetro com rabo de cavalo, boi ou búfalo, que ele usa para manejar os espíritos da floresta).

segunda-feira, 3 de março de 2014

Òya ìgbàlè





Para um melhor entendimento e compreensão deste caminho de Òya, julgo necessário obter o devido conhecimento da palavra Ìgbàlè.

A palavra Ìgbàlè significa – pequena mata, lugar sagrado; tem a conotação de “A Floresta Sagrada dos Egúngun” ou “O Bosque Sagrado dos Ancestrais”. O mito relata que:
“..Em épocas muito remotas, havia na cidade do Oyó um fazendeiro chamado Alapini, que tinha três filhos chamados Ojéwuni, Ojésamni e Ojérinlo. Um dia Alapini foi viajar e deixou recomendações aos filhos para que colhessem os inhames e os armazenassem, mas que não comessem um tipo especial de inhame chamado ihobia, pois ele deixava as pessoas com uma terrível sede. Seus filhos ignoraram o aviso e o comeram em demasia. Depois, beberam muita água e, um a um, acabaram todos morrendo.
Quando Alapini retornou, encontrou a desgraça em sua casa. Desesperado, correu ao Bàbáláwo, que consultou o oráculo de Ifá. O sacerdote indicou que, após o l7º dia fosse ao ribeirão do bosque e executasse o ritual que foi prescrito no jogo. Ele deveria escolher um galho da árvore sagrada atori e fazer um “bastão de invocação” do qual deveria ser denominado de isan. Na margem do ribeirão, deveria bater com o bastão na terra e chamar pelos nomes dos seus filhos, que na terceira vez eles apareceriam. Mas ele também não poderia esquecer de antes fazer certos sacrifícios e oferendas.
Assim ele o fez; seus filhos apareceram. Mas eles tinham rostos e corpos estranhos; era então preciso cobri-los para que as pessoas pudessem vê-los sem se assustarem. Pediu que seus filhos ficassem na floresta e voltou à cidade. Contou o fato ao povo, e as pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos.
Deste dia em diante ele poderia ver e mostrar seus filhos as outras pessoas; as belas roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente suas condições de mortos. Alapini e seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai, deveria ser “acomodado” os fundamentos do culto e denominado de ojúgbò – Altar, no mesmo local do primeiro encontro, ou seja no Igbó Ìgbàlè, ali seriam feitas as oferendas e os sacrifícios e onde as roupas deveriam permanecer guardadas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse através do ritual do bastão.
Seguindo o pacto e as instruções do Babalawo, de que sempre que os filhos morressem fosse realizado o ritual após o l7º dia, pais e filhos para sempre se encontraram. “E para os filhos que ainda não tiverem roupas, é só pedir às pessoas que elas as farão com imenso prazer”.
Assim sendo, poder-mos-ia interpretar Òya Ìgbàlè como “A Senhora da Floresta Sagrada dos Ancestrais”.
Se um dos atributos de Òya em sua pura essência é o “Espírito do Vento”, neste caminho ela é denominada de “O Vento da Morte, A Regente do Vento Invisível dos Egúngun” Òya Ìgbàlè é a divindade que Olódúmarè outorgou o direito de controlar os espíritos dos seres humanos quando desencarnados.

Ela tem que assegurar que nosso espírito, de uma forma ou de outra, não seja prejudicado nesta “transição” tão delicada.

Há ‘tradicionalistas modernos’ que dizem que o conhecido ‘Déjà Vu’ a esta divindade pertence.
Oduleke foi o primeiro caçador a receber os ritos do Asese, celebrado por Òya Ìgbàlè. Até então este rito era somente destinados aos caçadores, para somente depois ser designado a todos os iniciados e consagrados ao Culto do Òrìsà e Egún. Uma de suas principais características, esta em sua lealdade para com seus seguidores.

Quando Òya Ìgbàlè acompanha seus seguidores em uma batalha, invoca seu poderoso exército de Egúngun liderado por um dos mais temíveis Ancestrais Baba Ajimuda. Os mitos relatam que nesta batalha Òya Ìgbàlè cobre o rosto com uma mascara para ocultar a face da destruição. Na diáspora, esta mascara foi substituída pela pintura de efun do qual cobre por completo o rosto de Òya Ìgbàlè e que ninguém deve dirigir o olhar diretamente a ela, mesmo que esta cerimônia seja realizada no escuro.

No Novo Mundo Òya Ìgbàlè passa a morar no Ile Awo – A casa do Segredo, mas especificamente no Ile Sanyin ou popularmente conhecido com Lesanyin quando cultuada no Culto de Lese Egún e no Ile Ibo Aku quando cultuada em Lese Òrìsà. Sua representação material e seus atributos diferem de um lugar para outro, porém seu maior segredo se mantém em igualdade em ambos os cultos.
Òya é evocada para Proteção contra ataques de perversos ou Iku / Egun, atrair amores, fertilidade na esterilidade, saúde das trompas, vendas de todos os tipos, melhorias no comércio, atrair clientes, tomar iniciativa, faxina espiritual e varrer os espíritos perversos.
oloje iku ike obarainan

EBO DE OKARAN A EJIBÉ-----


  •         Èsú  e odúm 



  1. Foto





 adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação, prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito prisão, acidentes, feitiços, com os caminhos fechados, enfim, ruína.
·         cliente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer èbó, para retirar as perturbações, e para que Èsú trabalhe em sua defesa.
·         quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa.
·         quando a regência for de ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranqüilo, terá seu caráter amenizado.
·         quando sair no jogo, deverá ser despachado a porta, com uma quartinha usada para esse fim.
·         presente deverá ser entregue em lugar alto, encruzilhada aberta do lado esquerdo, fazer Oriki, Ofó ÈSÚ, e, tudo que se fizer para ÒKÒNRÓM, deverá ser feito para ONA, ORITÁ e ODARA.
·         na volta do presente, dar comida a SANGÓ AIRÁ, OYA e ÒSÀLÀ, também em lugar alto.

Foto





**6 BUZIOS ABERTOS- ÒBÁRÁ-**2parte 6 BUZIOS ABERTOS- ÒBÁRÁ

- As pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado, portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem.
- as pessoas regidas por esse ODÚ, possuem grandes idéias e passam boa parte de sua vida tentando realizá-las e dificilmente encontram meios de como começar, algumas vezes, ou na maioria fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro, e as pessoas acabam vencendo pela força de vontade, devido a possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente. São batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros ODÚ, que se dobram a ÒBÁRÁ. Se, numa situação difícil, procurarem o auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.
- se cair 3 vezes seguidas, é sinal de perdas totais.
- se 3 ou 4 vezes, também passa a suspeita de ligação com Abiku porém essa situação não quer dizer que o consulente seja Abiku, mas que tenha contato (pai, mãe, filho, esposa, marido, irmão (ã).
Obs.:
6 6
+ 9 – quer dizer feitiços + 6 – indicação de
7 perdas totais
- quanto ao presente, deverá ser colocado numa pedra em lugar alto, dentro de uma mata.
- na volta dar um amalá para SANGO, acarajé para OYA, além de comida para ÈSÚ e ÒSÁLÁ.

Presente às IYAMI,Presente às IYAMI=========

- Presente às IYAMI
(para se livrar de invejas, feitiços, enviados por 3°)
5 bolos de farinha 5 bolos de arroz
5 ovos 5 moedas 5 velas acesas ao redor
alguidar morim branco
- Colocar no pé de uma jaqueira, 1° o pano, o alguidar, o cliente deverá apenas tocar as coisas na testa e no peito e colocar no alguidar. Isto poderá ser feito tanto no amanhecer quanto no entardecer.
- quanto ao presente, entregar na cachoeira em lugar alto, na volta dar comida a ÒSUN, Osòósi e YEMONJA, fazendo ÒRÍKÍ de cada um.

Sua doação irá nos ajudar a manter nosso espaço Orossi em funcionamento e torná-la mais útil para você.

sábado, 1 de março de 2014

Quem são as Guardiãs Pombas Gira?






























Se os Guardiões Exus são marginalizados, mais ainda são as senhoras Guardiãs Pombas Gira.
Há muitas pessoas que as associam com prostitutas, ou simplesmente, mulheres que gostam de se expor aos homens e sedentas por sexo. As distorções e preconceitos são características dos seres humanos quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Essas nossas irmãs em Deus nada mais são que espíritos desencarnados, que como os Exus, viveram na Terra e hoje, por afinidade fluídica, militam como mais uma corrente de trabalho portentosa dentro da Umbanda.
Não temos culpa se certos “médiuns” medíocres dão passividade para quiumbas ou mesmo fingem uma incorporação de uma Guardiã Pomba Gira, para serem aceitos e terem suas opiniões e mesmo trejeitos aceitos pela comunidade religiosa. Com certeza, exteriorizam somente aquilo que suas mentes doentias acham serem certos.
Dentro da hierarquia das Guardiãs Pombas Gira, estão divididas em níveis diversas outras Pombas Gira, da mesma forma que as demais legiões. É claro que em alguns casos podem ocorrer que uma delas em alguma encarnação tivesse passado pela experiência dolorosa de ser uma prostituta, mas, isso não significa que as Guardiãs Pombas Gira tenham sido todas prostitutas e que assim agem. As que foram, hoje estão integradas na Umbanda, a fim de realizarem a grande reforma íntima através da caridade e do mediunismo redentor.
Não se torna uma Guardiã Pomba Gira pelo simples fato de se ter errado perante as Leis Divinas. Afinal, quem nunca errou na vida? Ser uma Guardiã Pomba Gira exige preparo, conhecimento, magia, discernimento e muito amor. É mais uma corrente de trabalho espiritual na Umbanda, onde espíritos seletos atuam na faixa vibratória que mais se afinizam.
As Guardiãs Pombas Gira não são a representação da sexualidade e nem da sensualidade, mas sim frenam os desvios sexuais dos seres humanos e direcionam essas energias para a construção da espiritualização, evitando a destruição espiritual e material de cada ser.
A sensualidade desenfreada destrói o homem: a volúpia. Este vício moral é alimentado pelos encarnados e desencarnados pela invigilância das Leis de Deus, criando um ciclo ininterrupto, caso as Pombas Gira não atuem neste campo emocional, frenando-o e redirecionando-o.
As Guardiãs Pombas Gira são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São executoras da Lei.
Cabem as Guardiãs Pombas Gira esgotar os vícios ligados ao sexo, equilibrando o ser humano.
Gostaríamos de salientar que as Guardiãs Pombas Gira não são Exus fêmeas como dizem muitas das literaturas encontradas, mas sim, é mais uma das hierarquias de Deus;
Tudo que se refere ao estudo sobre os Guardiões Exus vale também para as Guardiãs Pombas Gira, ou seja, elas se manifestam na Umbanda através de espíritos incorporados as suas hierarquias. Elas são elementos mágicos ativados através de oferendas e elementos religiosos quando ativados num Templo. Também são agentes da Lei de Deus que podem ser ativadas pela Lei Maior. Os Guardiões Exus vitalizam/desvitalizam, as Guardiãs Pombas Gira esgotam o emocional ou despertam o desejo.
As Guardiãs Pombas Gira de Trabalho são tão maravilhosas quanto os Guardiões Exus. Elas realizam curas até mesmo de enfermidades dadas como incuráveis, desmancham trabalhos de magia negra, resolvem problemas, nos dão conselhos preciosos de como bem dirigir nossas vidas, enfim, fazem tudo pelas pessoas bem intencionadas que as procuram para a prática da caridade. È uma pena que ainda existam pessoas que as procuram somente para desmanchar relacionamentos amorosos ou conquistar alguém.
Como nossos irmãos Guias Espirituais, os Guardiões Exus, e as Guardiãs Pombas Gira, quando terminarem o círculo de trabalhos espirituais e permanência nas correntes de trabalho na Umbanda irão para uma faixa de espiritualidade superior, e serão conduzidas pelas Leis do Eterno Amor para o seu verdadeiro destino, a sua perfectibilidade e a verdadeira e eterna felicidade nas moradas do Senhor. Por isso, considerando que as Guardiãs Pombas Gira são criaturas como nós, filhos de Deus, considerando que bem orientadas por Orixás, e Guardiãs Pombas Giras de Lei trabalhem somente para o bem, devemos tratá-las com todo carinho, respeito, procurar compreendê-las e conduzi-las (as não esclarecidas. As que estão iniciando o seu caminho rumo a espiritualidade maior) para o caminho da redenção.

A Legião das Guardiãs Pombas Gira atuam:

• Nas descargas para neutralizar correntes de elementares/elementais vampirizantes, bem conhecidos como súcubus e íncubos, que atuam negativamente, por meio do sexo, fazendo de suas vitimas verdadeiros escravos das distorções sensuais.

• Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribunais do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.

• Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.

• Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos.

• Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece.

• Trabalham no combate das viciações que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.

• Fazem à proteção dos Templos onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

• Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados, trazem a serenidade mental, onde os Sagrados Orixás atuam, pois quem não sabe o que pensa, não sabe o que diz.

• Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus conscienciais luminosos perante a espiritualidade maior, equilibrando-os, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.

• A Guardiã Pomba Gira, como entidade de trabalho, não são e nunca foram espíritos lascivos, tenebrosos, viciados, atrasados e maldosos, como muitos querem doutrinar.

• A Guardiã Pombas Gira atuam no combate aos quiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas e viciantes; nas cobranças e nos reajustamentos emotivos e passionais; nas cobranças da Lei Divina (carma); nas emoções e nas ações dos indivíduos.

• As Guardiãs Pombas Giras conhecem profundamente os mais íntimos segredos dos seres humanos e que apesar dos absurdos em seus nomes, ainda assim, nos auxiliam a evoluir, esperando pacientemente à hora de nossa maturidade.

• A Guardiã Pombas Gira são valorosas Guardiãs da Antiga Sabedoria, da Tradição da Umbanda. Não são vulgares. São guerreiras, heroínas, protetoras e grandes magas.

 

SER GUARDIÃ POMBA GIRA….

SER GUARDIÃ POMBA GIRA….
• Ser Guardiã Pomba Gira é viver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.

• Ser Guardiã Pomba Gira é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva.

• Ser Guardiã Guardiã Pomba Gira é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera.

• Ser Guardiã Pomba Gira é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é ser enganada e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda.

• Ser Guardiã Pomba Gira é estar em mil lugares de uma só vez, é fazer mil papéis ao mesmo tempo, é ser forte e fingir que é frágil pra ter um carinho.

REVELAÇÃO DE UMA GUARDIÃ POMBA GIRA





Mensagem psicofônica da Senhora Pomba Gira Sete Encruzilhadas – Médium: Luely Figueiró

Nós andamos agitadas nas encruzilhadas, não estamos gostando do que certos escritores mal informados, que apenas cruzam pelos terreiros e que nem possuem a experiência de incorporação ou de trabalhos dentro da curimba de uma Pomba Gira, se arvoram em falar sobre nossa corrente, sobre nossos trabalhos.
Nos comentam como se fossemos lixo do astral ou menos espíritos apaixonados. Como se bastasse apenas nos oferecer elementos físicos, grosseiros materiais, para fazermos a vontade de todas as criaturas da face da Terra.

Pessoas que escrevem sem possuir o menor gabarito espiritual para comentar os mistérios da hierarquia de um espírito.
Nós estamos realmente agitadas no espaço que ocupamos e muito trabalhamos para formar a corrente deste aparelho, para que ela pudesse verdadeiramente receber a vibração e o ensinamento de todo o trabalho de uma Pomba Gira. Vocês não duvidem e não confundam as coisas que vocês vêem por aí. Aprendam se quiserem a ter o merecimento da proteção e do trabalho de uma Pomba Gira, seus giras.
Pomba Gira é gente já com gabarito de incorporação no exército divino, e quem já se encontra incorporado, como elemento deste exército, para a elaboração de evoluções maiores; não é sofredor nem lixo do espaço e nem desavisado e muito menos apegado a elementos tão físicos e baixos como querem nos apregoar.
Tenham mais humildade para aceitar as coisas do grandioso Senhor, que elabora no dia-a-dia a evolução dos universos siderais e não só o vosso.
Não pensais, pois, que sois o centro do universo, porque não sois não. Em todas as horas, em todos os momentos, o grande Senhor nos envia provas através, até mesmo, de aparelhos mediúnicos que nos deixam perplexos, bestializados com os que eles fazem como simples aparelhos e nada mais.
Porque eles são meros veículos de forças maiores; aqui, neste planeta, somos espíritos de certa envergadura, com milênios de aprendizado; nos chamam de Pomba Gira; poderiam ter-nos colocado outros nomes, não importam os nomes que nos tenham colocado.
Nós vos saudamos aqui na Terra, com esta indumentária; respeiteis e saibais compreender nossa natureza espiritual, para que não sejam publicadas aberrações que visem apenas ao comércio medíocre sobre o trabalho sagrado e santificante que traçamos para evolução de todos os paranormais em comunicação conosco.
Isto é de rara importância para todos aqueles que dirigem seus médiuns, seus filhos.
É de rara importância, queridos, que coloqueis sempre a vossa destra sobre os nossos enviados, filhos de Santo, com uma certa humildade e conhecimento de que todos os irmãos que se comunicam através de sua coroa são espíritos já incorporados num exército divino para elaborar uma tarefa de amor e fraternidade e de respeito por vossas vidas e não de desrespeito, porque este sempre parte de vós e não de nós.
Se existem nos planos do baixo astral desrespeitosos Eguns, é porque daqui partiram assim sem o merecimento de serem incorporados em nossas milícias. São esses pobres vagabundos do astral menor que necessitam mais de orações e caridade.
Vós, como chefes de terreiro e guias menores da Terra, que colocais sobre o peito montões de colares para assim serem reconhecidos, pois sois vós que devereis organizar os trabalhos. Sim, de mãos interpostas conosco, os irmãos do outro lado.
Para estes Eguns e sofredores, estes vagabundos, desairosos e desvairados dos espaços, sejam socorridos e não enlameados com vossos propósitos mesquinhos.
Muitas vezes, tomados por vossas vaidades, não sabeis reconhecer quem pisa dentro de vosso terreiro.
Aquele que é sofredor, aquele que é um mistificador de uma Pomba Gira verdadeira.
Porque a vossa vaidade vos cobre os olhos e vosso peito envergado de tantas “guias” não vos permite ver; cuidado…
Por hoje é só.