domingo, 26 de outubro de 2014

DICIONARIÁ DE IORUBA!!!!!






  • A
    ABADÁ – Veste branca ou de cor de mangas largas, usada pelo Yorubás. ABADÔ – Parte da vestimenta da Orixá Oxum ABALÔ – Nome dado a Oxum quando brinca com o leque. ABARÁ – Bolo feito com massa de feijão-fradinho, cebola, camarão-seco, sal, enrolado com folhas de bananeira e cozido no vapor de água quente. ABASSÁ – Terreiro de Candomblé que segue os preceitos da nação Angola. ABATÁ – Sapato ou qualquer tipo de calçado. ABÊ – Tida como irmã gêmea de Badé, vodum feminino cultuado no Maranhão. ABEBÊ – Leques de Oxum e Yemanjá, sendo o de Oxum metal dourado e o de Yemanjá metal prateado. ABIAN – Nome dado ao iniciado no Culto dos Orixás que ainda não recebeu qualquer tipo de obrigação. ABICUN – Uma criança que morre logo após o parto para atormentar os pais, nascendo e renascendo indeterminadamente. ABIODUN – Título de um dos Obás de Xangô. ABÔ – Banho de ervas sagradas dos Orixás. ABOMI – Um dos nomes atribuídos a Oxum e a Xangô, em cultos ligados a água. Abomi quer dizer ao Orixá: aceite água. ACAÇÁ – Comida ou alimento dos Orixás. Bolo feito com massa de farinha de milho branco ou arroz, cozido em água, sem sal e envolto em folhas de bananeira. É comida votiva do Oxalá, mas pode ser ofertada a qualquer outro orixá. ACARAJÉ – Bolo feito com massa do feijão fradinho, cebola, camarão seco, sal, e frito no azeite de dendê. ADARRUM – Toque do Orixá Ogum. ADARRUN – Toque rápido e contínuo dos atabaques para chamar os Orixás nas cabeças dos filhos de santo; para forçar os deuses a descer. ADÉ - Homem com trejeitos femininos, homem afeminado. ADIÊ – Galinha preparada para sacrifício aos Orixás. ADJÁ – Pequeno sino cerimonial. Campânula de metal com duas ou mais bocas tocadas pelo pai ou mãe-de-santo, nas cerimônias rituais a fim de facilitar o transe dos filhos de santo. ADOBALÉ – Nome dado ao ato de deitar-se no chão para ser abençoado pelo Orixá. ADOCHU – Nome atribuído aos iniciados no culto dos Orixás, e também nome de um pequeno cone feito com ervas e outros axés. ADUN – Comida de Oxum feita com milho torrado e moído, com um pouco de azeite de dendê e mel de abelhas. ADUPÊ – Bode. AFOMAN – Um dos nomes do Orixá Omulu, em Candomblés baianos. Deriva de Afomó: contagioso, infeccioso. AFOXÉ – Ritual de cunho folclórico, muito difundido na Bahia. AGANJU – Umas das qualidades de Xangô no Brasil. Em Yorubá significa deserto. AGÉ – Pessoa que não entende o Ritual. AGODÔ – Umas das qualidades de Xangô no Brasil. AGOGÔ – Instrumento de percussão feito de sinos que marcam o toque dos orixás. ÁGUAS DE OXALÁ – Cerimônia de purificação do terreiro. Esta Cerimônia marca o início do ciclo de festas litúrgicas nos Candomblés de origem Yorubá e Jeje no Brasil. AGUÉ – Nome de um vodum Jeje, que corresponde ao orixá Ossain. AGUERÊ – Dança de Iansã. AGUERÉ – Toque cadenciado com 2 variações: uma para Oyá, outro para Oxóssi. É conhecido como “quebra-pratos”. AGUIDAVIA – Varetas de cipó, goiabeira, marmelo ou ipê utilizadas para tocar atabaque. AIÊ – A terra, o solo, sob o domínio de Obaluaiê. AIRÁ – Xangô velho – Uma das qualidades de Xangô. AIUKÁ – Fundo do mar, para o povo Banto. AJAPÁ – Cágado, tartaruga. O animal sagrado de Xangô. AJÉ – Feiticeira AKÃ – Faixa usada para amarrar no peito dos médiuns incorporados. AKEPALÔ – Sacerdote. AKESSAN – Um dos nomes do Orixá Exú. AKIKÓ – Galo AKIRIJGEBÓ – Freqüentador do Candomblé. AKOKEM – Galinha D’angola. AKUKÓ – O mesmo que Akikó - Galo. ALÁ- Deus para os daomeanos da nação Jeje. ALABÉÊ – Tocador de tambores líder no terreiro. Aquele que canta pontos de Candomblé. ALAFIM – Uma das qualidades de Xangô. ALAKETO – Nação do povo Iorubá-Nagô. ALFANGE – Objeto semelhante a uma espada. ALIBÃ – Polícia. ALOJÁ – A dança do ritual de Xangô. ALOYÁ – Senhora Oyá. O mesmo que Iansã ou filho de Oyá. ALUÁ – Bebida feita com farinha de milho ou de arroz, fermentada em água com cascas de frutas, gengibre e um pouco açúcar. É servida nos terreiros de Candomblé, principalmente aos caboclos. ALUAIÊ – Nação Jeje – Angola ALUBOSA – Cebola ALUFAM – O mesmo que olufóm, Senhor da cidade de Ifóm, a que mais cultua Oxalá. ALUJÁ – Batida de tambor especial para Xangô. AMALÁ – Faz parte da culinária sagrada de Xangô. Comida feita com quiabos. AMOBIRIM – Mulher que não casou , mulher solteira. ANA – O mesmo que ontem. ANAMBURUKÊ – Um dos nomes de Nanã Burukê, a mais velha de todos os Orixás. ANGOLA – Região do sudoeste da África, de onde vieram negros escravos para o Brasil, trazendo vários dialetos de origem Bantu como Kimbundo, Embundo, Kibuko e Kikongo. ANGORÔ – Na nação angola, significa qualidade de Oxumarê. AÔBOBOI – Saudação do Orixá Oxumarê. APAOKÁ – Orixá da jaqueira, por ser muito cultuado nela. APARÁ – Uma das qualidades da Orixá Oxum, quando se apresenta carregando uma espada. ARÉ – Culto ao orixá Ogum na Nigéria. ARÊ – Ruas e Encruzilhadas. ARESSA – Um dos 12 ministros de Xangô. ARIAXÉ – Banho ritual com folhas sagradas para os iniciados. Ariaxé também é o nome do local onde são feitos estes banhos. ARIDÃ – Fruto do qual se origina o Obi. ARROBOBÔ – Uma das saudações do Orixá Oxumarê. ARUQUERÊ – Objeto de metal usado por Oxóssi. ASSENTAR – Consagrar objetos lançando mão de apetrechos e rituais, a fim de oferecê-los ao Orixá que se quer. ATABAQUES – São três tambores de tamanho pequeno, médio e grande, que marcam o ritmo e a cadência dos cânticos. O maior se chama RUM, o médio RUMPI e o pequeno LÉ. ATARÉ – Pimenta da Costa. ATIM – Pó de pemba. ATOTÔ – Expressão muito utilizada no Brasil para saudar o Orixá Omulu / Obaluaiê. AXÉ – Força vital que dá vida a todas as coisas, presente especialmente em objetos ou seres sagrados, também nome de objeto sagrado. Expressão utilizada para passar força espiritual, podendo ser ainda, o mesmo que amém, assim seja. AXEXÊ – Ritual fúnebre para libertar o espírito da matéria. AXÓ – Roupas dos filhos de santo. AXOÔGUN – Espécie de Ogan que tem como função sacrificar animais para os Orixás. Ele tem conhecimentos a respeito d e todos os sacrifícios, rituais, rezas, cantigas e maneiras de agradar os Orixás. AXOQUÊ – Um dos nome de Yemanjá no Candomblé de origem Bantu. AXOXÔ – Comida feita com milho vermelho cozido, enfeitado com fatias de coco. Comida dada aos Orixás Ogum e Oxóssi. AYÊ – Tem dois sentidos, podendo significar terra ou vida. AZANODÔ – Espécie de vodun muito cultuado na casa de minas, no maranhão. AZÊ – Capuz de palha da costa usado por Omulu ou Obá. B
    BABA – Pai BABÁ – Expressão usada para saudar Oxalá BABALAÔ – O sacerdote do culto de Ifá. Quer dizer: aquele que tem o segredo. Diz-se da pessoa que pode ver através do jogo de Opelê-Ifá (jogo de búzios). BABALORIXÁ – Sacerdote líder. Só pode chegar a essa posição depois de sete anos de ter sido feito no santo. O mesmo que pai de santo. BABALOSANYIN – Pessoa (com preparo especial)encarregada de colher as ervas sagradas dos Orixás. BABA KEKERÊ – O mesmo que Pai Pequeno. BACO – Ato sexual. BALÊ – Cemitério, casa dos Eguns. BALUÉ – Banheiro, local de banho. BARÁ – Nome do Exú que protege o corpo. BARCO – Nome dado ao grupo de filhas e filhos de santo iniciados ao mesmo tempo. BARRACÃO – Onde as cerimônias tomam lugar. BARRAVENTO – Gíria que define o desequilíbrio momentâneo que os filhos de santo sofrem antes da incorporação. BARU – Nome dado ao Xangô violento, ligado ao fogo e, às vezes a Ogum. BATETÉ – Comida dos Orixás. BOBÓ – Comida dos Orixás. BORI – Sacrifício animal, cerimônia, primeiro estágio da iniciação. BRAVUN – Toque dos atabaques, sonorizados de forma a chamar diversos Orixás. É também a dança de Oxumarê. C
    CABAÇA – Fruto do cabaceiro utilizado em diversas formas, e em diversos rituais. CAÇUTE – Na Bahia, CAÇUTE é uma espécie de Oxalá. CALIFÃ – Prato ritualístico com 4 búzios, onde se pede a confirmação aos Orixás em certos rituais. CALUNGA – Termo que designa uma espécie de entidade da linha de Iemanjá. Pode ainda significar Cemitério (Calunga Pequena) e mar (Calunga Grande). CAMARAN-GUANGE – Na nação Angola, é uma espécie de Xangô. CAMBONA(O) – Auxiliar sagrado dos rituais de Umbanda. CAMUTUÊ – Cabeça dos filhos de santo. CANDOMBLÉ – Nome que define os cultos afro-brasileiros de origem Jeje, Yorubá ou Bantu. CAÓ – Saudação a Xangô. CAPANGA – Uma espécie de bolsa que os Orixás usam para carregar seus apetrechos. CARREGO – Pode vir a ser um despacho, uma obrigação ou qualquer tipo de carga negativa. CARURU – Comida de Ibêji, feita com quiabos, frango, sal e azeite de dendê. Também pode ser um tipo de erva comestível, de paladar semelhante ao espinafre. CATENDÊ – Para o povo de Angola, é uma espécie de Ossain. CAVARIS – Conchas da África, búzios, instrumento pelo qual se faz as consultas a Ifá. CAVIUNGO – Inkice correspondente ao Omulu dos Yorubás. CAVUNJE – Moleque. CAXIXI – Instrumento utilizado nos cultos para acompanhar os cânticos. É feito com vime trançado, e tem em seu interior algumas sementes. CINCAM – O mesmo que “não”. COITÉ – Fruto que partido ao meio, serve como recipiente para servir bebidas aos orixás e participantes do culto. COLOBÔ – Exú. COLOFÉ – Abenção. CONCINCAM – O mesmo que “sim”. CONGO – Subdivisão do Angola-Congo. Congo é a nação do povo Banto. CURIMBA – Os cânticos realizados da Umbanda. D
    DÃ – O mesmo que Oxumarê. DAGÃ – Filha de santo antiga na casa, encarregada de tratar dos exús. DAMATÁ – O mesmo que Ofá. DANDÁ – Tipo de raiz, utilizada nos cultos aos Orixás por suas diversas utilidades. é mais conhecida como dandá da costa. DANDELUANDA – Yemanjá na cultura Bantu. DAOMÉ – O mesmo que DAHOMEY, antigo nome da atual República de Benin, na África. DECIÇA – Esteira de tapume. DELONGÁ – Prato DELONGA – Vasilha de beber. Caneca. DESPACHO – Algum ebó que se oferece aos Orixás em troca de conseguir o que se quer. O despacho é feito fora do terreiro e geralmente envolve queima de pólvoras e holocaustos. DIA DE DAR O NOME – É o dia da festa de Orukó, realizada após a iniação de um Yaô, quando o Orixá diz seu nome em público. DJINA – Nome dado aos iniciados nos cultos de origem Bantu e que fará conhecido pela comunidade. Como o nome não deve ser pronunciado em vão, chama-se o nome pela Djina. DOBALÉ – Pode ser saudação entre orixá femininos ou o ato de bater a cabeça. DEBURÚ – Pipocas. DOUM – Segundo a lenda Yorubá era o nome de Exú quando criança, por ter uma forte semelhança com os Ibejis (crianças). DUDÚ – De cor preta, em Yorubá. DZACUTA – Aquele que atira pedras. É também uma das qualidades de Xangô no Brasil. E
    EBÁ – Despacho feito a Exú. EBÓ – Toda e qualquer comida ritualística oferecida aos orixás, independentemente se é para agradar o Orixá ou para servir como despacho, por exemplo. EBÔMI – Estágio atingido pelo iaô depois de sete anos de aprendizado. EBÔMIN – Filha de santo que cumpriu a iniciação. ECHÉ – Oferenda feita com as vísceras dos animais consagrados a seus respectivos Orixás. EDAM – A cobra de Oxumarê. EDÉ – Cidade da Nigéria que cultua Eguns. EDI – Ânus. EDU – Carvão. EFÓ – Comida de Ogum feita com caruru e ervas. ÉFUM – Desenhos feitos com giz no corpo dos iniciados. EFUM – Farinha de mandioca. EGÊ – Sangue de animais, o mesmo que “xôxô”. EGUNGUM – Osso. Refere-se também aos espíritos dos antepassados. EGUNITÁ – Qualidade de Iansã. EGUN – Alma, espírito desencarnado. EIRU – Mocotó ou rabada cerimonial. EJÁ – Peixe. EKÊ – Fingimento, mentira. EKEDE, EKEDI – O mesmo que Cambona(o). EKÓ – Espécie de acaçá ofertado a todos os orixás e, principalmente a Eguns. EKU – Morte. ELEDÁ – Senhor dos vivos. Entidade que governa o corpo material. Um dos títulos de Olorum, pode ser também o primeiro Orixá da cabeça de uma pessoa. ELEDÊ – Porco. ELEGBÁ – Vodun cultuado na nação Yorubá, correspondente a Exú. ELEGBARÁA – Um dos títulos de Exú, que quer dizer Senhor da Força. ELUÔ – Adivinhador. EPA-BABÁ – Saudação a Oxalá-Guiã. EPARREI – Saudação a Iansã. EPÔ – Azeite de dendê. EPOJUMA – Azeite doce. EPONDÁ – Uma das qualidades da Oxum. ERAM – Carne. ERÊ – Espírito infantil que incorpora depois dos Orixás, a fim de transmitir recados aos iaôs. Quando se recolhe passa-se uma semana incorporada por um erê. ERILÉ – Pombo. ERUEXIM – Rabo de cavalo. É também um objeto de metal atribuído a Iansã. Este rabo de cavalo é usado por Iansã para afastar as almas dos eguns. Presente dado a ela pelo Orixá Oxóssi. ERUQUERÊ – Rabo de animal. ETABA – Charuto, cigarro. ETU – Galinha D'angola. ETUTU – Reza para fazer feitiçaria. EWÁ – O número de dez. EWÊ – Folha. EXÊ-EÊ-BABÁ – Saudação cerimonial para Oxalá. EXÚ – Orixá da comunicação, senhor dos caminhos. É o primeiro a ser reverenciado nos rituais e trabalha tanto para o bem como para o mal. F
    FÁ – Divindade correspondente a Ifá, Orixá da sabedoria e da adivinhação. FAZER A CABEÇA – Ritual de iniciação que tem por objetivo tornar a pessoa apta a incorporar o Orixá. FIBÔ – Uma qualidade de Oxóssi. FIFÓ – Lampião de querosene. FILÁ – Capuz confeccionado com palha da costa que cobre o Orixá Obaluaiê. FON – Uma das tribos que trouxe para o Brasil e cultura Jeje, a qual cultua os voduns. G
    GANGA – Exús. GANGA-ZUMBÁ – Foi um dos mais famosos chefes guerreiros que abrigavam escravos foragidos no Quilombo dos Palmares. Era um dos mais respeitados naquela comunidade, por isso tinha todas as honras, era tratado como o rei dos escravos. GÊGE – O mesmo que Jêje ou Jeje, tribo com dialeto próprio oriundo do antigo Dahomey Mesmo tribo que implantou o culto aos voduns no Brasil. Atualmente , eles se fundiram com seus tradicionais inimigos, os Yorubás, que aqui levam o nome de Nagôs, formando, então, uma tribo ramificada, a “Jêje-Nagô-Vodum”. GONZEMO – Altar do povo de ANGOLA. GU – É o Ogum da Nação de Gêge. GUDUPE – Palavra usada para denominar qualquer animal de quatro patas. GUEDELÉ – Máscaras usadas nos rituais de feitiçaria. GUERÊ – Qualidade de Iansã. GUÊRRE – Farinha de mandioca usada na preparação de comidas. GUIA – Fio de contas usados nos rituais afro-brasileiros. Na maioria das vezes essas guias correspondem aos Orixá do Filho de Santo. GUIAME – Colar dos Orixás. GUINÉ – Folhas utilizadas nos rituais. GUM – O mesmo que “GU”, o vodum correspondente para os daomeanos, ao Ogum dos Yorubás. GUNOCÔ – Orixá da linhagem de Ogum que habita as florestas. H
    Não há termos disponíveis com esta letra. I
    IÁ – Mãe. IALORIXÁ – A suprema em uma casa de santo. O mesmo que mãe de santo. IANSÃ – Nome do Orixá feminino que controla os ventos, raios e tempestades. Foi uma das esposas de Xangô, e também a mais fiel delas. IAÔ – Filha de santo que experiencia transe, ou iniciada em reclusão; o mesmo que iyaô. IBARU – Uma das 12 qualidades de Xangô, xangô com ligação com o fogo. IBÊJI – Orixás crianças que quando incorporados são chamados Erês. IBI - Caramujo que é oferecido em pratos sagrados aos orixás, principalmente Oxalá e Ogum. IBIRI – O Cetro usado por Nanã, que uma das pontas recurvada. Nanã dança com ele tal como a mãe nina o filho. Segundo algumas lendas yorubá, este gesto representa o arrependimento por ter abandonado Omulu, seu filho. IBUALAMO – Oxóssi que teve relação com Oxum, quando foi atraído por ela até o rio, gerando com ela o filho Logun-Edé. IDARÁ – Pedra de Xangô. IDÓ – Banheiro. IDOKÊ – Pó de pemba utilizado para fazer o mal. IFÁ – Deus da adivinhação e da sabedoria que orienta aqueles que o consultam. IGEXÁ – Toque cadenciado para Oxum e Logun. É também nome de uma nação praticamente extinta, mas que trouxe para o Brasil a cultura Igexá. IJIMUN – Uma das qualidades de Oxum que tem ligação com as bruxas Iyámi Oxorongá. A Oxum que com os seios alimenta e transmite vida da mãe para o filho. Oxum que encanta com o leite materno. IKÁ – Cumprimento dos filhos de santo aos orixás masculinos. ILÁ – O brado dos orixás manifestados. ILÊ – Casa de Candomblé. ILÊ ABOULA – Casa que cultua Egungum. ILU – Pode significar vida ou o nome que os atabaques recebem em algumas casas de santo no nordeste. INAÊ – Um dos nomes de Yemanjá, nos cultos Bantu. INCÔSSE – Orixá da cultura Bantu, que corresponde a Ogum. INKICE – O mesmo que orixá nos cultos de origem Bantu. INLÉ – Um outro nome do Orixá Oxóssi. INSABA – Folhas. IÓ – Sal. IPETÉ – Comida de Oxum. IROKO – Gameleira branca, morada dos orixás. É também o nome do Orixá Funfum, filho de Oxalá, cultuado na gameleira branca, na Nigéria, pois não é cultuado no Brasil. ITÁ – OTÁ – Pedra sagrada dos orixás. IXÉ – Local, nas casas de culto, onde ficam os assentamentos do barracão. Representa a ligação direta do Orum com o Aiê. IYÁ – Mãe. IYÁ BASÊ – Mulher encarregada de preparar as comidas dos orixás. IYA KEKERÊ – O mesmo que mãe pequena. IYALAXÉ – Mulher que cuida do altar do axé. IYALORIXÁ – Mãe de santo. IYAMI OXORONGÁ – É a principal das Iyá Mi Ajé, que quer dizer: Minha mãe feiticeira. É a mais poderosa de todas, tem a força feminina equivalente a de Exú. Trata-se de uma entidade muito respeitada e temida. Seu culto é extremamente feminista, uma vez que Iyami não permite ser cultuada por homens. IYÊ – Mãe. J
    JÁ – Briga, luta. JACUTÁ – Atirador de pedras. No Brasil, recebeu a conotação de qualidade de Xangô. JAGUN – Guerreiro. É também uma das qualidades do Orixá Obaluaiê. JANAÍNA – Um dos nomes de Yemanjá. JARRÁ – LUÁ – Bebida dos Orixás. JEJE – Tribo da cultura Ewefon, introduzida no Brasil através do tráfico de escravos vindos do Dahomey. JIKÁ – Ombros. JOLOFÔ – Coisa inútil ou pessoa tola. JONGO – Ritual folclórico dos negros iorubás. JURÁ OLUÁ – Santuário. K
    KABULA – Tribo Bantu predominante no Espírito Santo, que por serem muito arredios, deu origem a palavra encabulado. KAJANJÁ – O mesmo que Omulu. KAMBALÃNGWÁNZE – Orixá correspondente a Xangô. KATENDE – O mesmo que Ossain. KAWO KABIESILE – Saudação para o orixá Xangô. KELÊ – Colar do iniciado. Gravata feita com miçangas e firmas, nas cores do orixá a que é dedicado e, colocada nos yaôs durante a feitura para ser usada durante o resguardo. KETÚ – Tribo Yorubá, que manteve sua cultura intacta, arraigada entre os brasileiros. Conservou as tradições aos rituais e às cantigas, inclusive com o idioma de amplo vocabulário que permite comunicação perfeita entre os que se dedicam ao seu aprendizado. KYXIMBI – O mesmo que Oxum. L
    LAQUIDIBÁ – Espécie de colar feito com raízes ou chifres de búfalo, muito utilizado na Nigéria, ao redor do umbigo, para proteger as crianças das doenças. No Brasil, é utilizado como guia (no pescoço) consagrada a Omulu, o senhor das doenças. LAROIÊ – Saudação brasileira para Exú. LÉ – O menor dos atabaques. LE – Partícula yorubá que significa (+) mais. LEBÁ – Exú. LEBARA – Exú, no seu aspecto de “Senhor da Força”. LEMBÁ – Oxalá. LEMBADILÊ – Santo de casa. LODÔ – No rio. LUGUN EDÉ – Orixá filho de Oxum e de Oxóssi, que herdou as características de pai e da mãe. Dessa forma, tanto pode ter seu culto no rio, quanto na terra. É seis meses macho, onde vive na floresta caçando e seis meses fêmea, vivendo no rio com sua mãe Oxum. M
    MAÍ – Subdivisão da nação dos Gêges. MAIONGÁA – Local nas casas de culto, destinado ao banho. MÃO DE OFÁ – Pessoa incubida de colher folhas para rituais. MARACÁ – Instrumento musical indígena. MARAFA – Cachaça. MARIWÔ – A folha da palmeira desfiada, que forra as entradas das casas de culto aos Orixás. MAZA – Água. MEGÊ – O número sete. MEJI – O número dois. MIAM-MIAM – Comida de Exú. MIWÁ – Um dos nomes de Oxum, quer dizer Mãe-Senhora. MOCAM – Gravata dos Orixás. MOILA – Vela. MUGUNZÁ – Comida feita com milho branco cozido, leite, leite de coco, sal, açúcar, cravo e canela. MUKUMBE – O mesmo que Ogum. MUKUNÃ – Cabelo. MUTALOMBO – O mesmo que Oxóssi, na origem Bantu. N
    NADABULÊ – Dormir. NANÃ – Vodun Jeje assimilado pela cultura Yorubá, hoje cultuada em todas as casas de etnia Kétu, no Brasil. NANAMBURUCU – Orixá Nanã em seu aspecto de ligação com a morte. NCÔSSE – O mesmo que Ogum. O
    OBÁ – (min) Título dos “pastores” de Xangô. (mai) Orixá Obá, a deusa do amor e sereia africana, terceira esposa de Xangô. OBA – Rei. OBÁ XIRÊ – Obá que brinca. OBALUAIÊ – Orixá das endemias e epidemias, porque tem grande poder de cura sobre as doenças. OBATALÁ – Orixá da paz que foi delegado para iniciar a criação do mundo. Porém, conta a lenda que embebedou-se com vinho de palmeira (palma) e não conseguiu cumprir a tarefa. O Vinho de palma é uma das grandes quizilas dos filhos de Oxalá. OBATELÁ – Um dos ministros de Xangô. OBÁXI – Saudação para Obá. OBARÁ – O sexto Odu do jogo de búzios. Traz o número 6 e representa a prosperidade no caminho das pessoas. OBÉ – Faca. OBECURUZU – Tesoura. OBEXIRÊ – Navalha. OBI – Fruto africano utilizado em diversos rituais. ODARA – Bom. ODÉ – O que caça bem, bom caçador. ODÔ – Rio. ODU – Destino. ODUDUWÁ – Orixá ligado à criação do mundo, que arrebatou Obatalá e criou a Terra. Foi um grande guerreiro e conquistador, mas, no Brasil é cultuado como um Orixá feminino. ODUM – A Terra. ODUN – Ano. ODUVÁ – Deus da Terra. OFÁ – Arco e flecha utilizada por Oxóssi como ferramenta e, com o qual ele dança quando incorporado nos terreiros. OFANGÊ – Espada. OGAN – “Guarda” selecionado por orixás, não entra em transe, nas age como auxiliar sagrado nos rituais. É o cargo exercido, exclusivamente por homens. Dentro da Hierarquia do Santo, vem logo depois do Zelador ou Zeladora, e é tratado como pai no santo, tendo o mesmo status da Zeladora ou do Zelador. Geralmente são filhos de entidades espirituais e são os únicos a quem o Zelador ou Zeladora deve tomar abenção dentro da casa do Axé. OGAN ALAGBE – Tocador de Atabaques de chefia os Demais. Ogan mais velho. OGAN NILÚ – O tocador dos atabaques. OGAN AXOGUN – Responsável pelos holocaustos dentro da casa do Axé. OGUM – É o Deus das guerras e o Orixá, que abre os caminhos. OGUM XOROQUÊ – É o nome do Ogum que desceu as montanhas. Ogum com grande fundamento com o Orixá Exú. OGUNTÉ – Uma das qualidades de Yemanjá, que teria ligação com Ogum. OIÁ – O mesmo que Iansã. OIM – Mel. OJÁ – Pano utilizado pelas baianas para cobrir o peito. Pano também utilizado para vestir os atabaques. OJÉ – Sacerdote dos cultos de Egungum. OJÓ ODÔ – Dia da festa do pilão de Oxalá. OJUM-CRÊ-CRÊ – Olho grande. OKÊ – Montanha, morro. OKÔ – Deus dos montes. OLÓ – Ir embora. OLODUMARÊ – O senhor dos destinos. OLÓKUN – Mãe de Yemanjá. OLORUM – Deusa das Águas. OLOSSAIN – Sacerdote consagrado a Ossain para colher as folhas rituais. OLUBAGÉ – Festa anual dedicada a Omulu/Obaluaiê, onde lhes são servidas várias comidas rituais. OLUWÔ – Pessoa que vê através do jogo de búzios. OMADÊ – Menino. OMALÁ – O mesmo que Amalá. Comida feita para Xangô com inhame, dendê, camarão seco, cebola ralada e coberto com molho de quiabos. OMIN – Água. OMINTORÔ – Urina. OMULU – Orixá de natureza guerreira que tem o poder de combater as doenças. ONANXOKUN – Nome de um dos 12 ministros de Xangô. ONIKÔYI – Também um dos 12 ministros de Xangô. OÔRUKÓ – Dia em que os iniciados recebem o “nome”. OPANIJÉ – Toque cadenciado para Omulu dançar. OPELÉ-IFÁ – Colar feito com oito nozes de Ikin, ligadas por uma corrente para leitura dos Odus. ORÉ – Rapaz. ORI – Cabeça. ORIKI – Nome da saudação do Orixá. ORIXÁ – A palavra Orixá significa Ori=cabeça, Xá=Rei, senhor. Senhor da Cabeça. ORÓ – Deus do mal. ORÔ – Seqüências de cânticos litúrgicos ou rezas utilizadas para os Orixás. OROBÔ – Fruto natural da África, utilizado em diversos rituais. ORUM – Sol. ORUM-BABÁ – O pai do Céu. ORUN – Espaço sagrado, o céu. OSÉ – Semana. Ou pode ter o significado de limpar os assentamentos dos Orixás. OSSANIYN – É o Orixá das matas. O mesmo que Ossain. OSSÉ – Oferendas. OTÁ – Pedra consagrada aos Orixás. OTIN – O mesmo que marafo, cachaça. OTUN – Lado direito ou direita. OXAGUIAN – Oxalá-Guian, a forma jovem do velho Oxalá. Oxalá que traz a espada e tem fundamentos com Ogum e Iansã. OXALUFAM – Oxalá-Lufam, a forma mais velha de Oxalá. OXÊ – Machado alado, símbolo de Xangô. OXÓSSI – Orixá caçador, que representa a fartura. É companheiro de Ossain, por ser ele também das matas, e de Ogum. OXUM – Deusa das águas doces e frias. É o orixá da fertilidade e maternidade. OXUMARÊ – Orixá do arco-íris encarregado se suprir o Orum com água. No brasil é cultuado com orixá metá-metá, ou seja hermafrodita, que tem dois sexos. Na África é tido como Orixá masculino. OXUPÁ – A lua. OYÁ – Orixá Oyá, deusa dos ventos, tempestades e raios. Foi uma das esposas de Xangô. OYÁ FUNÃ – Um dos tipo de Oyá Balé cultuada no Brasil. OYÓ – Cidade da Nigéria fundada pelo pai de Xangô, que a deu de presente ao filho transformando Xangô no rei de Oyó. Este é um dos locais, onde o culto ao orixá Xangô é mais forte. P
    PAXORÔ – O Cetro sagrado de Oxalá. O símbolo que ele traz na mão direita quando dança, simbolizando o elo entre a Terra e o céu. PADÊ – Encontro, reunião. Porém, no Brasil, também significa a cerimônia de despachar a Exú, antes de começar os trabalhos rituais. PAJELANÇA – Ritual que envolve a mistura de rituais indígenas, católicos e espíritas. Típico nas regiões do Pará, Amazonas, Piauí e Maranhão. PANÃ – Ritual conhecido como Tira Kijila, que tem por finalidade relembrar ao iaô suas tarefas diárias, das quais ele esteve afastado durante o tempo da iniciação, além de aplicar-lhe ensinamentos, mostrando como deve se comportar fora da vida religiosa. Cerimônia na qual comidas feitas por iniciados são vendidas em mercados ou quitandas. PACHORÔ – Ajudantes de Oxalá. PEJI – Quarto onde ficam os assentamentos, ou seja, local da personificação dos Orixás onde são guardados seus símbolos e colocados suas oferendas. Funciona como uma espécie de santuário. PEJIGAN – O Ogan de confiança que zela pelo Peji cuidando de tudo, desde a limpeza até pequenos reparos se forem necessários. PELEBÊ – Tem dois sentidos: devagar e fino. PEMBA – É um pó preparado com diversas folhas e raízes para ser utilizado nos rituais para diversas finalidades. Pode ainda ser, um tipo de giz que os guias utilizam para riscar os pontos que os identificam. PEPELÊ- Local onde ficam os atabaques. PEPEYÉ – Pato. PEREGUM – Folha muito utilizada em rituais de descarrego.
    Q QUEDA DO QUELÊ – Uma cerimônia realizada algum tempo depois da iniciação (três meses depois), para a retirada do Quelê. A Queda do Quelê como é denominada, e que tem todo um ritual próprio. QUELÊ – É como se fosse uma gravata de Orixá colocada no yaô, durante a iniciação. Ela serve para indicar que o iniciado, a partir daquele momento, está sujeito ao seu orixá. As gravatas dos iniciados tem cores variadas, para cada orixá e é usado um tipo de cor que o identifique. Por exemplo: um iniciado que tem como Orixá Ogum usará o Quelê vermelho e assim por diante. QUENDAR – Andar. QUIMBÁ – Espírito das Trevas. R
    RONKÓ – Quarto de santo destinado à iniciação. RUM – O maior dos atabaques, utilizado para a marcação dos toques dos orixás. RUMPI – É o atabaque médio que puxa os ritmos ou faz o contraponto no toque do Lé, que é o atabaque menor. RUNGEBÊ – Contas sagradas de Obaluaiê. RUNGEVE – Colar que as filhas de santo, com mais de sete anos de iniciada, usam. RUNTÓ – Nome que leva o tocador de atabaques (Ogan Ilu) na cultura Jêje. E é também, uma das saudações a Ogum. S
    SAKPATA – Vodum jeje que é o mesmo que Obaluaiê. SALUBÁ – Saudação a Nanã Buruquê. SAPONAN – Orixá da varíola e das doenças contagiosas. Entre os Yorubás este nome era proibido de ser pronunciado, sendo assim eles o chamavam de Obaluaiê. SARAVÁ – Saudação dos Orixás, usada muito nos cultos de Umbanda. SATÓ – Um ritmo mais utilizado para invocar Nanã e Iemanjá. Um pouco semelhante ao toque Bravun. SÈGI – Colar de contas azuis, feito com dois tipos de azul: um azul mais escuro que é de Ogum e um outro mais claro que é de Oxalá. SIDAGÃ – É a substituta imediata de Otun-Dagan, que vem a ser a filha da casa encarregada de tratar e despachar Exú, antes de iniciar as cerimônias rituais. SIRRUM – Cerimônia fúnebre muito utilizada na nação de Angola, para desprender o corpo material do espírito. SOBA – Uma das qualidades de Yemanjá no Brasil. SOBOADÃ – O mesmo que Oxumarê. T TARAMÉSSU – Mesa usada pelo Tata Ti Inkice para a consulta ao jogo de Ifá (jogo de búzios). TAUARI – Cigarro de palha. TEMPO – Entidade de origem Bantu que no Brasil é cultuado como Ktembo = vento. TEREXÊ – Em certas nações tem o significado de mãe pequena. TERREIRO – Nome dado às casas de culto aos Orixás. TOBOSSI – Entidade Jeje. Uma espécie de Erê menina. U UBATÁ – O mesmo que Batá – sapato. UMBÓ – Cultuar. V
    VATAPÁ – Comida de Ogum. VODU – Tipo de culto muito difundido nas antilhas e em algumas regiões de Benin na África, que nada tem a ver com o culto aos Orixás. VODU AIZÃ – Vodum da terra que tem ligação com a morte. Mais ou menos correspondente a Onilé, O Senhor da Terra. VODUM – Entidade do culto Jêje, correspondente aos orixás Yorubás. VUMBE – No idioma dos Bantu significa morto ou espírito de morto. A expressão “Tirar a mão de Vumbe” , significa fazer cerimônia para tirar a mão do falecido. Em outras palavras, fazer cerimônia para que ele se desprenda das coisas materiais e encontre o seu caminho no mundo espiritual. VUNGI – Orixás crianças (nação de Angola). W
    WÁRI – Uma das qualidades de Ogum cultuada no Brasil. WARIN – WARU – Nome do Deus das doenças eruptivas (sífilis, varíola, lepra e etc...). X
    XAMAM – Deus dos indígenas. XAMANISMO – Ritual procedido nas religiões afro-indígenas. XAMBÁ – Nação de um ritual. XANGÔ – Deus do raio e do trovão. Foi o segundo rei de Oyá e segundo as lendas Yorubá, reinou com tirania e crueldade. Xangô não nasceu Orixá porque sua mãe era humana. Ele só tornou-se Orixás após a morte, quando voltou ao Orun. XAORÔ – Guizo que os iniciados usam no tornozelo como um símbolo de sujeição. XAPANÃ – Deus das doenças. O Obaluaiê dos Yorubás. XARAÔ – Tornozeleira ornamental. XAXARÁ – Símbolo do Orixá Obaluaiê. Feito com as nervuras das folhas de palmeira, e enfeitado com búzios e miçangas, é o que Obaluaiê traz nas mãos quando dança personificando os ancestrais. XEREM – Chocalho de metal usado nos rituais. XINXIN – Comida de Oxum feita com galinha. XIRÊ – Vem do verbo brincar, podendo assim, significar divertir, jogar. Ou ainda o Xirê cantado para os Orixás = cântico dos Orixás. XOKOTÓ – Calças ou pequeno. XOROQUÊ – Uma das qualidades de Ogum no Brasil. XOXÔ – Oferenda feita para o Exú com o coco do dendezeiro. Y
    YABÁ – Rainha. Termo usado para designar os Orixás femininos, principalmente àquelas que foram realmente rainhas em passagens pela Terra como Iansã, Oxum e Obá, esposas do Rei Xangô. YANGUI – Exú considerado o primeiro do Universo. Exú Yangui, rei e pai dos demais Exus. YANSÃ – A mesma Iansã deusa das tempestades, ventania e trovões. A mãe dos nove espaços sagrados. YAÔ – Quer dizer esposa. Mas, no culto aos Orixás, significa sujeição aos mesmos. Submissão de esposa de Orixá. YEMANJÁ – Na Nigéria ela é cultuada como deusa do Rio Ogum, sendo um orixá de rio. Porém, no Brasil, ela é cultuada como deusa das águas salgadas, confundida com sua mãe. YEYÊ – O mesmo que Ìyá – mãe. YORUBÁ – Povo nigeriano que se dividiram em diversas tribos ou nações são elas: os Ketu, os Oyó, os Igejá, os Geges e os Nagos. Embora divididos em tribos diferentes, mantiveram a mesma cultura. É óbvio que houve algumas deturpações, mas as origens de culto são as mesmas. Z
    ZAMBI – Deus dos angolanos. ZARÁ – Saudação ao Orixá Tempo. ZIRI – Comida estragada. ZULU – Tribo africana. ZUMBI – Deus cultuado para os rituais maléficos.

Marcadores:

domingo, 19 de outubro de 2014

O SIGINIFICADO DE SUA QUARTINHA




O significado das quartinhas para o orisá Há uma frase antiga que descreve bem como se tem que ter cuidado com as quartinhas ... " O bom yáwõ não deixa a agua de sua quartinha secar " Quartinha é um pequeno pote, geralmente de barro, no qual de deposita água sagrada, água purificada ao Orixá e fica ao lado do assentamento do Orixá. O barro da quartinha, assim como nosso corpo, "transpira" e por isso que as quartinhas devem ser sempre de barro pois elas permitem que a água do seu interior evapore, mas deve-se ter um cuidado constante para que a quartinha não seque por completo, pois ela representa um ser vivo e o cuidado que temos com o Orixá. Na África, todas as eram confeccionadas em barro, as escravas, quando em solo brasileiro, se encantaram, com as porcelanas das sinhazinhas e começaram a utilizar a porcelana, nos assentamentos dos Orixás femininos, porém as quartinhas de porcelana, louça, latão, metal, fazem com que a água fique estagnada o tempo todo e não evapore. Com o passar dos séculos, tradicionalmente ficou estipulado que os Orixás masculinos, possuiriam quartinhas de barro e os Orixás femininos, assim como Oxalá, tanto Oxalufan, como Oxaguiã, poderiam usarem quartinhas de porcelana. A quartinha representa a respiração da divindade, então quando a divindade necessita dessa respiração, há o ciclo de evaporação da água através dos poros do barro. Aos Orixás masculinos são oferecidos quartinhas de barro sem alça, aos Orixás femininos são oferecidos quartinhas normalmente de louça ou mesmo de barro com alça. As quartinhas também são chamadas de Busanguê, Eni, Amoré e outros, dependendo da nação. Colocar quartinha de louça aos pés da divindade, não é uma prática do Candomblé antigo, porque na África não se produz louça. Todos os utensílios ligados ao culto das divindades são feitos na sua maioria de barro e quando não são feitos de barro, é usado terracota ou argila. Mas devido a nosso candomblé ter tido em sua origem muito também com A participação dos escravos aqui no brasil introduziram a louça ao culto e mantemos a tradição para algumas iyagbás e os osalás em geral .

sábado, 4 de outubro de 2014

Ewé! A Força que vem das Folhas!







KÒ SÍ EWÉ, KÒ SÍ ÒRÌSÀ! Expressão no idioma Yorùbá que quer dizer: “Se não há folhas, não há Òrìsà!” Esta expressão dá ao leitor o entendimento da importância das folhas dentro dos rituais de origem africana, no entanto, queremos aqui ampliar este conceito, traduzindo por folhas os vegetais de um modo geral, incluindo além de suas folhas, seus frutos, sementes, e até mesmo seu caule; e traduzindo por Òrìsà, os diversos usos “mágicos” desses vegetais.
Na caminhada evolutiva do homem, que hoje a maioria dos estudiosos acredita ter começado no continente africano, ele se valeu da observação da natureza para o desenvolvimento de habilidades que até então ele não possuía e, naquele continente onde “tudo começou”, sociedades ditas “animistas” ou “tradicionais” continuam até hoje vivendo em harmonia com a natureza, dela tirando ensinamentos para a sua vida social. Animistas porque acreditam que “toda manifestação viva pressupõe a presença de uma força vital, determinante do ideal de viver”, e que utilizando práticas específicas esta “força” poderá ser utilizada em seu favor! E dentro deste conceito os vegetais representam um grande potencial de possibilidades.
“Se para a medicina ocidental o conhecimento do nome científico das plantas usadas e suas características farmacológicas é o principal, para os Yorùbá o conhecimento dos ofò, encantações pronunciadas no momento da preparação das receitas e transmitidas oralmente, é o que é essencial. Neles encontramos a definição da ação esperada de cada uma das plantas que entram na receita.” (Ewé,Pierre Verger, 1995).
Bom, diante dessa referência concluímos que as plantas e seus derivados não são utilizados aleatoriamente, visam atender necessidades específicas, ou seja, qual o resultado esperado? Ou ainda: utilizar a folha certa no momento certo! Vimos também que a ação esperada dessas folhas está ligada ao que vai ser dito no momento de sua utilização, o ofò, que nada mais é do que a utilização da palavra enquanto transmissora de àse. Verger diz ainda que à primeira vista é difícil perceber nas diversas “receitas”, que tem como ingredientes elementos vegetais, qual é a parte “mágica”, ou seja, aquela que o efeito vai se dar pelo àse nela contido, e quais as virtudes testadas experimentalmente dessas plantas, ou seja, ele diz com isso que muitas dessas plantas já tiveram suas propriedades farmacológicas comprovadas.
Dentro desse contexto quero destacar o trecho de uma canção brasileira, interpretada pela célebre cantora baiana Maria Bethânia:
“Salve as folhas brasileiras! Salvem as folhas para mim! Se me der a folha certa, e eu cantar como aprendi, vou livrar a Terra inteira de tudo que é ruim! Eu sou o dono da terra, eu sou o caboclo daqui! Eu sou Tupinambá que vigia, eu sou o dono daqui!” (meu grifo).
O que me chamou atenção nessa composição, e que destaco para o leitor, é que ela ilustra o trecho acima de Verger, e mais ainda, a utilização das folhas está associada a um dos grupos indígenas brasileiros, sugerindo que esses nativos, primeiros habitantes do nosso País, também conheciam essa prática!
Ainda de Pierre Verger:
“Na língua Yorùbá, freqüentemente existe uma relação direta entre os nomes das plantas e suas qualidades, e seria importante saber se receberam tais nomes devido às suas virtudes ou se devido a seus nomes, determinadas características foram a elas atribuídas.” (meu grifo).
Como ilustração, transcrevemos o trecho de uma preparação Yorùbá para obtenção de dinheiro:
PÈRÈGÚN NÍ Í PE IRÚNMOLÈ L’ÁT’ÒDE ÒRUN W’ÁYÉ!
(É Pèrègún que chama os espíritos do além para a terra!)
PÈRÈGÚN WÁ LO RÈÉ PE AJÉ TÈMI WÁ L’ÁT’ÒDE ÒRUN!
(Pèrègún, agora vá e chame minhas riquezas do além!)
Nesta preparação encontramos referência a uma folha, conhecida pela maioria de nós: o Pèrègún, cujo nome é a contração do verbo “PÈ”, que significa chamar, com a palavra “EGÚN”, que significa espírito, ancestral, etc. Percebe-se então que esta folha tem a finalidade de “chamar (invocar) espíritos”, e que a própria pronúncia de seu nome já funciona como um ofò! No caso da receita acima, a sabedoria daqueles nossos ancestrais yorubanos que a elaboraram fez esse trocadilho: se Pèrègún pode chamar espíritos, pode chamar a riqueza! Certa vez ouvi de meu “bàbá” que o negro yorubano tem sobre nós a vantagem do uso corrente do idioma, enquanto nós aqui no Brasil ficamos presos a textos prontos, que nos foram transmitidos ao longo do tempo.
Para algumas pessoas, principalmente para aquelas que não estão ligadas aos cultos de matriz africana, pode parecer um tanto “primitivo” pensar dessa maneira, digo, esperar resultados a partir da utilização de certas plantas, de sementes, etc., enfim de elementos da natureza, aparentemente inanimados. No entanto, repetimos, existe por traz da utilização desses elementos uma questão cultural. Eles se utilizam desses elementos da natureza acreditando que eles expressam as suas necessidades perante o “Criador”, o destino final de seus pedidos:
“…Uma composição mágica parece ser considerada como uma coleção de coisas materiais, às quais é dado um valor simbólico; juntas constituem uma mensagem…” (Ewé, Pierre Verger, 1995)
Entre os Yorùbá, os ofò são frases curtas nas quais muito freqüentemente o “verbo” que define a acão esperada, chamado de “verbo atuante”, é uma das sílabas do nome da planta ou do ingrediente empregado. No entanto, o elo entre o nome da folha e a ação esperada, invocada através do ofò, não se limita apenas ao verbo, mas pode aparecer em uma frase curta ou longa, nesse caso estabelecendo uma relação simbólica entre algumas “características naturais” daquela planta a as “necessidades” do homem.
Vejamos alguns exemplos:
ÀT’ÒJÒ ÀTEÈRÙN KÌ Í RE TÈTÈ
(Tètè nunca está doente, nem na estação chuvosa nem na seca)
Este ofò faz referência a uma folha conhecida popularmente por Bredo ou Caruru de porco, e cujo nome Yorùbá é Tètè. É uma folha facilmente encontrada, tanto no meio urbano, nas margens de calçadas, como no meio rural, e confesso que antes de conhecer o seu valor ritual, passava-me despercebida, assim com muitas folhas que não conhecemos! Percebemos pela tradução que é uma planta resistente às variações da natureza, permanecendo sempre saudável, e não é este tipo de força que queremos para nossa vida?
OJÚ ORÓ NI Ó N’LÉKÈ OMI, TÈMI Ó L’Á LÉ
(Ojú oró flutua na água, eu também ficarei por cima)
Ojú oró é conhecida popularmente por Erva de Santa Luzia, é uma planta aquática, encontrada em rios ou lagoas. Percebemos que nesse ofò evoca-se o poder dessa planta de conseguir manter-se sempre por cima da água!
Em território Yorùbá, na preparação dos trabalhos ligados à obtenção de todo tipo de sorte, ou para afastar algum mal, esses vegetais são pilados e misturados ao sabão africano Ose (oxé) Dudu, com o qual toma-se banho, ou então são torrados, até a obtenção de um pó, que poderá ser misturado à comida, a bebidas destiladas, ou até mesmo esfregado em incisões feitas no corpo, particularmente nos punhos.
Essas práticas quase não sobreviveram aqui no Brasil, por ocasião da reestruturação do culto aos Òrìsà, no entanto há uma prática viva entre nós: o Oro Asa Òsónyìn ou Sassanha, como é mais conhecido, um ritual realizado nas casas de raízes Yorùbá, que significa basicamente: Ritual de proteção de Òsónyìn. Utilizamos o recurso dos “cânticos da folhas” para determinar que as oferendas sejam cobertas de realizações, uma vez que esses cânticos possuem “verbos atuantes” que facilitam a comunicação entre o povo e os Ancestrais Divinizados. No caso de uma Iniciação para Òrìsà ou “Feitura de Santo”, este ritual é realizado para preparar a “esteira”, onde ficará deitado o iniciado e o “banho” para lavar todos os seus objetos rituais, bem como para os seus banhos matinais diários.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

COMO CRIAR O YAÔ







COMO CRIAR O YAÔ...!!!!!
###...A educação e os cuidados ao Yaô são feitos tradicionalmente pela ajibonã, contudo muitas casas não tem pessoas intituladas, então os eg bomis e ekedis assumem esse papel. É muito importante que pessoas que já tenham noção da religião crie o yaô, pois eles serão espelho para o iniciante. Cada casa tem seus costumes, e tradições e quanto a isso não podemos questionar nem levar, mas alguns pontos são comuns.
Postura do Yaô...!!!!
O responsável pelo yaô, deve lidar com cuidado e respeito com a pessoa, afinal não é fácil fazer santo, e todos nós já passamos por isso. Dever ser aplicado todos os ensinamento pertinentes aquele momento, não é indicado falar sobre fundamentos que o yaô ainda não entende, isso pode deixar o neófito confuso.
Alimentação...!!!!
A comida do yaô deve ser feita com carinho, onde ele come o axé de seu orixá, os bichos de sua obrigação, são a base para sua alimentação. De manhã é dado a massa de acaçá doce, chamado oká, também pode ser feito de canjica cozida e batida adoçada, o sabor fica melhor. Na hora do almoço é servido do guenguem, que é o pirão de frango, assim como na janta. Frutas podem se consumidas.
Dica:
- Ficar no quarto de santo pode ser estressante para muitos, então o chá de colônia ajuda a acalmar.
- Os filhos de Oxalá devem consumir a comida sem sal e mornas.
- Para diversificar, frite inhames e bananas da terra.
Roupa...!!!!
Ou o yawô fica de lençol, ou de roupa de ração branca e confortável, a chamada roupa de conta, que é a ração sem rendas nem detalhes decorativos.
Dica:
- O lençol deve ser abaixo do joelho, contudo o yaô deve conseguir se mexer para dançar o prefuré.
- Não deve ser usado roupas que apertem, como sutiãs.
O Roncó...!!!!
Roncó é local onde yawo é criado, mas muitas vezes também podem ser criados dentro dos quartos de santo. O local deve ser limpo, o lençóis não devem ficar sujos para não atrair formigas e outros bichos, e a esteira depois de colocada não deve ser levantada, apenas em casos especiais.
Dica:
- Limpe o quarto de santo com o o mim eró (água de folha), ou use o perfume alfazema.
- Troque sempre a água da quartinha, e mantenha com tampa.
O Dia do Oruncó...!!!
Para quem já passou sabe, é um frio na barriga e é função dos irmãos mais velhos, passar segurança para o irmão.
Relação entre “Mãe ou Pai de criação e Omolu Orixá...!!!!”
A pessoa que nos cria dentro do quarto de santo, merece muito respeito, pois ela o ele nos ensinou a dar os primeiros passos, como uma criança, pegou pela mão. Uma casa de santo não é feita apenas do pai de santo, somos um egbé, uma comunidade, onde um precisa do outro, é um ciclo, hoje você está sendo criado e amanhã estará criando, e assim se perpetua nossos ensinamentos e nossa religião. Nesse post eu quis apontar os principais pontos, mas criar um yawô é muito mais complexo e aprendemos no cotidiano, acompanhando a casa de axé e aprendendo seus costumes....!!!...ASÉ ÔOOOOOOOO..

O Acaçá






No candomblé, durante os ritos, a nossa individualidade é apresentada simbolicamente ao Orun, pelo àkàsà ou como também é chamado o ekó. Outro significado importante é que ele representa a nossa ligação com o Orixá, que como o alimento, deve ser densa, pura e protegida.
Ele é feito com a farinha de milho ou a canjica branca batida, que levados ao fogo se torna um mingau branco que é colocado ainda quente na folha de bananeira, que chamamos de ewè ogedè, devidamente limpas e passadas na chama do fogo. O dono do ekó, é Oxalá e aceito por todos os Orixás e também pelos ancestrais, esse alimento é usado por todas as nações yorubás e algumas famílias descendentes dos bantus.
Não é em todo lugar do Brasil ou até mesmo fora dele, que vamos encontrar a folha de bananeira para fazer o ekó, por isso muitas vezes a ewè ogedè é substituída pela folha da mamona, a ewè lárá, ou como certa vez me disse um mais velho, “meu filho quando não há nem uma nem outra, procure uma folha que nasça em um pé que não tenha espinhos”.
Existem algumas variações do ekó, como o “acaçá de leite” que é preparado como a massa de manjar e geralmente é usado no Bory, o “acaçá vermelho” que é feito com fubá ou farinha de milho amarela e temperado com um pouco de dendê, e ele é muito apreciado por Exú, Ogum e Odé, ou até mesmo o que é feito massa de feijão preto bem cozido, que é usado em alguns ebós, que chamamos de “acaçá preto”.e também acaça de casca de cara pra xango ,e acaça de cara pra oxaguiam.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

....O DENDEZEIRO.....

Que outro vegetal pode ser mais importante para nosso contexto religioso que o dendezeiro?
Creio que podem existir outros tão importantes quanto ele, mas nenhum mais importante do que ele.
Das suas folhas fazem-se as franjas do mariwo, cortinas sagradas que têm por finalidade resguardar e separar o sagrado do profano.
De seus frutos extrai-se o óleo de palma, conhecido no Brasil como “azeite de dendê”, no Caribe como “manteca de corojo”, entre os Yorubas como “epo pupa” e entre todos os iniciados como "sangue vegetal".

Retirada a polpa de seus frutos, de onde se obtém o azeite, resta uma semente, pequeno caroço no interior do qual se encontra um coquinho do qual se extrai um óleo finíssimo denominado “óleo de palmiche”, conhecido em yorubá pelo nome de “ADIN”.
Este óleo seria a maior interdição de Exu e sua grande “EWÓ ou KISILA”.
Não bastassem os diferentes produtos que nos é fornecido por esta árvore, devemos nos reportar aos seus significados mais profundos.

O dendezeiro é a árvore sagrada de Ifá e é de seus frutos que se obtêm os negros caroços que, depois de ritualisticamente consagrados, irão representar ORUNMILÁ em seus assentamentos, além de servirem para as consultas ao oráculo de Ifá onde o próprio Orunmilá é contatado por seus sacerdotes, os BABALAWÔS. Aos caroços assim consagrados dá-se o nome de “IKIN”.









Somente os “coquinhos” que possuam quatro “olhos” ou mais servem para esta finalidade, sendo que aqueles que possuem apenas três olhos não devem ser usados para este fim.

Sabemos da existência de escolas que utilizam indiscriminadamente os caroços, independente da quantidade de olhos que possuam, mas não é meu objetivo questionar a validade deste fato na presente mensagem.

O que importa é deixar claro que, classificado cientificamente como "Elaeis Guineensis", pertencente a família das "palmáceas", este vegetal possui ainda duas variações que são a "communis" e a "idolátrica".
A primeira, “comum”, é a mais utilizada na cultura deste vegetal, por produzir, em maior quantidade, frutos maiores e que atendem melhor ao objetivo da produção de mais óleo.
A variedade “idolátrica” produz frutos menores e, por este motivo não é cultivada como sua irmã “comum”, mas é ela que produz as sementes de quatro ou mais olhos o que não ocorre em relação à espécie comum, que pode, ocasional e muito raramente oferecer-nos um caroço de quatro olhos entre milhares de três, e isto é uma exceção dificílima de ocorrer.
Esta diferença sempre foi conhecida pelos africanos que dão, ás duas espécies, nomes diferentes.

Segundo Verger, a variedade “communis” é conhecida pelos YORUBÁ pelos seguintes nomes:
OPÈ PÁNKÓRÓ; ÌPÁNKÓRÓ; OPÈ ARÙNFÓ; OPÈ ÉRÚWA; OPÈ ALÁRÙN; OPÈ ELÉRAN; OPÈ ÒRÙWÁ, ETC.
A VARIEDADE “IDOLÁTRICA” É CONHECIDA COMO: OPÈ, OPÈ IFÁ, OPÈ OLÍFÀ, OPÈ KIN; OPÈ IKIN; OPÈ YÁAÀYÀLA; OPÈ PEKU PE YE; OPÈ KANNAKÁNNÁ E OPÈ TÉMÉRÉ ERÉKÈ ADÓ.

A questão é a que se segue: será que existem, no Brasil, pés da variedade idolátrica?
Será que se conseguem mudas da mesma?
Qualquer informação será de grande utilidade para todos pois é nossa obrigação conservarmos a palmeira sagrada do dendezeiro.

OBI TEM MAIS DE CINCO CAÍDAS????








A resposta é sim, estamos diante de um momento histórico.
Podemos mudar o rumo,de tudo que está acontecendo,é chegada a hora da recuperação do que foi perdido, mas para isso temos que estar dispostos.
Exemplos como esse do jogo de obi (fruto, que também serve como Oráculo) podem sim ser usados no nosso país, que ensina que o jogo de obi tem cinco caídas, poucos sabem que no obi existe partes masculinas e partes femininas.

O número de estórias inventadas em nossa religião é tão grande, que ainda existe quem acredita que embaixo da roupa de Baba egungun, não tem nada.

As nove caídas do jogo de Obi.

1. Ilera - 1 masculino: boa saúde, poder masculino, também trás o insucesso.
2. AJE -1 Feminino: o poder das mulheres traz prosperidade, mas uma manifestação negativa feminina tem o poder de bloquear a prosperidade .
3. Ejire - 1 masculino e 1 feminino: harmonia entre o sexo masculino e feminino , sucesso em qualquer negócio.
4. Akoran -2 masculinos: determinação, manifestação negativa de disputas, conflitos.
5. Ero -2 femininos: paz, tranqüilidade e relaxamento, preguiça leva ao fracasso.
6. Akita - 2 masculinos 1 feminino: sucesso após dificuldades mas a falta de entendimento pode levar ao fracasso.
7. Obita - 2 femininos e 1 masculino: vitória e sucesso podem desaparecer..
8. Alaafia - Todos os quatro abertos: harmonia em todos os aspectos, uma vitória completa, as medidas devem ser tomadas para atingir o sucesso.
9. Oyeku - Todas as quatro partes estão fechadas manifestação obstáculos e doença, até a morte.

A IMPORTÂNCIA DO OVO NO CANDOMBLÉ









O ovo é o principal e maior símbolo da fertilidade, utilizado amplamente nos rituais de purificação, iniciação, Borí e èbós de propiciação e defesa. Existem vários contos de Ifá relatando a grande importância do Ovo. Uma delas conta que, Òlódúnmàré (Deus) estava para dar origem ao universo, tinha num pote de barro “4 Ovos”, com o 1º ovo deu origem primeiramente a Òòrìsànlà-Òbátálà surgindo na explosão da luz sem forma quando literalmente Deus disse haja luz assim Òòrìsànlà surgiu no mundo, com o 2º deu origem a Ògún a forma, o 3º deu origem a Òbálúwàiyé a estrutura, o 4º ovo acidentalmente caiu de sua mão estourando no chão revelando sua riqueza originando assim a primeira mulher universal chamada Ìyàmi-òsòróngà, expondo o segredo de sua riqueza para o grande pai, ou seja, mostrando seu poder de fertilidade e sobrenatural exposto a olho nu diante do Deus Supremo, nascendo assim, a fonte mantenedora da vida o Ovo possui três diferente cores associado as cores principais e primordiais do universo; o ovo de casca azul representando a cor preta relacionada ao “Aba” = a escuridão as trevas das profundezas da terra e mares, o ovo de casca branca relacionada ao “Iwà” = a explosão da luz, e finalmente o ovo de casca vermelha relacionada ao “Àsé” = fogo mantenedor da fertilidade totalmente relacionado ao poder sobrenatural. Seu conteúdo possui diversas características, o qual na maioria das vezes é branco, frágil e oval. Dele nasceu um novo ser, associado a idéia de que o universo surgiu primordialmente dele próprio, na forma de um protótipo do mundo. Como um filho de asas negras = ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ que foi cortejada pelo vento = ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ. O ovo é uma célula reprodutora feminina dos animais chamada macro-gameta, ou seja, rudimento de um novo ser organizado, primeiro produto do encontro dos dois sexos, pelos quais desenvolve a possibilidade de existência do fato. Germe, origem, princípio. Uma imagem viva do grande mundo (O Universo), em oposição ao microcosmo (o homem). O Ovo é resultante da composição e fecundação de óvulos, possuindo 4 partes; a 1º parte é a casca que representa o útero (invólucro mítico), a 2º parte é membrana interna que representa a bolsa, placenta uterina (parede defensora), a 3º parte é a clara, matéria viscosa e esbranquiçada, do grupo das proteínas que representa o útero, a 4º parte é a gema amarela, parte intima, central e globular suscetível de reproduzir, a qual representa o feto, um novo ser engendrado preparado para nascer e autuar no que for necessário.

O mito do ovo está presente em todas as culturas antigas, entre elas a Yorubà, Polonesa, Fenícia, Chinesa, Eslava, Polinésia, Finlandesa, Hindu, Germânica, Hebraica entre outras. A força germinal contida no ovo, esta associada à energia vital com grande desenvolvimento através de èsú, motivo pelo qual, tanto o ovo como Èsú, desempenha uma função importantíssima no culto Yorubà principalmente no culto de ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ, ÒSÚN, IYEWÁ, OYÀ, ÒMÒLÚ e etc...
Confirmando um total culto à fertilidade, magias curativas, purificando e quebrando as forças maléficas. A gema, sangue germinal unida à clara para obter nutrientes e hidratação necessária, transformados num único ser vivo individual no interior do ovo, plagiando o mesmo processo no interior do útero, que indiscutivelmente é o mesmo processo que acontece nos rituais, numa mesma idéia de união do casal universal; Òòrìsànlà-Òbátálà e Iyémowo. Só o que no contexto do ovo, acontece mais rapidamente não existindo nenhum tipo de vinculo biológico entre a mãe e o filho, ou seja, não existe cordão umbilical. Isto explica o poder contido no ovo por si só, o qual foi um elemento criado diretamente pelo todo poderoso Òlódúnmàré (Deus), que colocou primeiramente o Ovo no mundo, logo depois surgindo dele a vida, ou seja, a ave. Por isso, o ovo é um elemento originado do criador, o símbolo mais importante representante do poder de ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ a mãe universal que necessita intrinsecamente do poder masculino de ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ, o qual faz o ovo um elemento de muito Àsé (poder realizador). O ovo é utilizado amplamente nos rituais sob várias formas depois de encantados por palavras mágicas; na finalidade de neutralizar o mal, purificar a cabeça de um Iyawó antecedendo a iniciação, purificar a cabeça das que habitualmente irá receber sacrifícios no Orí, antecedendo o borí, purificar o caminho de pessoas que tem obstáculos na vida, tirar problemas de confusão, purificar uma pessoa com maus espíritos, tirar doença de mulheres e bebes tirar a Ikú das ou do caminho de alguém. O ovo e também utilizado nos rituais de propiciação; na finalidade de obter fertilidade, atrair dinheiro, produtividade nós negócios e apaziguamento de certa situação quando utilizado em èbós de seu a ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ. O ovo quando cozido não possuindo mais então é utilizado inteiro sobre as oferendas das divindades, tendo somente a função de neutralizar doenças negativas. Já quando cozido e esfarinhado misturado ao “EKURU” também esfarinhado, este tipo de comida é utilizada para espalhar sobre o solo da casa de òrìsá, na finalidade de agradar os “AYES” (espíritos que residem na terra) espantando o mal ou neutralizando as energias negativas, quando é invocado neste ritual; os AYE sob o domínio de Ìyàmi-òsòróngà, Èsú e Òbálúwàiyé, assim propiciando abundancia e prosperidade para casa.O ovo cru com seu frescor, quando utilizado inteiro em oferenda tem a função tranqüilizar e refrescar. Por isso, é comum vermos muitos ovos crus depositados no chão aos pés de certos Ajùbò (assentamentos dos òrìsas) na finalidade de atrair abundancia e proteção, fazendo todas as divindades compreenderem perfeitamente que o èbò é uma súplica de fertilidade, germinação de filhos, dependendo da atuação da Divindade, ela não só atuará no tocante a fertilidade no útero, mais também propiciaria dinheiro, sorte, saúde e desenvolvimento na vida, por ser ovo um agente naturalmente fértil. Já os ovos crus, quando “quebrando” diretamente passando na cabeça, têm a função poderosa de purificar e livrar até 80% qualquer tipo de feitiço ou qualquer outro tipo de negatividade que esteja sobre o Orí de uma pessoa. Quando num èbò ovos crus são atirados no chão ou quebrados encima do corpo de uma pessoa num sacrifício de purificação vulgarmente chamados de descarrego, é na finalidade de desobstruir os caminhos tirando as dificuldades da vida ou qualquer espírito de força contrária que esteja acoplado no corpo (obsessores). Ao ser quebrado ele revela sua riqueza e seu poder tanto sobrenatural como concreto, pois no exato momento que é quebrado, o ovo não terá mais a possibilidade de germinar, ou seja, nascer algo dele, assim num tipo de substituição ou troca matará o problema que aflige uma pessoa possibilitando o fim de algo ou de uma situação negativa. Por este motivo que o ovo cru deve ser quebrado principalmente no Òrí de uma pessoa, numa preparação da cabeça que logo depois irá levar ritos sacrifica-tórios; começando pelo 1º sangue negro o Agbo-tutu (sumo de ervas fresca) em seguida o sangue vermelho de aves ou quadrúpedes e finalmente o sangue branco do igbin (caracol) que é espremido por cima de tudo, assim purificando, possibilitando a existência da força sobrenatural, acalmando e fertilizando a cabeça que esta no momento recebendo o puro ase , com a união dos três sangues primordiais após ter sido purificada com o ovo cru, possibilitando a pessoa obter sorte, dinheiro, felicidade, fertilidade, saúde e tranqüilidade. Quando um ovo é quebrado em qualquer ritual, o nome Ìyàmi-òsòróngà é respeitosamente citada e reverenciada, porque qualquer que seja o ovo lhe pertence, como relata vários Itãn-Ifá. Quebrar um ovo na rua (atirando no chão) pela manha por três ou sete dias consecutivos, chamando Èlegbara e Ìyàmi-òsòróngà e espargindo dendê por cima do ovo cru, este, é um simples e poderoso ritual do culto de Ìyàmi-òsòróngà, o qual tem a finalidade de afastar qualquer tipo de dificuldade ou prejuízo acalmando qualquer energia avessa do caminho de uma pessoa. Como relata ifá, o ”Ovo de pato” é o símbolo da vida e umas das proibições de Ikú (morte), a utilização do ovo de pata cru, é essencial principalmente em certos rituais e seu, com finalidade de quebrar a força da morte, doença e perdas, assim uma pessoa sairá vitoriosa obtendo longevidade, saúde e ganhos. Quando cozido e esfarinhado é utilizado como agente purificador passando pelo corpo de uma pessoa em èbós de Egungun ou Onilé (para dentro da terra), também como casca e tudo é transformado a pó (seco ao sol) utilizado no igbà-Orì e assentamentos dos Òrìsá de relação com ikú Ex: Èsú, Ògún, Òbálúwàiyé, Iyewá, Òmòlú, Erinlè, Ibeji, Sàngó, Oyà, Iyémowo, Òòrìsànlà, Ajaguémó, Iroko, Yòbá, Onilé, Egungun e Gèlèdè. Como relata Ifá, o único Òrìsá que não possui relação com ikú é o òrìsá Òsún, por ela não aceitar qualquer relação com situação de morte, também não aceita que os animais em seu culto sejam sacrificados (mortos) encima de seu Okuta. Por motivo não admiti a utilização de qualquer utensílio de cor escura, marfim, osso, buraco, agressividade e doença, os quais possuem totais relações com a morte. Isto também explica o porquê Òsún não aceita que suas filhas morram facilmente, assim Òsún os protege dando longa-vida numa ação de prolongar o Maximo o contato com a morte, todos esses aspectos de Òsún estão relatados nos Itãns do Odu Ósé.Assim, o ovo de pata é amplamente utilizado nos “Èbós–Aiku” (sacrifício de longevidade) tirando qualquer tipo de morte, seja material, espiritual, financeira ou sentimental. Fica claro que o ovo utilizado na casa de Òrìsá é um elemento de Ìyàmi-òsòróngà sendo um utensílio de muito àsé.
Classificação dos Ovos
Ovo de galinha cru – purifica e tranqüiliza. Ovo de galinha cozido – tirar doenças.Ovo de galinha esfarinhado – neutralizar negatividade do ambiente, atrair prosperidade e abundancia
Ovo de pata cru – enfraquece a força da morte, doenças graves e perdas.