sexta-feira, 30 de maio de 2014

SIGNIFICADOS E INTERPRETAÇÃO DE ÒTURÁ – MEJI.










Alafia é o 15º Odu no jogo de búzios e o 13º na ordem de chegada do sistema de Ifá, onde é conhecido pelo nome de Otura Meji.
Responde com 16 búzios abertos.
Em Ifá, é conhecido entre os Fon (Jeje), como “Tula Meji”, “Otula Meji” ou “Otura Meji”.
Em Yoruba é denominado por vezes, “Otuwa”, que significa: “Té estas de volta”. É conhecido também, pelo nome de “Alafia”. O termo Yoruba mais comum é “Otura Meji”, que evoca a idéia de separar, desligar, apartar.
Otura Meji é o mestre das línguas, indica quando alguém tem duas palavras, aquele que cai sob este Odu costuma ser muito falador.
Sua representação em Ifá é:

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Alafia é um Odu composto pelos Elementos Ar sobre Fogo, com predominância do primeiro, o que indica a hesitação do ser, diante do domínio dos instintos. É a fêmea que, desejando se entregar finge resistir. É o devaneio, a vocação artística influenciada pelo sentimentalismo e pelo amor.
É um Odu muito bom, sempre pronto a beneficiar e que responde afirmativamente, embora prenunciado tempo variável. Alafia rege as raças humanas (exceto a raça negra), a palavra, as roupas longas, a cegueira, a mendicância, as disputas, o grande caramujo eje, os esquilos, a tartaruga terrestre (ajapá) e os animais inofensivos.
Fala das raças humanas diferentes da negra, principalmente dos muçulmanos.
Como mestre das línguas, indica quando alguém tem duas palavras e empresta o poder a eloqüência aos seus filhos. Tem o domínio da boca e, como Legba, diz coisas boas e más. Morfologicamente, representa dois braços abertos, uma vulva pronta a ser penetrada, uma possibilidade de conquista e de prazer, uma acolhida afetuosa e sincera.
Sua influência no corpo humano pode provocar inércia da vida celular ou disfunções fisiológicas, apatia dos órgãos e relaxamento patológico dos tecidos.
Suas cores são o azul, o branco e o dourado, gostando muito de tudo o que é estampado com estas três cores. É um Odu feminino, representado esotericamente por um busto humano, trajando uma blusa especial, chamada anteriormente de “nahwami” é conhecida atualmente como “Kansã”.
Esta blusa é usada no Abomei, somente pelos ministros do rei e seus soldados, não devem ser confundidas com o woduwu (fon) ou agbada (Yoruba), usado pelo rei, pelo grande Bokono do rei e por algumas poucas personalidades sacerdotais.
Antes de falar em Oturá alguns advinhos dizem: “Otwa, Otwa, Otwa a difa fun nun”.
(sentença que será explicada mais adiante).

SAUDAÇÕES DE OTURÁ
Em Fon: Mi kan Tula Meji,
Nunshe ma do azo lin e o!
Tradução: Nós saudamos Otura Meji,
Que as palavras de sua boca, jamais sejam para nos acusar!
Em Nago: Ejobe Baba
Mu dilonã!

OTURÁ EM IRE:
Quando em Ire, Alafia pode indicar, principalmente: Vocação artística, sinceridade no amor, amor correspondido, sabedoria, conquista de alguma coisa, prazeres, acolhimento afetuoso, sinceridade.

ALAFIA EM OSOGBO:
Em Osogbo, este Odu pode indicar: Domínio dos instintos (as necessidades físicas sobrepujando a razão e induzindo ao erro); falta de determinação para dizer não; pessoa de caráter dúbio, de duas caras, sem palavra.
Neste Odu falam as seguintes Divindades:
Orisá (Nagô): Òba, Yewá, Osunmarè, Yemonjá, Ògún, Obaluwaiyè.

INTERDIÇÕES DE OTURA:
Alafia proíbe aos seus filhos: Possuir um cão ou tê-lo próximo de si, comer galo, milho assado, inhame pilado, carne de porco e carne de tartaruga. Portar facas ou armas brancas, vestir agbada, fazer uso de tabaco e ser indiscreto.
Recomenda-se a seus filhos, dar esmolas generosas e, quando possível, ter perto de si, um destes pequenos altares que os muçulmanos utilizam para fazerem suas preces.

SENTENÇAS DE O TURÁ:
(1) Tuwa, Tuwa, Tuwa! Este é o Odu que consulta Ifá para a boca.
(2) Otura Meji! Um muçulmano não pode reverenciar a ninguém.
(3) Nós vimos duzentos muçulmanos e seus sapatos eram uns números de quatrocentos. Nós vimos quatrocentos e cinqüenta búfalos, e seus chifres eram em número de novecentos e sessenta. A Serpente não pode penetrar no seio da floresta onde se encontra Dã Ayidohwedo.
(4) O mesmo bico que come o milho, serve para construir o ninho, não devendo ser usado pra destruí-lo.
(O consulente melhorará de vida, mas suas palavras poderão destruí-lo).
(5) O boi não pode alcançar a Lua e fazer-lhe qualquer mal.
(O inimigo não pode fazer nada contra o consulente, por isto, deve ser deixado para lá).
(6) A folha Adã-mi-na-kpe, veio ao mundo e Se (Mawu), colocou espinhos em suas bordas. A morte que levará o rei de Agwa encontra-se na floresta de Agwa.
(O consulente procura confusão com os outros e a resposta virá de sua própria boca. Suas palavras impensadas provocarão sua própria morte).
(7) Otura Meji, diz: Deus é muito grande!
(O consulente não deverá se escusar de dar esmolas consideráveis).
(8) Gove, a pequena faladeira, provocará, com sua maldade, uma guerra que destruirá o país.
(O consulente encontra-se ameaçado pela maledicência de alguém muito falador).
(9) O índigo existe para tingir o tecido.
(O consulente jamais conhecerá a miséria total).

sábado, 24 de maio de 2014

Obà Siré!QUEZILAS DE AXÉ,BÓRI,,,,O nascimento de Obi por bàbá azánrumji...








O nascimento de Obi por bàbá azánrumji
Obi é um elemento muito importante no culto de Òrìsà. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no òrun (céu).

É um alimento básico e toda vez que é oferecido, seu consumo é sempre precedido por preces.

Foi Òrúnmìlá quem revelou como o Obì (a noz de cola) foi criada.

Quando Olódùmarè descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Èsù era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (A Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Ayè, a única divindade feminina presente), para entrarem em acordo sobre a situação….

Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.

Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olódùmarè abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.

Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.

Pós isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.

Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.

Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.

Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.

Ayè pegou-as e as levou para Olódùmarè, e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.

Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.

No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas.

Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.

Foram então até Olódùmarè para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível.

Quando ninguém sabia o que fazer, Elénini, a divindade do Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as frutas.

Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela.

Elénini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias.

Depois, ela começou a comer as nozes cruas.

Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.

Após isso, ela levou as frutas para Olódùmarè e disse a todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.

Deus então decretou que, já que tinha sido Elénini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu decodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecido primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.

Olódùmarè também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.

Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olódùmarè e tinha duas peças.

Ele pegou uma e deu a outra para Elénini, a mais antiga divindade presente.

A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer à árvore da noz de cola.

A próxima tinha quatro peças e incluía assim Ayè, a única mulher que estava presente na cerimônia.

A próxima tinha cinco peças e incluiu Òrìsà-Nla.

A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.

A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.

Ayè então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada.













Da fusão da palavra Bó, que em Ioruba significa oferenda, com Ori, que quer dizer cabeça, surge o termo Bori, que literalmente traduzido significa “ Oferenda à Cabeça”. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode-se afirmar que o Bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu Bori é (Iésè órìsà).

Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu Ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido as suas próprias potencialidades. Odú é o caminho pelo qual se chega à plena realização de Orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas dos outros. Cada um, como ensina Orunmilá – Ifá, deve ser grande no seu próprio caminho, pois, embora se escolha o Orí antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida.

Exú, por exemplo, mostra-nos a encruzilhada, ou seja, revela que temos vários caminhos a escolher. Ponderar e escolher a trajectória mais adequada é a tarefa que cabe a cada Orí, por isso, o equilíbrio e a clareza são fundamentais na hora da decisão e é por intermédio do Bori que tudo é adquirido.

Os mais antigos souberam que Ajalá é o Orixá funfun responsável pela criação de Orí. Desta forma, ensinaram-nos que Oxalá deve ser sempre evocado na cerimónia de Bori. Iemanjá é a mãe da individualidade, e por essa razão está directamente relacionada com Orí, sendo imprescindível a sua participação no ritual.

A própria cabeça é a síntese dos caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciação (que são únicas e acabam, muitas vezes, configurando-se como sinónimos) começam no Orí, que ao mesmo tempo aponta para as quatro direcções.

OJUORI – A TESTA

ICOCO ORI – A NUCA

OPA OTUM – O LADO DIREITO

OPA OSSI – O LADO ESQUERDO

Desta mesma forma, a Terra também é dividida em quatro pontos: norte, sul, este e oeste; o centro é a referencia, logo, todas as pessoas se devem colocar como o centro do mundo, tendo à sua volta os quatro pontos cardeais: os caminhos a escolher e a seguir. A cabeça é uma síntese do mundo, com todas as possibilidades e contradições.
Em África, Orí é considerado um Deus, aliás, o primeiro que deve ser cultuado, mas é também, juntamente com o sopro da vida (emi) e o organismo (ese), um conceito fundamental para compreender os rituais relacionados com a vida, como o Axexê (asesé). Nota-se a importância destes elementos, sobretudo o Orí, pelos Orikis com que são invocados.

O Bori prepara a cabeça para que o Orixá se possa manifestar plenamente. Entre as oferendas que são feitas ao Orí algumas merecem menção especial.

É o caso da galinha de Angola, chamada Etun ou Konkém no Candomblé; ela é o maior símbolo de individualização e representa a própria iniciação. A Etun é adoxu (adosú), ou seja, é feita nos mistérios do Orixá. Ela já nasce com Exú, por isso se relaciona com o começo e com o fim, com a vida e a morte, por isso está no Bori e no Axexê.

O peixe representa as potencialidades, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade o seu próprio caminho. As comidas brancas, principalmente os grãos, evocam fertilidade e fartura. Flores, que aguardam a germinação, e frutas, os produtos da flor germinada, simbolizam a fartura e a riqueza.

O pombo branco é o maior símbolo do poder criador, portanto não pode faltar. A noz cola, isto é, o obi é sempre o primeiro alimento oferecido a Ori; é a boa semente que se planta e se espera que dê bons frutos.

Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranquilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao Orí de cada um eleger as prioridades e, uma vez cultuado como deve ser, proporciona-as aos seus filhos.

Nunca se esqueça: Orixá começa com Orí.













-Colocar branco na sexta-feira 
-Não deixar passar com fogo nas nossas costas
- Não comer peixe de pele ( só comer peixe de escamas )
- Não comer aranhola (carangueijo)
- Não comer em pé onde se tem Exu assentado
- Não beber em bico de garrafa,no gargalo
- Não tomar café sem pires e nuca tomar café as sextas feiras
- Não comer em ponta de mesa
- Não comer bertalha até os 3 anos de iniciado
- Bico de chaleira sempre para frente do fogão
- Cabo de panela nunca fica para fora do fogão
-Não bater com a colher de pau na panela
- Não usar roupas pretas ou vermelhas
- Evitar cemitérios
- Não comer a comida queimada do fundo das panelas
- Não comer as pontas : cabeças, pés e asas de aves
- Não jurar pelo orixá falando uma mentira
-Quando estiver em dúvida sobre uma qualidade de Orixá, não coloque azeite de dendê no Okutá do santo.
-Os búzios para assentamento de Santo ( Orixá ) são sempre Abertos.
-Nunca se faz um Santo sem dar presente à Osanyin e aos ancestrais.
- Não comer muçum, ou arraia ( quizila de Oxun )
- Não comer carambola ( pertence a Egun )
- Evitar abacaxi ( quizila de Omolu )
- Evitar comer carne de porco ( quizila de Omulu )
- Evitar manga-espada ( quizila de Ogun )
- Evitar manga-rosa ( quizila de Yasán )
- Evitar tangerina ( quizila de Oxóssi )
- Não comer caça ( quizila de Oxóssi )
- Evitar carne de pato ( quizila de Yemanjá )
- Evitar carne de ganso ( quizila de Oshumarê )
- Não ter em casa penas de pavão ( tiram a sorte )
- Evitar côco ( quizila de Oxóssi )
- Evitar melancia ( quizila de Oxun )
- Evitar fubá de milho ( quizila de Oxóssi )
- Evitar aipim ou mandioca ( pertencente a Egun )
- Não comer taioba ( quizila de Anamburucu )
- Evitar ovos ( quizila de Oxun )
- Nunca se fala cuscuzeiro nem cuscuz, para não revoltar Obaluayiê e Omulu fala-se agerê e bolo branco.
.-Filho de Oxóssi não come milho vermelho, nem milho verde.











Obá é um Orixá ligado à água, guerreira e pouco feminina. As suas roupas são vermelhas e brancas, usa um escudo, uma espada e uma coroa de cobre.
0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas.
Obá é um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela.
Obá é a mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.

Obá filha de Iemanjá e Oxalá. Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protectora do poder feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.

Embora Obá se tenha transformado num rio, é uma deusa relacionada ao fogo.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

erva que banha estrumento magicos


pariparoba , erva de xangó e oxossi ussa em banhos de lavagem de contas.dedo Exu erva pra si lavar estrumamentos mágicos.







quinta-feira, 15 de maio de 2014

OSUM

quinta-feira, 8 de maio de 2014

NASCIMENTO DO 17º ODU








Esù ÓjìsèbòUma História de Revelações e Sabedoria.Essa história revela o nascimento do 17o. Odù, como e de onde nasceu Òsetùwá, em decorrência, veremos a analise através de como Èsù se tornou Èsù Òsijè-Ebó, o transportador e encarregado de encaminhar as oferendas entre a terra e o òrun.Quem deveria consultar o porta-voz-principal-do-culto-de-Ifá; a nuvem esta pendurada por cima da terra...Bábálàwó dos tempos imemoriais;Os "siris" estão no rio; a marca do dedo requer Yèréòsùn (pó sagrado de Ifá).Estes foram os Bábálàwó que jogaram Ifá para os quatrocentos Irúnmolè, senhores do lado direito, e jogaram Ifá para os duzentos malè, senhores do lado esquerdo. E jogaram Ifá para Òsun, que tem uma coroa toda trabalhada de contas, no dia em que ele (Òsetùá) veio a ser o décimo sétimo dos Irùnmolè que vieram ao mundo, quando Òlódumàrè enviou os òrìsà, os dezesseis, ao mundo, para que viessem criar e estabelecer a terra.E vieram verdadeiramente nessa época. As coisas que Òlódumàrè lhes ensinou nos espaços do òrun constituíram nos pílares de fundação que sustentam a terra para a existência de todos os seres humanos e de todos os ebora. Olódumàrè lhes ensinou que quando alcançassem a terra, deveriam abrir uma clareira na floresta, consagrando-a de Orò, o Igbó Orò. Deveriam abrir uma clareira na floresta, consagrando-a a Eégún, o Igbó Eégún, que seria chamado Igbó Òpá. Disse que deveriam abrir uma clareira na floresta consagrando-a a Odù Ifá, o Igbó Odù, onde iriam consultar o oráculo a respeito das pessoas.Disse ele que deveriam abrir um caminho para os Òrìsà e chamar esse lugar de Igbó Òrìsà, floresta para adorar os òrìsà. Olódumàrè lhes ensinou a maneira como deveriam resolver os problemas de fundação (assentamento) e adoração dos ojóbo (lugares de adoração) e como fariam as oferendas para que não houvesse morte prematura, nem esterilidade, nem infecundidade, que não houvesse perda, nem vida paupérrima, não houvesse nada de tudo isso sobre a terra. Para que as doenças sem razão não lhes sobrevivessem, que nenhuma maldição caisse sobre eles, que a destruição e a desgraça não se abatessem sobre eles.Olódumàrè ensinou aos dezesseis òrìsà o que eles deveriam realizar para evitar todas as coisas. Ele os delegou e enviou à terra, a fim de executarem tudo isso. Quando vieram ao òde àiyé, a terra, fundaram fielmente na floresta o lugar de adoração de Orò, o Igbá Orò. Fundaram na floresta o lugar de adoração de Eégún. Fundaram na floresta o lugar de adoração de Ifá que chamamos Igbódù. Também abriram um caminho para os òrìsà, que chamamos igbóòòsa.Executaram todos esses programas visando a ordem.Se alguém estava doente, ele ia consultar Ifá ao pé de Òrúnmìlá. Se acontecia que Eégún poderia salvá-lo, dir-lho-iam. Seria conduzido ao lugar de adoração na floresta de Eégún ao Igbó-Igbàlè, para que ele fizesse uma oferenda para Egúngún. Talvez que um de seus ancestrais devesse ser invocado como Eégún, para que o adorasse, a fim de que esse Eégún o protegesse. Se havia uma mulher estéril, Ifá seria consultado, a respeito dela, a fim de que Orúnmìlà pudesse indicar-lhe a decocção de Òsun, que ela deveria tomar. Se havia alguém que estava levando uma vida de miséria, Orúnmìlà consultaria Ifá, a respeito dele. Poderia ser que Orò estivesse associado à sua própria entidade criadora. Orúnmìlà diria a essa pessoa que é a Orò que ela devia adorar. E ela seria conduzida à floresta de Orò.Eles seguiram essa prática durante muito tempo.Enquanto realizavam as diversas oferendas, eles não chamavam Òsun. Cada vez que iam a floresta de Eégún, ou à floresta de Orò, ou à floresta de Ifá, ou à floresta de Òòsà, a seu retorno, os animais que eles tinham abatido, fossem cabras, fossem carneiros, fossem ovelhas, fossem aves, entregavam-nos a Òsun para que ela os cozinhasse.Preveniram-na que quando ela acabasse de preparar os alimentos, não devia comer nenhum pouco, porque deviam ser levados aos Malè, lá onde as oferendas são feitas.Òsun começou a usar o poder das mães ancestrais - àse Iyá-mi - e a estender sobre tudo o que ela fazia esse poder de Iyá-mi-Àjé, que tornava tudo inútil.Se se predissesse a alguém que ele ou ela não fosse morrer, essa pessoa não deixava de morrer. Se fosse proclamado que uma pessoa não sobreviveria, a pessoa sobreviveria. Se se previsse que uma pessoa daria à luz um filho, a pessoa tornava-se estéril. Um doente a quem se dissesse que ele ficaria curado não seria jamais aliviado de sua doença.Essas coisas ultrapassavam seu entendimento, porque o poder de Olódumàre jamais tinha falhado. Tudo que Olódumàre lhes havia ensinado eles o aplicava, mas nada dava resultado. Que era preciso fazer ?Quando se congregaram numa reunião, Orúnmìlà sugeriu que, já que eles eram incapazes de compreender o que se estava passando por seus próprios conhecimentos, não havia outra solução senão consultar Ifá novamente.Em consequência, Orúnmìlà trouxe seu instrumento adivinhatório, depois consultou ifá. Contemplou longamente a figura do Odù que apareceu e chamou esse Odù pelo nome de òsetùá.Ele olhou em todos os sentidos. A partir do resultado definitivo de sua leitura, Orúnmìlà transmitiu a resposta a todos os outros Odù-àgbà. Estavam todos reunidos e concordaram que não havia outra solução para todos eles, os òrìsàs-irúnmàlè, senão encontrar um homem sábio e instruído que podesse ser enviado a Olódumàrè, para que mandasse a solução do problema e o tipo de trabalho que devia ser feito para o restabelecimento da ordem, a fim de que as coisas voltassem a normalizar-se, e nada mais interferisse em seus trabalhos.Ele, Orúnmìlà, deveria ir até a Olódumàrè. Orúnmìlà ergueu-se. Serviu-se de seus conhecimentos para utilizar a pimenta, serviu-se de sua sabedoria para tomar nozes de obi, despregou seu òdùn (tecido de ráfia) e o prendeu no seu ombro, puxou seu cajado do solo, um forte redemoinho o levou, e ele partiu até os vastos espaços do outro mundo para encontrar Olódumàrè. Foi lá que Orúnmìlà reencontrou Èsù Òdàrà. Èsù já estava com Olódumàrè. Èsù fazia sua narração a Olódùmarè. Explicava que aquilo que estava estragando o trabalho deles na terra era o fato de eles não terem convidado a pessoa que constitui a décima sétima entre eles. Por essa razão, ela estragava tudo, Olódumàrè compreendeu.Assim que Orúnmìlà chegou, apresentou seus agravos a Olódumàrè. Então Olódumàrè lhe disse que deveria ir e chamar a décima sétima pessoa entre eles e levá-la a participar de todos os sacrificios a serem oferecidos. Porque, além disso, não havia nenhum outro conhecimento que Ele lhes pudesse ensinar senão as coisas que Ele já lhes havia dito.Quando Orúnmìlà voltou à terra, reuniu todos os òrìsà e lhes transmitiu o resultado de sua viagem.Chamaram Òsun e lhe disseram que ela deveria segui-los por todos os lugares onde deveriam oferecer sacrificios. Mesmo na floresta de Eégún. Òsun recusou-se: ela jamais iria com eles. Começaram a suplicar a Òsun e ficaram prostrados um longo tempo. Todos começaram a homenageá-la e a reverênciá-la. Òsun os maltratava e abusava deles. Ela maltratava Òrìsànlá, maltratava Ògún, maltratava Orúnmìlà, maltratava Òsányín, maltratava Orànje, ela continuava a maltratar todo mundo. Era o sétimo dia, quando Òsun se apaziguou. Então eles disseram que viesse. Ela replicou que jamais iria, disse, entretanto, que era possível fazer uma outra coisa já que todos estavam fartos dessa história.Disse que se tratava da criança que levava no seu ventre. Somente se eles soubessem como fazer para que ela desse à luz uma criança do sexo masculino, isso significaria que ela permitiria então que ele a substituísse e fosse com eles. Se ela desse à luz uma criança do sexo feminino, podiam estar certos que esta questão não se apagaria em sua mente. Ficariam aí, pedaços, pedaços, pedaços. E eles deveriam saber com certeza que esta terra pereceria; deveriam criar uma nova. Mas se ela desse a luz a um filho-homem, isso queria dizer que, evidentemente, o próprio Olórun os tinha ajudado.Assim apelou-se para Òrìsàlá e para todos os outros òrìsà para saber o que deveriam fazer para que a criança fosse do sexo masculino. Disseram que não havia outra solução a não ser que todos utilizassem o poder - àse - que Olódumàrè tinha dado a cada um deles; cada dia repetidamente deveriam vir, para que a criança nascesse do sexo masculino, Todos os dias iam colocar seu àse - seu poder - sobre a cabeça de Òsun, dizendo o que segue."Você Òsun ! Homem ele deverá nascer, a criança que você traz em si!" Todos respondiam "assim seja", dizendo "tó!" acima de sua cabeça...Assim fizeram todos os dias, até que chegou o dia do parto de Òsun. Ela lavou a criança. Disseram que ela deveria permitir-lhes vê-la. Ela respondeu "não antes de nove dias". Quando chegou o nono dia, ela os convocou a todos. Esse era o dia da cerimônia do nome, da qual se originaram todas as cerimônias de dar o nome. Mostrou-lhes a criança, e a pôs nas mãos de Òrìsà. Quando Òrìsàálá olhou atentamente a criança e viu que era um menino, gritou: "Músò"...! (hurra...!). Todos os outros repetiram "Músò".....! Cada um carregou a criança, depois o abençoaram. Disseram "somos gratos por esta criança ser um menino". Disseram "que tipo de nome lhe daremos". Òrìsà disse: "vocês todos sabem muito bem que cada dia abençoamos sua mãe com nosso poder para que ela pudesse dar à luz uma criança do sexo masculino, e essa criança deveria justamente chamar-se À-S-E-T-Ù-W-Á (o poder trouxe ela a nós)" Disseram: "acaso você não sabe que foi o poder do àse, que colocamos nela, que forçou essa criança a vir ao mundo, mesmo se antes ela não queria vir à terra sob a forma de uma criança do sexo masculino? Foi nosso poder que a trouxe à terra". Eis por que chamaram a criança de Àsetùwà.Quando chegou o tempo, Orúnmìlà consultou o oráculo Ifá acerca da criança, porque todos devem conhecer sua origem e destino, colheram o instrumento de Ifá para consultá-lo. Eles o manipularam e o adoraram. Era chegado o momento de consultar Ifá a respeito dele, para saberem qual era seu Odù, para que o pudessem iniciar no culto de Ifá. Levaram-no à floresta de Ifá, que chamamos Igbódù, onde Ifá revelaria que Òsè e Òtùá eram seu Odù. Este foi o resultado que ele deu a respeito da criança. Orúnmìlà disse: "a criança que Òsè e Òtùá fizeram nascer, que antes chamamos de Àsetùwá", disse, "chamemo-la de Òsètùá". Foi por isso que chamaram a criança com o nome do Odù de Ifá que lhe deu nascimento, Òsètùá.Àsetùá era o nome que ele trazia anteriormente. Assim, a criança participou do grupo dos outros Odù, ao ponto de ir com eles a todos os lugares onde se faziam oferendas na terra. Foi assim que todas as coisas que Olódùmàrè lhes tinha ensinado deixaram de ser corrompidas. Cada vez que proclamavam que as pessoas não morreriam, elas realmente sobreviviam e não morriam. Se diziam que as pessoas seriam ricas, elas tornavam-se realmente ricas. Se diziam que a mulher estéril conceberia, ela realmente dava à luz. A própria Òsun deu a essa criança um nome nesse dia. Disse ela: "Osó a gerou (significando que a criança era filho do poder mágico), porque ela mesma era uma ajé e a criança que ela gerou é um filho homem. Disse ela: "Akin Osò", (Akin Osò: poderoso mago; homem bravo dotado de um grande poder sobrenatural) eis o que a criança será !É por isso que eles chamaram Òsetùá de Akin Osò, entre todos os Odù Ifá e entre os dezesseis òrìsà mais anciãos. Depois eles disseram que em qualquer lugar onde os maiores se reunissem, seria compulsório que a criança fosse um deles. Se não pudessem encontrar o décimo sétimo membro, não poderiam chegar a nenhuma decisão, e se dessem um conselho, não poderiam ratifica-lo.Finalmente, aconteceu! Sobreveio uma seca na terra. Tudo estava seco! Não havia nem orvalho! Fazia três anos que tinha chovido pela última vez. O mundo entrou em decadência. Foi então que eles voltaram a consultar Ifá, Ifà àjàlàiyé. (aquele que administra a terra) Quando Orúnmìlà consultou Ifá àjàlàiyé, disse que deveriam fazer uma oferenda, um sacrificio, e preparar a oferenda de maneira que chegasse a Olódùmàrè, para que Olódùmàrè pudesse ter piedade da terra, e assim não virasse as costas à terra e se ocupasse dela para eles. Porque Olódùmàrè não se ocupava mais da terra. Se isso continuasse, a destruição era inevitável, era iminente. Somente se pudessem fazer a oferenda, Olódumàrè teria sempre misericórdia deles. Ele se lembraria deles e zelaria pelo mundo.Foi assim que prepararam a oferenda. Eles colocaram, uma cabra, uma ovelha, um cachorro e uma galinha, um pombo, uma preá, um peixe, um ser humano e um touro selvagem, um pássaro da floresta, um pássaro da savana, um animal doméstico.Todas essas oferendas, e ainda dezesseis pequenas quartinhas cheias de azeite de dendê que eles juntaram nesse dia. E ovos de galinha, e dezesseis pedaços de pano branco puro. Prepararam as oferendas apropriadas usando folhas de Ifá, que toda oferenda deve conter. Fizerram um grande carrego com todas as coisas. Disseram então, que o próprio Èjì-Ogbè deveria levar essa oferenda a Olódumàrè. Ele levou a oferenda até as portas do òrun, mas não, lhe foram abertas. Èjì-Ogbè voltou à terra. No segundo dia Òyèkú-Méji a carregou, ele voltou. Não lhe abriram as portas. Ìwòrí-Méji levou a oferenda, assim fizeram Òdi-Méji; Ìrosùn-Méji; Òwórin-Méji; Òbàrà-Méji; Òkànràn-Méji; Ogúndá-Méji; Òsá-Méji; Ìká-Méji; Òtúrúpòn-Méji; Òtúá-Méji; Ìrètè-Méji; Òsè-Méji; Òfún-Méji. Mas não puderam passar, Olórun não abria as portas. Assim decidiram que o décimo sétimo entre eles deveria ir e experimentar o seu poder, antes que tivessem que reconhecer que não tinham mais nenhum poder.Foi assim que Òsetùá foi visitar certos Babaláwo, para que eles consultassem o oráculo para ele. Esses Babaláwo traziam os nomes de Vendedor-de-azeite-de-dendê e Comprador-de-azeite-de-dendê. Ambos esfregaram seus dedos com pedaços de cabaça. Jogaram Ifá para Akin Osò, o filho de Enìnàre (aquela que foi colocada na senda do bem) no dia em que ele conseguiu levar a oferenda ao poderoso òrun. Disseram que ele deveria fazer uma oferenda; disseram, quando ele acabasse de fazer a oferenda, disseram, no lugar a respeito do qual ele estava consultando Ifá, disseram, ali, ele seria coberto de honras, disseram, sucederá que a posição que ele ali alcançasse, disseram, essa posição seria para sempre e não desapareceria jamais.Disseram, as honras que ele ali receberia, disseram, o respeito, seriam intermináveis.Disseram: "Você verá uma anciã no seu caminho", disseram, "faça-lhe o bem". Assim, quando Òsetùá acabou de preparar a oferenda, seis pombos, seis galinhas com seis centavos e quando estava em seu caminho, ele encontrou uma anciã. Ele carregava a oferenda no caminho que levaria a Èsù, quando encontrou essa anciã na sua rota. Essa anciã era da época em que a existência se originou. Disse: "Akin Osò! à casa de quem vai você hoje ?" Disse: "eu ouvi rumores a respeito de todos vocês na casa de Olófin, que os dezesseis Odù mais idosos levaram uma oferenda ao poderoso òrun sem sucesso".Disse: "assim seja".Disse: "é sua vez hoje?''Disse: "é minha vez".Disse: "tomou alimentos hoje?"Respondeu ele: "eu tomei alimentos".Disse ela "quando você chegar a seu sitio, diga-lhes que você não irá hoje".Disse ela: "Esses seis centavos que você me deu", Disse: "há três dias não tinha dinheiro para comprar comida"Disse: "diga-lhes que você não ira hoje".Disse: "quando chegar amanhã, você não deve comer, você não deve beber antes de chegar ali".Disse: "você deve levar a oferenda". Disse: "todos esses que ali foram, comeram da comida da terra, essa é a razão por que Olórun não lhes abriu a porta!"Quando Òsetùá voltou a casa de Oba Àjàlàiyè, todos os Odù Ifá estavam reunidos lá. Disseram: "você deve estar pronto agora, é sua vez hoje de levar a oferenda ao òrun, talvez a porta seja aberta para você!" Disse ele que estaria pronto no dia seguinte, porque não tinha sido avisado na véspera.Quando chegou o dia seguinte, Òsetùá, foi encontrar Èsù e lhe perguntou o que deveria fazer.Èsù respondeu: "Como! Jamais pensei que você viria me avisar antes de partir". Disse ele: "isso vai acabar hoje, eles lhe abrirão a porta !" Perguntou ele: "Tomou algum alimento?" Òsetùá lhe respondeu que uma anciã lhe tinha dito na véspera que ele não devia comer absolutamente nada. Então Òsetùá e Èsù puseram-se a caminho. Partiram em diração aos portões do òrun.Quando chegaram lá, as portas já se encontravam abertas, encontraram as portas abertas. Quando levaram a oferenda a Olódùmarè e Ele examinou. Olòdumarè disse: "Haaa! Você viu qual foi o último dia que choveu na terra?! Eu me pergunto se o mundo não foi completamente destruido. Que pode ser encontrado lá?" Òsetùá não podia abrir a boca para dizer qualquer coisa. Olódùmarè lhe deu alguns "feixes"de chuva. Reuniu, como outrora, as coisas de valor do òrun, todas as coisas necessárias para a sobrevivencia do mundo, e deu-lhas. Disse que ele, Òsetùá, deveria retornar.Quando deixaram a morada de Olódumarè, eis que Òsetùá perdeu um dos "feixes" de chuva. Então a chuva começou a cair sobre a terra.Choveu, choveu, choveu, choveu....Quando Òsetùá voltou ao mundo, em primeiro lugar foi ver Quiabo. Quiabo tinha produzido vinte sementes. Quiabo que não tinha nem duas folhas, um outro não tinha mesmo nenhuma folha em seus ramos.Voltou-se em diração à casa do Quiabo escarlate, Ilá Ìròkò tinha produzido trinta sementes. Quando chegou a casa de Yáyáá, esse havia produzido cinquenta sementes. Foi então até à casa da palmeira de folhas exuberantes, que se encontrava na margem do rio Awónrin Mogún. A palmeira tinha dado nascimento a dezesseis rebentos. Depois que a palmeira deu nascimento a dezesseis rebentos ele voltou à casa de Oba Àjàlàiyé.Àse se expandia e se estendia sobre a terra. Sêmen convertia-se em filhos, homens em seu leito de sofrimento se levantavam, e todo o mundo tornou-se aprazível, tornou-se poderoso. As novas colheitas eram trazidas dos plantios. O inhame brotava, o milho amadurecia, a chuva continuava a cair, todos os rios transbordavam, todo mundo era feliz.Quando Òsetùá chegou, carregaram-no para montar num cavalo (signo de realeza: só os mais poderosos podem-se permitir a criar ou montar cavalos em País Yorùbá). Estavam mesmo a ponto de levantar o cavalo do chão para mostrar até que ponto as pessoas estavam ricas e felizes. Estavam de tal forma contentes com ele, que o cobriram de presentes, os que estavam em sua direita os que estavam em sua esquerda. Começaram a saudar Òsetùá: "Você é o único que conseguiu levar a oferenda ao òrun, a oferenda que você levou ao outro mundo era poderosa !Disseram, "sem hesitação, rápido, aceite meu dinheiro e ajude-me a transportar minha oferenda ao òrun! Òsetùá! Aceite rápido! Òsetùá aceite minha oferenda!" Todos os presentes que Òsetùá recebeu, os deu todos a Èsù Òdàrà. Quando os deu a Èsù, Èsù disse: "Como!" Há tanto tempo ele entregava os sacrificios, e não houve ninguém para retribuir-lhe a gentileza."Você Òsetùá! Todos os sacrificios que eles fizerem sobre a terra, se não os entregarem primeiro a você, para que você possa trazer a mim, farei que as oferendas não sejam mais aceitáveis".Eis a razão pela qual sempre que os Babaláwo fazem sacrificios, qualquer que seja o Odù Ifá que apareça e qualquer que seja a questão, devem invocar Òsetùá para que envie as oferendas a Èsù. Porque é só de sua mão que Èsù aceitará as oferendas para levá-las ao òrun. Porque quando Èsù mesmo recebia os sacrificios das pessoas da terra e os entregava no lugar onde as oferendas são aceitas, eles não demonstravam nenhum reconhecimento pelo que ele fazia por todos até o dia em que Òsetùá teve de carregar o sacrificio e Èsù foi abrir o caminho apropriado para o òrun, para alcançar a morada de Olódumàrè. Quando se abriram as portas para ele. A qualidade de gentileza que Èsù recebeu de Òsetùá era realmente muito valiosa para ele (Èsù). Então ele e Òsetùá decidiram combinar um acordo pelo qual todas as oferendas que deveriam ser feitas deveriam ser-lhe enviadas por intermédio de Òsetùá. Foi assim que Òsetùá converteu-se no entregador de oferendas para Èsù. Èsù Òdàrà, foi assim que ele se converteu em O portador de oferendas para Olódumàrè, Èsù Òsijé-Ebó, no poderoso òrun. É assim como este Itan

sábado, 3 de maio de 2014

ekedi

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Obàtálá













Oba (rei) alá (branco)
É o Orixá mais velho. Foi o primeiro Orixá criado por Olodumarê e é considerado o de maior valor na hierarquia, principalmente no Brasil com o sincretismo atuante.
Na verdade a importância de todos é equilibrada e mesmo para os brasileiros que tem na figura do orixá Bará situações controvérsias, pode-se observar ao longo dessa missiva que tem o seu poder também colocado em forma de carma para o próprio Obatalá.
O Grande Orixá ou "O Rei do Pano Branco" para os iorubás, criador do mundo, dos homens, animais e plantas.
É o pai de Oxalufan, que por sua vez é o pai de Oxaguian.
Representa a massa de ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação de novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos, presidindo o nascimento, a iniciação e a transição.