sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ÌKÚ - MORTE



É visto como um agente criado pôr olódùmarè para remover as pessoas cujo tempo na Terra tenha terminado. A morte é denominada Ìkú, e trata se de um personagem masculino.
Sua lógica é para as pessoas mais velhas, e que, dadas certas condições, devem viver até uma idade avançada. Pôr isso , quando uma pessoa jovem morre, o fato é considerado tragédia; pôr outro lado, a morte de uma pessoa idos é ocasião para se alegrar. Sobre isto, costuma se dizer Ikú Kí pani, ayò Io npa ni a morte não mata, são os excessos que matam.
O odú òyèkú méji revela, em um de seus ìtàn, que a morte começou a matar depois que sua mãe foi espancada e morta na praça do mercado:
No dia em que a mãe da morte foi espancada
No mercado de Ejìgbòmekùn
A morte ouviu
E gritou alto, enfurecida
A morte fez do elefante a esposa de seu cavalo
Ele fez do búfalo sua corda
Fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para a luta.

Posteriormente, a morte foi subjulgado depois que seus inimigos conseguiram que ela comesse o que era proibido comer, segundo o conceito do èwò, visto anteriormente ,só conhecido através do jogo de ifá. Neste relato, é a esposa de Ikú, Olójòngbòdú, que revela este segredo:

Nós consultamos Ifá para Olójòngbòdú
Mulher de Ikú
Ela foi chamada cedo, pela manhã
Eles perguntaram o que seu marido não podia comer
Que o tornasse capaz de matar outros filhos de pessoas ao redor?

Ela disse que a Morte, seu marido, não podia comer ratos
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ratos?
Ela disse que as mãos da morte tremeriam sem parar
Ela disse que a Morte, seu marido, nào podia comer peixe

Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse o peixe?
Ela disse que os pés da Morte tremeriam sem parar
Ela disse que a morte, seu marido, não podia comer ovo de pata
Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ovo de pata?
Ela disse que a morte vomitaria sem parar.
A conclusão deste odú é que foram dados á morte todos os alimentos proibidos, o que a fez acalmar e impedir a sua tarefa que estava sendo feita sem qualquer critério, ou seja, a Morte foi subjulgada apenas depois que seus inimigos conseguiram que ele comesse o que era proibido comer. Verificamos novamente a importância do respeito ás coisas proibidas, éwò, cujo conhecimento só é possível através do sistema de ifá.
Devemos registrar que, no processo de divinização de ifá, ocorrendo a caída deste odú, irá revelar vitória de qualquer pessoa sobre a morte.
Embora a morte seja inevitável, e imprevisível, vimos que ele pode sofrer alterações através da intervenção de Òrúnmìlá ou de qualquer outro òrísà junto a Olódùmarè, e isto é previsto em outro mito, quando Èsú consegue subornar o filho de Ikú, que revela o modo pelo qual Ikú matava com o uso de uma clava a fonte indispensável de seu poder. Sem essa clava , Ikú tornava se impotente. Èsù foi ajudado pôr Ajàpàá, a tartaruga, que conseguiu o que desejava, conforme o dito Ajàpàá gbé òrúkú Iowó Ikú A tartaruga tirou a clava das mãos de Ikú. Posteriormente, fez um pacto com Òrúnmìlà, com a condição dele ajudá- lo a recobrar a sua clava; em troca, Ikú só levaria aqueles que não se colocarem sob a proteção de Òrúnmìlà ou aqueles que estivessem com a data já determinada para o fim de suas vidas na terra. Isto reflete a necessidade de um constante acompanhamento da situação de uma pessoa através do jogo. Daí o provérbio Arùn Ia wò, a Ki Wo Ikú A doença pode ser curada a morte não pode ser remediada. E ainda o odú Irò-sùn oso revela:
Se Ikú não chegar, adoremos Òsùn
Se Ikú não chegar, adoremos Òrìsà
Se ikú realmente chegar, não adianta Ikú receber sacrifício.

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