Oxumarê transforma-se em cobra para fugir de Xangô
Oxumarê transforma-se em cobra para fugir de Xangô O iton (pataki) que conta que o Orisha Oxumarê (Bessen) magicamente se transforma em Dan (cobra) para fugir do Orixá Xangô que o aprisionou para ter os poderes para si.
Oxumarê era um rapaz muito bonito e invejado e suas roupas tinham todas as cores do arco-íris e suas joias de ouro e bronze faiscavam de longe.
Todos queriam aproximar-se de Oxumarê, mulheres e homens, todos queriam seduzi-lo e com ele se casar.
Mas Oxumarê era também muito contido e solitário.
Preferia andar sozinho pela abóbada celeste, onde todos costumavam vê-lo em dia de chuva.
Certa vez, Sangô viu Oxumarê passar, com todas as cores de seu traje e todo o brilho de seus metais.
Shango conhecia a fama de Oxumarê de não deixar ninguém dele se aproximar.
Preparou então uma armadilha para capturar o Arco-Íris. Mandou chamá-lo para uma audiência em seu palácio e, quando Oxumarê entrou na sala do trono, os soldados de Xangô fecharam as portas e janelas, aprisionando este orixá junto com Xangô.
Oxumarê ficou desesperado e tentou fugir, mas todas as saídas estavam trancadas pelo lado de fora. Xangô tentava tomar Oxumarê nos braços e Oxumarê escapava, correndo de um canto para outro.
Não vendo como se livrar, Oxumarê pediu ajuda a Olorum e Olorum ouviu sua súplica.
No momento em que Xangô imobilizava Oxumarê, Oxumarê foi transformado numa cobra, que Xangô largou com nojo e medo. A cobra deslizou pelo chão em movimentos rápidos e sinuosos.
Havia uma pequena fresta entre a porta e o chão da sala : e foi por ali que escapou a cobra, foi por ali que escapou Oxumarê.
Assim livrou-se Oxumarê do assédio de Xangô.
Quando Osumarê e Xangô foram feitos orixás, Oxumarê foi encarregado de levar água da Terra para o palácio de Xangô no Orum, imas Xangô não pode nunca aproximar-se de Oxumarê.
Este é um Orixá encantado, sua nação é o Gegê, sua saudação é Arroboboia, suas cores são o Amarelo com preto rajada, no toque de Candomblé (xirê), na hora que este santo é louvado (os cânticos) é feito um ato com uma metade de um círculo de água no meio do barracão, onde todos os devotos (filhos de santo) tocam a água e pedem bênção a Oxumarê.
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