terça-feira, 8 de março de 2016

Estar no Templo

Muitas rochas eu escalei
Muitas colinas eu conquistei
Tenho visto muitas residências antigas
Em muitas cavernas eu entrei
Mas, em nenhuma como as pedras do magnifico Olúmo
Um bastião de granito maciço
Voando alto em direção ao azul gelado do Céu.
Sorrindo e brilhando em cima do rio Ogun
E da antiga cidade de Abeokuta, sudoeste da Nigéria.


Templo do Òrìşà Olúmo, Abeokuta – Nigéria. A centenas de metros de altura.


A citação acima é para mostrar que não importa onde o Templo que você frequenta se localiza, ele é sagrado, ele é repleto de silêncio, de energia, de ase e de aprendizado. As pessoas devem se respeitar, deveriam se ajudar, deveriam se alegrar com as vitórias conquistadas por seus pares, afinal todos estão buscando algo parecido – vitória!, elogiar e rezar por seu sacerdote, pois, ele é o veículo que os seres celestiais usam para poder chegar a você.

Quando você entrar no seu Templo na próxima vez, tente se lembrar desse texto, ele faz parte dos ensinamentos de meu Ọbaalá Oluwo Olorí Ợbàtálá Efún Awo Peju Ifáşina Ifárunolá Ifábajo Awoyade Adesanya, Willer De Almeida. e da reflexão da Ìyálóde Erelú Iya Osún Funké, Iyanifá Fún Mi Lợla do Ilé Ègbé Efúnlàsé Ògbóni Ifá ati Ợbàtálá.

Odé Ợlaigbo


Templo é local exclusivo para fazer e cumprir ritual de forma impecável. É local sagrado!
É o espaço tridimensional físico mais sagrado que possuímos. O Templo é o local onde nos sentimos em união com o alto. É o lugar onde Deus deve ser honrado, adorado, louvado e servido.
Adentrar ao Templo significa que se está penetrando o local mais oculto de si mesmo: representação viva do que cada um é.
O ser esclarecido e espiritualizado entra no Templo consciente de que está caminhando dentro de si mesmo. Local onde busca por virtudes, valores e mudanças em todas as dimensões.
Estar no Templo, é estar conectado com o alto, é estar em sintonia com Deus (Òlódùmarè) e consigo mesmo. Olhos fechados, corpo sereno, mente acalmada, esvaziamento. As portas do coração estão abertas para ouvir aquele que fala no silêncio: Deus (Òlódùmarè).
O Templo é o espaço preparado para que a conexão com o alto seja possível, mas para que isso aconteça, é preciso que o ambiente esteja harmonioso, organizado, limpo e o silêncio é primordial. É preciso que o respeito se faça presente, que a conscientização do que realmente significa estar num templo seja plena. É estar em busca da elevação espiritual, se conectando, se entregando, se purificando e se fortalecendo.
O Templo funciona como uma antena catalisadora, por isso tem maior concentração de energias, e por esse motivo fica muito mais fácil a conexão com o alto. Esta energia concentrada dentro do Templo, funciona como uma teia, onde somos peças fundamentais para o bom funcionamento. Se um de nós se desestabiliza e balança, toda a estrutura balança junto. Por isso, precisamos vigiar para que possamos afastar imediatamente o foco da desarmonia. Precisamos zelar pelo equilíbrio e harmonia dessa energia, manipulada no nosso Templo.
Precisamos ter a consciência do que buscamos e do que queremos. Quando escolhemos fazer parte de um Templo, significa que estamos conscientes de que faremos parte de uma egrégora energética em que cada um é responsável pelas suas próprias escolhas e que arca com suas consequências.
A frequência ao Templo nos dá uma perspectiva mais clara e um senso de propósito, além de nos sentirmos em paz e perto de Deus quando estamos lá.
Por vezes, nossa mente está tão atormentada por problemas e há tantas coisas que demandam nossa atenção ao mesmo tempo, que simplesmente não conseguimos pensar nem ver com clareza. No Templo, a poeira das distrações parece assentar-se, a neblina e as sombras parecem dissipar-se e conseguimos ver coisas que antes não conseguíamos e achar saídas até então desconhecidas para nossos problemas.
Entrar no Templo é entrar no lugar mais sagrado do Universo.
Devemos o devido respeito e importância. Cada um entra no local sagrado exatamente da forma em que se dá importância.
O Templo deve ser respeitado! É inaceitável um comportamento inadequado dentro do Templo que representa a união do Homem com o Universo.

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