domingo, 1 de maio de 2016

O Batismo na Umbanda


O ritual de batismo na Umbanda se deu devido a influência Cristã, a grande maioria dos umbandista além de cultuarem os Orixás são Cristãos, ou seja, são seguidores dos ensinamentos deixados por Jesus Cristo.

Apesar de já haver rituais muito similares provindos dos cultos Afro e indígena, como os banhos de amancí, cachoeira, mar, rio e outros; e, a maioria ter o mesmo objetivo de purificação do corpo e da alma, o batismo como forma de remissão dos pecados e ressurreição surgiu a partir dos ensinamentos bíblicos onde o próprio Jesus incentivou à todos a praticar este ritual, seguindo Seu exemplo, para o recebimento do Espírito Santo. Mateus cap.3 vers. 13 ao 16.

13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

14 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?

15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.

16 E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.

Na igreja Católica o batismo é o primeiro sacramento do cristianismo, que apaga o pecado original de quem o recebe e a este confere o caráter de cristão.

Na Umbanda o batismo é um ato litúrgico que simboliza a aceitação da Umbanda como sua religião e o comprometimento em melhorar-se se esforçando para seguir os ensinamentos vindos do plano astral de acordo com as Leis Divinas e as palavras de Cristo.

Em ambas, o batismo, também é uma forma de apresentação da pessoa à Deus como seu seguidor.


De uma maneira bem simplificada. O que significa o batismo?


O batismo tem o significado do homem ao ser banhado nas águas sagradas morrer para os maus instintos e ressurgir para uma vida nova conforme às Leis Divinas. Este ato simboliza a morte de Jesus Cristo para ressuscitar com a Graça do Divino Espírito Santo.


Em algumas religiões o batismo não é feito quando a pessoa ainda é criança, ele só é feito quando a pessoa tem condições de assumir o compromisso com Deus e seus mandamentos.


Na época de Jesus Cristo, ser batizado nas águas do rio Jordão, era um ato público que declarava a aceitação ao Deus único. Por conta disto é que os padrinhos se tornaram peça importante nos batizados, eles são as testemunhas do ato de batismo e assumem o comprometimento em auxiliar seu afilhado a seguir os mandamentos de Deus.


No terreiro de Umbanda além dos padrinhos encarnados é oferecido ao batizando a presença de dois falangeiros de Orixás, geralmente são falangeiros dos Orixás de Juntó que ao se manifestarem, representam a presença Divina no ato litúrgico e, estes falangeiros se responsabilizam energeticamente pelo seu afilhado, garantindo amparo espiritual durante sua encarnação.


Compreendemos o ato do batismo como algo de extrema seriedade e responsabilidade, onde a consciência dos pais e padrinhos de uma criança, ou então, a consciência de uma pessoa já adulta, de que, naquele momento estará sendo assumido um compromisso diante de Deus e que este compromisso deverá ser cumprido com atitudes de melhora e obediência às Leis Divinas.


Não cabe aos padrinhos o sustento material de seus afilhados, sendo assim, ao escolherem seus padrinhos busquem por pessoas que realmente lhes tenham carinho e proximidade e, é muito importante, que estas pessoas também possuam também um comprometimento com Deus e Seus mandamentos. Não escolham padrinhos por interesses materias, esta atitude seria o primeiro ato contrário à Deus.

Ao aceitarem o compromisso de apadrinhar uma pessoa, tenham em mente a grande responsabilidade que lhes caberá, pois tal ato não se trata apenas de uma convenção social e sim de um compromisso assumido perante as forças Divinas de acompanhar e orientar esta pessoa nos caminhos do Senhor. Socialmente este compromisso pode até ser esquecido ou negligenciado com o passar dos anos porém, energeticamente ele estará vigente, ou seja, sua responsabilidade será cobrada diante das Leis Divinas, considerando que todo padrinho além de assumir tal compromisso com seu afilhado, um dia também assumiu seu próprio compromisso diante de Deus.

Não nos aprofundaremos muito nos rituais realizados nos terreiros, já que cada casa segue as orientações de seus Guias Chefes mas, podemos citar algumas práticas que são comumente realizadas nestas cerimônias.


1 - A utilização da pemba - Representando a Linha Cristalina - onde será feita a ligação do batizando com a egrégora da Umbanda.


2 - A utilização do incenso - Representando a Linha Eólica - que realizará a limpeza áurica e garantirá a fluidez no decorrer da encarnação do batizando.


3 - A utilização do sal - Representando a Linha Mineral - que trará energias de prosperidade e ordem. Ele também pode ter a representação do sofrimento de Cristo, do suor de Seu rosto.


4 - A utilização da vela - Representando a Linha Ígnea - simbolizará a chama Divina que iluminará e trará equilíbrio para o batizando.

5 - A utilização do azeite - Representando a Linha Vegetal - que irá ungir, abençoar, consagrar o batizando.

6 - A utilização da essência - Representando a Linha Telúrica - que trará força e determinação e ajudará na transformação do eu conforme as Leis Divinas.

7 - A utilização da água ou águas - Representando a Linha Aquática - garantindo a purificação e a ligação com o plano Divino.

E ao findar o ritual geralmente os Guias Chefes abençoam o batizando em nome de Tupã, de Pai Oxalá e de Ifá, conforme a recomendação de Jesus Cristo.

Mateus cap. 28 vrs, 18 ao 20.

18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

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