quinta-feira, 24 de julho de 2014

TOMAR ÒSU DE UM INICIADO










Esta obrigação é feita para que o espirito do mesmo possa se desprender das coisas que foram iniciadas em seu Òri. Sem esta obrigação o espirito vai continuar vinculado as sua iniciação na terra, causando problemas para seu caminho no mundo espiritual. Em algumas ocasiões, não é possível fazer esta obrigação na cabeça de um iniciado por vários motivos. No dia do ritual fúnebre, o responsável pode fazer esta obrigação em cima de uma representação ali colocada, em uma cuia (cabaça). O valor litúrgico é igual ao feito na cabeça do iniciado. Ori Òdè ( É a cabeça que sai da vagina da mãe e aparece para o Mundo.) Òri Ìnu- É a essência de nossa consciência, esta que segue para o Òrun se encontrar com Òri Sésé. Estas se juntam e leva nosso espirito até a frende do Deus superior Òlòdumárè nos apresentado ao mesmo. Ikú é uma entidade dotada de significado próprio e específico, tem seu ìhùwasé, isto é, existência e natureza próprias. É um ebóra pertencente ao grupo de guerreiros do orum, considerado um irunmolé-filho. Divindade masculina, não fica num lugar fixo, mas roda em torno do mundo para realizar o seu trabalho, ajudando a manter o equilíbrio da natureza. Nos itans, Ikú é filho de Odudua com Obatalá, tendo existência e axé independentes. É considerada uma divindade dúbia, estando ligada ao fim da existência e também à criação, pois forneceu a Obatalá a lama que usou para a confecção de novos moradores do Aiyê. É a única divindade que um dia “tomará” posse da cabeça de todos os seres humanos, carregando na mão direita o kumón, um poderoso e perigoso cetro, fabricada em metal, ferramenta indispensável e auxiliar no cumprimento de suas funções. Todos os iniciados tem este direito ao rito fúnebre. Os que não são iniciados, mais transmitiu através de suas mãos seu Ase individual em lavar, depenar, cozinhar e tudo que está ligado aos Ase, tem o direito a uma obrigação de encaminhamento ao Òrun, para seu espirito ser reconhecido dentro de seus ancestrais. Os dias de obrigação fúnebre: Bom! Quando se trata de Zeladores(as), deve-se começar na volta do enterro, dando início no mesmo dia. São 7 dias de obrigações. Mais se não tiver condições para começar no mesmo dia, deve-se fazer uma pequena obrigação comunicando ao Egun ancestral do terreiro o motivo deste ritual não ter sido iniciado imediatamente. A cabaça tem a representação do ventre materno aonde somos criados, assim o som é retirado do ventre que está chamando o espirito para ser reverenciado. O Axexê é feito para que tudo que tem ligação com o morto seja desfeito, tanto na parte iniciatória como material. Os familiares consanguineo e espiritual devem participar desta obrigação a qual fala em cantigas os feitos do falecido e os novos caminhos que ele vai precisar seguir. Dentro da parte litúrgica, o axexê, vem ter outra função. faz com que o espirito do falecido tenha sua apresentação aos seus ancestrais, dando a ele a passagem para Òrun, desvinculando sua energia da parte material e culto lesse Orixá. Obrigações são feitas de acordo com cada Nação e rito, para que o espirito do iniciado seja recebido e tenha sua apresentação dentro de cada Nação. Deve-se ressaltar que cada Nação tem seu ritual fúnebre e deve ser respeitado. Egun tem nação. Muitos declaram que isso não é verdade, mais seu Ori(Cabeça) somente reconhece naquilo que foi iniciado na feitura de santo. Todos que saem de uma Nação e entra em outra, deve receber a iniciação da qual está entrando, isso serve para que Ori reconheça o que esta recebendo. O Povo do Santo deve aprender os ritos sagrados fúnebre para acolher seus entes queridos e familiares no ritual do Axexe, evitando assim, a procura de outras religiões para tal fim .

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