domingo, 18 de outubro de 2015

PRECEITOS


Como em todo e qualquer dogma, a Umbanda também faz uso de preceitos específicos e predeterminados. Na Umbanda os preceitos são abstenções voluntárias em benefício da positivação ou negativação de cada um, e se dividem em 3 grupos distintos, à saber:

Primordial
Opcional
Ocasional

PRIMORDIAL: é o preceito indispensável à todos os médiuns sem exceção como preparativo para os trabalhos mediúnicos nas sessões de terreiro, e se dividem em 7 itens:
Isenção de sexo, pelo menos 8 horas antes do início dos trabalhos mediúnicos.
Isenção de ingestão de produto animal que dependa do sacrifício do mesmo, inclusive peixes, isenção esta à partir de 24 horas antes do trabalho mediúnico.
Isenção nas 12 horas anteriores ao trabalho mediúnico, de maus pensamentos (ódio, orgulho, inveja, vaidade).
Uso de roupa apropriada e predeterminada para o trabalho mediúnico.
Banho de descarga, conforme determinado a cada um.
Pontualidade ao início da corrente fraterna.
Entregar-se ao trabalho espiritual sem a preocupação com a hora do término do mesmo.

OPCIONAL: é o preceito que, em adendo ao primordial, é determinado pelo Orientador Espiritual ou pelo Chefe do terreiro, para determinados médiuns:
Isenção de produtos animais, mesmo que não dependam do sacrifício dos mesmos. Exemplo: manteiga, queijo, ovos, leite, etc.
Banhos de descarga especiais e específicos.
Firmeza extraordinária do Anjo de Guarda.


OCASIONAL: é o preceito de emergência, o que é praticado em caso de emergência, quando necessário ao trabalho mediúnico, fora da corrente fraterna.
Firmar os Anjos de Guarda; o seu e da pessoa a ser atendida.
Exigir no local o mais absoluto silêncio e concentração.
Pedir licença e salvar o Orixá TEMPO.
Mentalizar o Divino Nazareno, invocando à Ele a permissão do trabalho sem os preceitos normais e rogando-lhe o auxílio do Astral Superior.


Independente de todos estes preceitos, todo médium deve abster-se durante o trabalho mediúnico de jóias, bijuterias, objetos metálicos e dinheiro; enfim o médium deve procurar estar o mais puro possível para ingressar na corrente fraterna.

HORAS NA UMBANDA

Todas as horas da Umbanda são controladas por um Orixá independente dos demais, pouco conhecido, chamado ORIXÁ TEMPO, que é o determinante do envio das vibrações cósmicas, assim como o momento exato da utilização do ritual necessário. Como estamos encarnados no terceiro planeta do sistema solar, controlado por uma estrela de 5a grandeza, da 2a Galáxia, um planeta presídio por nós chamado de Terra, temos que nos atener ao sistema de contagem de tempo do mesmo, embora que não muito consonante com o Tempo Real. Baseados na nossa forma de contagem de Tempo, a Umbanda divide as horas de um dia em três tipos diferentes, à saber:
Horas Abertas
Horas Fechadas
Horas Neutras

HORAS ABERTAS: são consideradas horas abertas na Umbanda, as não classificadas como neutras ou negativas, portanto positivas para a feitura de qualquer dos trabalhos abaixo enumerados:
Mentalização
Vidência
Irradiação
Jogo de Búzios
Agrados
Amalás
Amacís


HORAS FECHADAS: são aquelas que nenhum dos atos ritualísticos ou litúrgicos descritos acima podem ser efetuados. São consideradas horas fechadas, os 15 minutos anteriores e posteriores à HORA PEQUENA e à HORA GRANDE, ou seja de 11:45hs às 12:15hs, assim como também de 23:45hs às 00:15hs; horas que são destinadas à entrega de EBÓS, DESCARREGOS, ou o emprego da Força Negativa para a prática do Bem.


Nestas Horas Fechadas, não se deve praguejar, amaldiçoar, discutir, entrar ou sair de lugares cobertos e freqüentar locais espúrios.


HORAS NEUTRAS: são aquelas em que qualquer tipo de Ato Litúrgico ou Ritualístico é dado à cada um segundo, o seu mérito.


Estas Horas Neutras da Umbanda são muito utilizadas no Esoterismo e classificadas como HORAS TERÇAS e HORAS NONAS (6hs e 18hs).


NOTA: excetuando-se as Horas Negativas e Neutras, todas as outras horas do dia são consideradas como positivas.


Das 7 Linhas da Umbanda, apenas três podem interferir e alterar o ritual praticado em todas as horas:
A Linha de Oxalá
A Linha das Senhoras (OXUM, IEMANJÁ, IANSÃ e NANÃ)
IBEJI


DISCRIMINAÇÃO DAS HORAS NA UMBANDA


HORASSEMANA
-SegundaTerçaQuartaQuintaSextaSábadoDomingoObserv.
Espaço de 15 minutos após às 0hs até 00:15hsNegativa
Até 1hAlmasOgumXangôOxóssiOxaláSenhorasIbejiPositiva
De 1 às 2hsOxóssiXangôIbejiOgumAlmasOxaláSenhorasPositiva
De 2 às 3hsOgumIbejiSenhorasXangôOxóssiAlmasOxaláPositiva
De 3 às 4hsXangôSenhorasOxaláIbejiOgumOxóssiAlmasPositiva
De 4 às 5hsIbejiOxaláAlmasSenhorasXangôOgumOxóssiPositiva
De 5 às 6hsSenhorasAlmasOxóssiOxaláIbejiXangôOgumNeutra
De 6 às 7hsOxaláOxóssiOgumAlmasSenhorasIbejiXangôPositiva
De 7 às 8hsAlmasOgumXangôOxóssiOxaláSenhorasIbejiPositiva
De 8 às 9hsOxóssiXangôIbejiOgumAlmasOxaláSenhorasPositiva
De 9 às 10hsOgumIbejiSenhorasXangôOxóssiAlmasOxaláPositiva
De 10 às 11hsXangôSenhorasOxaláIbejiOgumOxóssiAlmasPositiva
De 11 às 11:45hsIbejiOxaláAlmasSenhorasXangôOgumOxóssiPositiva
De 11:45hs às 12:15hsEspaço de de tempo de hora fechadaNegativa
De 12:15hs às 13hsSenhorasAlmasOxóssiOxaláIbejiXangôOgumPositiva
De 13 às 14hsOxaláOxóssiOgumAlmasSenhorasIbejiXangôPositiva
De 14 às 15hsAlmasOgumXangôOxóssiOxaláSenhorasIbejiPositiva
De 15 às 16hsOxóssiXangôIbejiOgumAlmasOxaláSenhorasPositiva
De 16 às 17hsOgumIbejiSenhorasXangôOxóssiAlmasOxaláPositiva
De 17 às 18hsXangôSenhorasOxaláIbejiOgumOxóssiAlmasNeutra
De 18 às 19hsIbejiOxaláAlmasSenhorasXangôOgumOxóssiPositiva
De 19 às 20hsSenhorasAlmasOxóssiOxaláIbejiXangôOgumPositiva
De 20 às 21hsOxaláOxóssiOgumAlmasSenhorasIbejiXangôPositiva
De 21 às 22hsAlmasOgumXangôOxóssiOxaláSenhorasIbejiPositiva
De 22 às 23hsOxóssiXangôIbejiOgumAlmasOxaláSenhorasPositiva
De 23 às 23:45hsOgumIbejiSenhorasXangôOxóssiAlmasOxaláPositiva
De 23:45hs às 00:15hsEspaço de tempo de hora fechadaNegativa


CRUZAMENTO COM PEMBA


O Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda para melhor proteção dos médiuns que já contam com uma incorporação definida, e que por esta razão tomam também parte ativa em descargas fluídicas negativas. Em todas as Nações que praticam a Umbanda, não é permitido a um médium de incorporação, iniciar o seu trabalho sem que antes para isso, não houvesse se cruzado.


O Cruzamento deve ser feito da seguinte forma: segurando a Pemba com a mão direita, fazer uma cruz na fronte, depois cruzar a palma da mão esquerda e descendo, cruzar também o peito do pé direito. Após isto, passar a pemba para a mão esquerda e com ela fazer uma cruz na nuca, depois cruzar a palma da mão direita e descendo cruzar o peito do pé esquerdo.

OS PONTOS NA UMBANDA

Na Umbanda o ponto é o elo de ligação entre o mundo espiritual e o mundo material, e se subdivide em dois tipos, à saber:
ou PONTOS RISCADOSZIMBAS
PONTOS CANTADOS ou CURIMBAS


Tanto o Ponto Riscado como o Ponto Cantado têm sua primeira divisão como:

Ponto da tribo ou Clã

Ponto de trabalho


Em ambas subdivisões acima os pontos podem novamente se subdividir em:

a) Ponto de chamada

b) Ponto de apresentação (ou identificação) *(vide Nota no 1)

c) Ponto de falange

d) Ponto cruzado *(vide nova subdivisão a seguir)

e) Ponto de demanda

f) Ponto de Maleime (pedido de perdão)

g) Ponto de subida


O item (d) Ponto Cruzado, por sua vez, subdivide-se em:

1d) Defumador

2d) Ordenação

3d) Mão de Faca

4d) Mão de Ofá

5d) Cruzamento de Pemba

6d) Batismo

7d) Confirmação

8d) Amacís

9d) Casamento

10d) Retirada de Vume


IMPORTANTE: O Ponto Riscado ou o Ponto Cantado nunca deve ser interrompido no meio, principalmente por terceiras pessoas. Os Comentários sobre o Ponto Riscado ou sobre a inconveniência do Ponto Cantado, deverão ser postas ou comentadas por quem de direito, após o término dos mesmos.


Nota no 1: o Ponto de apresentação pode ser dado da mesma forma de duas maneiras diferentes e aceitos como certos:

Ponto da tribo ou Clã

Ponto de trabalho

GUIAS (colares)


A Guia (colar) é um ponto de referência e atração entre a Entidade e o médium. Ela é preparada para que haja maior facilidade de comunicação, ou um elo mais firme entre a Corrente Vibracional do Astral Cósmico e a Corrente Vibracional material dos médiuns.
A Confecção da guia, obedece quanto ao número de contas, uma das três séries, à saber:

Série de 7: Médiuns em preparação e etc.

Série de 5: Médiuns que terão sub-comandos

Série de 3: Médiuns que terão Comando


Na série de 7 estão incluídos os médiuns em preparação (desenvolvimento) e também os que, embora suas Entidades já tenham permissão para dar passes, consultas e participem de determinados trabalhos, jamais poderão alcançar as séries superiores, pois que assim está predeterminado em seu Karma.


Nesta série, as guias constam de 7 contas brancas, alternadas por uma conta da cor do Eledá, que de acordo com os méritos e a evolução, se acrescentará uma conta do Eledá, retirando uma branca, a cada ano, até perfazer 7 contas de cor e 1 branca.


Na série de 5, os médiuns são preparados para sub-comandos ou para substituí-los, à saber: Iaba, Mão de Faca, Mão de Ofá, e Ogam Calofé.


Nesta série as guias constam de 5 contas brancas, alternadas por uma conta da cor do Eledá, que de acordo com o mérito se acrescentará uma conta do Eledá, retirando-se uma branca a cada 3 anos, até perfazer 5 contas do Eledá e 1 branca.


Na série de 3 estão incluídos todos os médiuns, que tiverem por Karma, que ser preparados para comando: Cambone de Ebó, Pai ou Mãe Pequenos, subchefe e Chefe de Terreiro (Babalorixá ou Ialorixá).


Nesta série, as guias constam de 3 contas brancas, alternadas por 1 da cor do Eledá, que de acordo com os méritos, se acrescentará uma conta do Eledá, retirando 1 branca a cada 7 anos, até perfazer 3 contas doEledá e 1 branca.


O mérito para o acréscimo nas guias, é sempre determinado pelo Comando do Terreiro, ou seja pelo Guia Chefe do Terreiro (ou Orientador), os subchefes Espirituais; nunca pela própria Entidade incorporante, no referido médium.


O médium, no decorrer do seu preparo, deverá receber as seguintes guias (colares):




dada ao médium como segurança, após o seu Amacís e Batismo na LeiGuia de Oxalá:
Guia do Obreiro: dado ao médium em consonância com a Entidade que ficará responsável pelo médium.
Guia do Capangueiro: dado ao médium, com autorização da Entidade (acima) responsável pelo mesmo, afim de elo de ligação entre o médium e o empregado (Exu) da dita Entidade.
Guia de Orixás: guias de referência aos Orixás que mais influem no médium (1o Adjutor e Adjutor Auxiliar).
Guias do Eledá: guias com contas da cor do Eledá.


A - Pai de cabeça

B - Mãe de cabeça

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